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Delito de Opinião

Ternuras

Ana Vidal, 03.03.14

 

Vê-los descobrir a pólvora, mesmo que tarde - perdoamos-lhes tanta coisa em nome do eterno 'mais vale tarde do que nunca' - consola-nos sempre, enche-nos de um estranho, complacente e inexplicável orgulho. Chegamos até a comover-nos, como se eles fossem a criança que na festa da escola consegue superar-se e dizer a sua deixa sem falhas na peça de Natal. Para mal dos nossos pecados e para bem das batotas deles os deuses fizeram-nos assim, atentas e orgulhosas dos progressos dos nossos homens em descobertas que para nós são tão óbvias como dois mais dois. Mesmo reclamando muito, reclamando sempre. É por isso, Henrique Raposo, que a sobrevivência do outro terço nos espanta muito menos do que a si. Mas ainda bem que acordou, que ternura.

 

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