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Delito de Opinião

Os amigos de Alex

João Sousa, 12.11.23

Foi-me impossível ouvir o comício de ontem de António Costa sem recordar o texto que João Gonçalves publicou na terça-feira, um par de horas antes de Costa anunciar a sua demissão:

«Apresentar a ou b como “melhor amigo” de António Costa é uma contradição nos termos. Costa não tem amigos, “melhores” ou “piores”. Tem, e deixa de ter, pessoas que servem objectivos. Uma vez alcançado, ou não, o objectivo é cada um por si e Costa por Costa.»

E agora, o nosso momento zen

João Sousa, 12.11.23

«Vítor Escária não sabia “muito bem o que fazer” ao dinheiro, afirma o seu advogado.

O advogado de Vítor Escária, Tiago Rodrigues Bastos, falou aos jornalistas no Campus da Justiça em Lisboa, afirmando que “Vítor Escária foi confrontado com uma quantia avultada e que efetivamente não sabia muito bem o que lhe fazer, era uma questão que ele estava a ponderar como fazer”.»

Jornal Económico, 11/11/2023

Perdoa-me

João Sousa, 11.11.23

perdoa-me genérico

"Fomos surpreendidos esta semana por um processo judicial com suspeitas muito graves. Não posso deixar de partilhar que a apreensão de envelopes com dinheiro no gabinete de uma pessoa que escolhi trabalhar, envergonha-me e peço desculpa aos portugueses”. - António Costa, hoje.

 

Adenda: eu, cínico, reparo que Costa disse estar envergonhado com a apreensão dos envelopes no gabinete, não com a existência dos envelopes no gabinete.

Recordar Seguro

João Sousa, 07.11.23

É bom, nestes tempos interessantes que vivemos, recordar António José Seguro. Em 2014, dizia ele numa entrevista: "O PS associado aos negócios e interesses é apoiante de António Costa". A isto, o nada augusto César dos Açores, mandatário de Costa, respondeu com a sua habitual elegância ser "uma entrevista de uma pessoa que acha que adquire milagrosamente autoridade e crédito na proporção apenas da insinuação difamatória e do efeito de ruído que produz". E quem foi que acusou Seguro de fazer declarações que tinham "como único objectivo emporcalhar o espaço público"? Espantemo-nos: Galamba.

Pensamento da semana

João Sousa, 18.06.23

Prenhe de metáforas, Marcelo falou no 10 de Junho da necessidade de "cortarmos os ramos mortos que atingem a árvore toda". Só que o botânico Marcelo, no seu diagnóstico, ficou-se pela rama. O problema não se limita à existência de ramos mortos: é toda a árvore que está apodrecida e o solo onde se enraizou que já não se consegue regenerar.

 

Este pensamento acompanhou o DELITO DE OPINIÃO durante toda a semana

Não é que esteja com saudades

João Sousa, 22.05.23

Com a sobranceria de uma casta que sempre olhou para o "filho do gasolineiro" como um intruso na sua soirée, o PS reagiu pavloviamente ao mais recente discurso do "homem de Boliqueime". Contudo, notei a ausência de uma das suas vozes mais habituais nestes trabalhos de sapa: Ana Catarina Mendes. Na verdade, já não a vejo ou ouço há semanas. Fui eu que tive sorte, ou ela anda a resguardar-se depois do fiasco "parecer"?

Em quem acreditar

João Sousa, 18.05.23

Devo começar por fazer uma declaração prévia de interesses: Frederico Pinheiro convivia alegremente com aquela gente desde 2017, logo não o considero nenhum anjinho caído agora do céu aos trambolhões. Dito isto, vejo muita gente dizer que entre as versões de Frederico Pinheiro e de Eugénia Correia, estamos limitados à palavra de um contra a palavra do outro. Não: Eugénia Correia mente, e é possível provar que ela mentiu. Em determinado momento, ela testemunhou que viu "o ministro a falar tranquilamente com Frederico Pinheiro". Ora isto é claramente uma mentira: nunca na vida João Galamba falou tranquilamente com alguém.

(E quão conveniente é a câmara do piso onde Eugénia Correia afirmou terem ocorrido as agressões estar avariada?)