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Delito de Opinião

Uma fraude que só serve para enganar os portugueses que querem

Sérgio de Almeida Correia, 09.08.14

"That makes the BES rescue a fudged hybrid of bail-in (where investors foot the bill) and bail-out (where taxpayers do). Portugal’s assertion that the rescue comes at no cost to taxpayers is highly questionable: a total of €4.9 billion is being injected into Novo Banco from Portugal’s bank-resolution fund. Though all lenders contribute to this kitty, the fund has been bolstered by a €4.4 billion government loan, using EU and IMF money left over from Portugal’s sovereign bail-out in 2011." - The Economist

3 comentários

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    William Wallace 10.08.2014

    Nota introdutória :

    Raramente (quase nunca) leio os posts em inglês aqui escritos ou citados por preguiça, o ultimo que li com atenção foi este :

    http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/as-coisas-que-eles-sabem-6574971

    Este post (transcrição) é muito esclarecedor acerca das relações perigosas (para os contribuintes) que existem entre o sector financeiro e o Estado.

    Moreira Rato e Cristina Casalinho (quadros de topo do BPI) foram "requisitados" ao BPI pelo actual governo para assumirem a gestão do IGCP (Instituto de Gestão do Crédito Publico que é responsável pela administração e colocação de divida soberana de Portugal) e agora Moreira Rato deixa o IGCP e vai assumir (na minha visão) a verdadeira acção executiva do BANCO NOVO o que face aos conhecimentos que possui do mercado bancário, concorrentes e a própria estratégia (partindo do principio que existe uma) do Estado Português em relação á gestão da sua divida soberana levanta sérias questões de idoneidade (além do resto mencionado no post que acima faço referência) e transparência.

    Eu se fosse CEO de um pequeno / médio banco estaria seriamente preocupado com estes tipo movimentações que distorcem o mercado no qual concorro.


    Posto isto há que analisar os custos de uma falência do BES pois que está em marcha é uma Falência Controlada para proteger grandes depositantes e grandes stakeholders (vide PT) de perderem parte substancial dos seus depósitos e activos que estavam dados como garantia para empréstimos de milhões feitos com clausulas de salvaguarda totalmente diferentes do crédito concedido a PME ou a particulares tal como acontecia no BPN.

    Se o Banco falisse de modo "normal" os depósitos até 100 mil euros estariam assegurados, haveria perda de postos de trabalho, os créditos concedidos ás PME e particulares seriam considerados incobráveis pois o BES falindo não teria meios para cobrar esses créditos e os accionistas receberiam ou teriam de pagar por rateio o valor obtido com a venda dos activos / liquidação de passivos detidos pelo BES dos quais eram legítimos donos.

    O custo dessa falência seria indubitavelmente inferior aos 5 Biliões de Euros agora injectados a custo ZERO (o Estado não ganha nada) e ainda por cima obriga outros bancos que não estão sólidos a contribuírem quando esses mesmos pagaram (muito mais) e continuam a pagar pela ajuda que receberam, criando-se assim mais uma distorção no mercado.

    A seguir á falência haveria despedimentos mas o efeito da migração de clientes para outras entidades a médio prazo resolveria parte do problema além de que as PME e particulares ficariam com as contas mais aliviadas o que não acontece com a actual solução e porventura muitas dessas PME e particulares subscrevaram também produtos de risco para poderem também usufruir de taxas de juro e prazos de pagamento mais favoráveis e eu gostaria de saber como com a solução encontrada irão responder a essas questões.

    Por último e como a explicação da minha visão de como a economia de mercado deve funcionar já vai longa convém fazer a resenha histórica do que se passou.

    1º Entrada da Troika em 2011

    2º Recapitalização da Banca que a administração do BES rejeita "convencendo" os accionistas a realizarem um aumento de capital com o objectivo de esconder as contas do banco e as "engenharias" financeiras praticadas dos reguladores e da Troika e de todos os accionistas não relevantes na gestão diária do banco.

    3º Bes condenado nos USA e em Espanha pelos respectivos reguladores por delitos graves de manipulação de contas, lavagem de dinheiro e fuga ao fisco, factos ignorados pela Troika, Banco de Portugal e CMVM, pois quem o faz lá fora de certeza o faria também em Portugal.

    4º Accionista de referência (Pedro Queirós Pereira) alertado por informação priveligiada inicia investigação á solidez do banco e á segurança dos seus activos e chega á conclusão que correm sérios riscos e confronta a gestão do BES "obrigando-a" a dar-lhe maneira de se retirar sem perder dinheiro e num acto a louvar informa o Banco de Portugal que supostamente começa a agir em Setembro de 2013 mas vai-se "satisfazendo" (não sei se de forma dolosa) com as garantias dadas apesar dos graves problemas evidenciados todas as semanas.

    Continua.....
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    Luís Lavoura 11.08.2014

    3º Bes condenado nos USA e em Espanha pelos respectivos reguladores por delitos graves de manipulação de contas, lavagem de dinheiro e fuga ao fisco

    Nunca ouvi falar de tais condenações! Quando ocorreram? Pode dar referências?
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