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Delito de Opinião

Três anos

Pedro Correia, 28.05.16

Há três anos que destaco um livro aqui no DELITO, todas as manhãs, sem nunca falhar. O que começou por mero acaso, como recomendação de duas dúzias de obras a adquirir na Feira do Livro de Lisboa em 2013, acabou por transformar-se numa rubrica diária: também destes acasos é feita a imprevisível vida de um blogue.

Já mais de mil títulos passaram por este espaço, que regista cerca de 150 mil visualizações por mês. Ao fim de todo este tempo as reacções que me chegaram de editores e autores contam-se pelos dedos das mãos - e sobram dedos, exceptuando naturalmente os casos de colegas de blogue e alguns amigos mais próximos. Não foi certamente para receber agradecimentos que lancei e mantenho esta janela de divulgação quotidiana de alguns dos melhores títulos que vão sendo impressos ou reimpressos por cá. Mas não deixa de ser significativo que na era da comunicação a generalidade dos escritores comunique tão pouco e tão mal, preferindo levantar muralhas em vez de estender pontes. Ao contrário do que sucede noutras latitudes. Nem precisamos de ir mais longe do que Espanha: repare-se na reacção espontânea e calorosa da grande escritora Rosa Montero, que aqui deixou uma merecida palavra de saudação à nossa Ana Vidal.

Se dependesse dos ecos que chegam ou não chegam, há muito que a série do DELITO teria acabado. Mas vai continuar porque faço gosto nisso - receba as reacções que tiver, haja o silêncio que houver. De qualquer modo, passados três anos, julguei ser tempo de deixar aqui este desabafo antes de seguir em frente.

Já fui.

 

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