Uma sociedade de 70 cadeiras
Fotografias de Ricardo Coutinho
Foi um prazer enorme rever tanta gente amiga ao fim da tarde de ontem, na FNAC do Colombo, em Lisboa. O pretexto, na minha perspectiva, não podia ser melhor: o lançamento do meu livro Presidenciáveis - nascido e desenvolvido aqui no DELITO DE OPINIÃO entre Fevereiro e Junho. Como tenho dito a várias pessoas amigas nos últimos dias, é o primeiro filho deste blogue mas não será o último. Estou certo disso.
É um livro que dedico a vários colegas "delituosos": aos que me acompanham ininterruptamente desde o primeiro dia, já vai fazer sete anos. E a outro pioneiro do DELITO: o João Carvalho, tão cedo desaparecido e que tantas saudades nos deixou.
Fica o meu agradecimento a todos quantos se deslocaram ontem ao Colombo. E em particular a José Adelino Maltez, que apresentou a obra.
"É raro, num livro, haver este exercício da adjectivação malandra, embora contida", salientou o professor, um dos mais prestigiados politólogos portugueses.
"O que este livro revela, a brincar, é que voltámos ao regresso dos notáveis (era assim que se dizia no século XIX). O que este livro nos diz é que estamos reduzidos a uma sociedade de 70 cadeiras", sublinhou Adelino Maltez.
O prefácio foi escrito por outro professor, Luciano Amaral, que destaca o seguinte: "Os retratos do Pedro são pequenas pérolas sintéticas, que oscilam de maneira desembaraçada entre o sério e o humorístico."
Agradeço-lhe também a ele as generosas palavras que me dedicou.
O livro aí fica, a partir de agora, à consideração dos leitores. Espero que estes Presidenciáveis possam fazer pensar sorrindo e fazer sorrir pensando. Seguindo a matriz deste blogue, onde a opinião sempre foi livre, irreverente e plural.