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Delito de Opinião

Uma certa forma de governar

Pedro Correia, 14.10.21

20 de Janeiro de 2017:

«Nas próximas semanas, vamos lançar os concursos dos estudos e projectos necessários e queremos que a obra fique concluída até ao final de 2020», afirmou o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, referindo-se à electrificação da linha ferroviária do Algarve. Falando aos jornalistas após a apresentação deste projecto, em Portimão.

19 de Novembro de 2019:

Electrificação da Linha do Algarve está atrasada dois anos.

22 de Janeiro de 2021:

Na linha do Algarve ainda não há qualquer obra no terreno. Quando o plano Ferrovia 2020 já previa que estivessem concluídas as obras de modernização de toda a linha do Algarve.

34 comentários

João Sousa 14.10.2021

Não se preocupe, Pedro. Estou seguro de que, mais cedo do que mais tarde, o governo irá anunciar com pompa e circunstância, e amplificado por uma comunicação social mais amnésica do que Jason Bourne, o projecto de electrificação da linha ferroviária do Algarve.

Neste aspecto propagandístico, Costa evoluiu em relação a Sócrates. Sócrates gastou milhões em projectos que nunca saíram do papel. Costa, pelos vistos, domou a arte de investir repetidos milhões em projectos - sem gastar um cêntimo.
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Anonimus 14.10.2021

A certa forma de governar.

Não conheço a do Algarve, mas a Linha do Oeste é algo digno de uma Albânia de 1980. Querem lá saber.

Mas sejamos sérios, tivemos 4 anos de Passos, mais 2 de Covid, era difícil fazer melhor. Em 2024 o mais tardar está a obra terminada, nem que seja à bazucada
Tiro ao Alvo 14.10.2021

Não se esqueça que os 4 anos de Passos resultaram da governação socialista anterior, que o nosso actual PM integrava, que quase levou o nosso País à falência, entregando-o às mãos dos credores, que durante 3 anos impuseram as suas draconianas condições, que o governo de Sócrates (e do Costa) aceitou.

Susana V 14.10.2021

Mas não haverá jornalistas que lhe façam as perguntas que se impõem? Que lhe perguntem qual o motivo das metas nunca serem cumpridas?
Pedro Correia 14.10.2021

As perguntas são feitas. Costa é que não responde. Como ainda ontem aconteceu a propósito do caos no SNS e do OE para 2022.
Susana V 14.10.2021

Na altura em que o Passos Coelho era primeiro ministro haviam notícias de pessoas que desmaiavam nos barcos por não terem dinheiro para comer, mães chorosas a despedirem-se dos filhos que emigravam... Enfim, uma tragédia.
Agora, com as urgências nos hospitais a fecharem por todo o país, com os directores de serviço a demitirem-se em bloco, parece que não se passa dada....
E continuam as promessas tresloucadas.
Há aqui qualquer coisa que me falha...
Anónimo 14.10.2021

Engraçado (sem ter graça), agora de repente todos os médicos se demitem ao mesmo tempo. Quando abriram vagas aqui no Algarve,ninguém respondeu,pois...
Pedro Correia 14.10.2021

Vê-se muito bem, anónimo, que você não é médico.
Essas linhas deixam isso bem claro.
Tiro ao Alvo 15.10.2021

Não me sai da cabeça aquela demissão conjunta de 87 médicos-chefes, no hospital de Setubal. Cada médico-chefe quantos médicos coordena e controla?
Posso estar errado, mas cheira-me a chefes a mais e índios a menos.
Anonimus 14.10.2021

São casos e casinhos. Numa altura de emergência nacional pós-passismo/covid, em que está disponível matéria para concretizar investimentos determinantes para o futuro da nação, faz bem o PM em não responder a esse tipo de provocações de pessoas que não têm quaisquer ideias sobre o desenvolvimento de Portugal e apenas se baseiam no maldizer.
balio 14.10.2021

qual o motivo das metas nunca serem cumpridas

O motivo é simples e trágico: em Portugal não se fazem, basicamente, investimentos a não ser que sejam pagos pela União Europeia. Em Portugal, tanto no Estado como, em grande parte, nos cidadãos, a lógica é "chapa ganha, chapa gasta" (em consumo imediato). Não há um tostão para investir.

(Mas não se pense que é somente em Portugal. Crescentemente, é também problema noutros países. A Alemanha e os Estados Unidos, por exemplo, têm atualmente sérios problemas de infraestruturas, por falta de investimento ao longo dos anos.)

Marques Aarão 14.10.2021

Sem pretender ir mais longe, nem meter mais alguém nisto, permitam o meu minuto de jornalista:
Ao chamado 1º ministro convém lembrar que os orçamentos só se negoceiam com muletas alugadas, por quem apenas pretende manter-se no poder.
Trata da própria sobrevivência politica como se o dinheiro fosse dele, guardado em arca lá de casa.
Ou será que à conta das contas já está habilidosamente a ensaiar a arte da fuga?
Anónimo 14.10.2021

As autárquicas bateram forte no PM e no PS, sabem que estão a prazo e mais não podem que empurrar os problemas para a frente fingindo que nada se passa.
Conforme o ex-vereador nº1 por Lisboa já fez, foi o 1º a saír com aquela desculpa de não pessoalizar a contenda que se avizinha na capital e só o fez porque tinha uma rede de segurança, os outros também têm e farão o mesmo.
Nem no tempo da troika o SNS estava tão mal assim como a Administração Interna ou o Ministério da Justiça.
Já agora mais importante do que o paradeiro de um ex-banqueiro, a que velocidade ia carro (arrestado) do MAI que matou um cidadão português.

WW

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