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"Portugal é um país muito dado à semântica". Assim começa, hoje, a crónica de Tiago Freire no Jornal Económico. Com base nesta afirmação séria, decidi tecer algumas considerações sobre sinónimos especiais para uso público, de modo a ajudar aqueles que tenham de discursar no exercício de funções oficiais, mas não queiram ser vaiados.
Dando corpo ao exercício fiz uma pesquisa das palavras mais utilizadas na actual oratória, às quais entendi dar um cunho pessoal de modo a que, quem necessite, possa ir mais longe na utilização das mesmas
Traição
“Oh, as if you had no choice? There's a moment, there's always a moment, «I can do this, I can give into this, or I can resist it», and I don't know when your moment was, but I bet there was one”.
A traição não nos acontece. Nós é que a chamamos, primeiro ao de leve, como quem finge que não quer, depois quase aos berros, como quem finge que resiste. Ainda que dependa da oportunidade, a traição é sempre um exercício de vontade. É por isso que, nesse momento em que nos sabemos presos, apenas nos resta abraçar a liberdade do arrependimento. Só ele respeita a traição enquanto aquilo que ela é: uma opção.
Morte
A morte é para onde vão as almas. Tudo o resto pode ficar por cá: a voz, as palavras, a obra, até o cheiro. Mas é a alma, que não volta mais, que nos escapa sabemos lá até quando. Não sei, por isso, neste tempo, dedicar-me à evocação daquilo que o engenho permite reter. O inglório esforço de agarrar a alma ocupa-me a mente. Há tempo para o resto.
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