Vale a pena ler (6)
«Alguém deveria ter explicado à chorosa menina do "We're storming the Capitol, it's a revolution" (3'48") que, numa revolução (até numa "revolução" do Trampas), é de esperar que haja, pelo menos, gás lacrimogénio, e que encontrar caves repletas dos melhores vinhos não é para quaisquer revolucionários/reaccionários em part time (explicação, aliás, indispensável, da esquerda à direita).»
João Lisboa, Provas de Contacto
«Chama-se O Infinito num Junco – A Invenção do Livro na Antiguidade e o Nascer da Sede de Leitura e assina-o Irene Vallejo, uma leitora apaixonada, doutorada em Estudos Clássicos em Saragoça e Florença e com uma ampla cultura sobre a história do livro. Trata-se de um ensaio que se lê como ficção; e, entre as dezenas de passagens que fui sublinhando (...), está uma pequena história muito bonita sobre o amor que uniu Marco António e Cleópatra.»
Maria do Rosário Pedreira, Horas Extraordinárias
«Podia ser uma qualquer vila desertificada do interior do país. Mas não. Estou em Sintra. O relógio diz-me que são 10h. Vazia de gente. Sem carros. Os autocarros para a Pena sem passageiros. (...) Respirar o verde de nariz a descoberto. Sem praticamente ninguém nesses passeios. Sem me cruzar com conversas faladas noutra línguas. Quietude inquietante.»
Ana Cristina Gomes, O Sopro Mágico das Palavras