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Delito de Opinião

Está a fazer um mês

Sérgio de Almeida Correia, 30.08.14

"O que é que segue a seguir? Um reconhecimento de que o banco é inviável, e que tem que ir para a falência? Não, de todo não. Esse cenário está afastado. (...) Atenção que este banco já foi sujeito a quatro rondas sucessivas de testes."

 

"Falência, no teu entender, está fora de causa? Nem pensar, nem pensar. O que vai acontecer é uma recapitalização do banco. (...) Essa situação só se poria em caso de falência, o que não vai acontecer."

Falta um carrinho de linhas a Marques Mendes

Rui Rocha, 12.08.14

De acordo com o Jornal de Notícias, a PSP de Ovar identificou duas mulheres, de 31 e 35 anos, que se faziam passar por videntes, por suspeita da prática do crime de burla. Na sequência de uma denúncia de uma alegada vítima, agentes policiais abordaram as duas mulheres e  uma das suspeitas deixou cair no chão um carrinho de linhas, um artigo que, segundo a PSP, é utilizado pelos autores deste tipo de crime para ludibriarem as vítimas e fazê-las crer que são videntes. As mulheres foram conduzidas à esquadra policial e, após revista, foram-lhes apreendidos três anéis, cinco brincos, uma medalha de um signo, um frasco de perfume, dois carrinhos de linhas, 11 dentes de alho, seis pontas de alecrim seco, uma caixa de palitos e cerca de um metro de papel higiénico. Pois no que me toca, digo que a existência de todo este material que foi apreendido me inspira uma certa confiança no trabalho destas videntes. Há em tudo isto uma preocupação genuína de respeito pelos cânones da actividade, uma nota de profissionalimo, uma dimensão quase deontológica. Confesso que Marques Mendes pareceria mais credível se se apresentasse aos Sábados com um carrinho de linhas, uma ponta de alecrim seco na lapela e um molho de alhos ao pescoço. E que estaria muito mais desconfiado se, em vez de um metro de papel higiénico, as suspeitas fossem portadoras de papel comercial do BES.