Uma flor na lapela
Apesar de se terem levantado vozes do islão moderado a condenar formalmente o massacre do Charlie Hebdo, a percepção que fica é que estas comunidades se comportam como se não fossem também directamente visadas.
No mar de indignação que se gerou um pouco por todo o mundo livre, os seus protestos diluem-se, fininhos. É um erro que vão pagar caro. Os atentados a mesquitas não vão ficar por aqui e a intolerância religiosa vai desabrochar na Europa como uma flor que bem podem começar já a pôr na lapela.
E tudo isto se começa a parecer demasiado com os anos malditos do advento do nazismo. Crise económica, instabilidade social, desemprego, inépcia política e uma comunidade perfeitamente identificada para odiar e perseguir.