O primeiro-ministro português e o presidente polaco são massa do mesmo pão. Na sua essência, vê-se que são homens dedicados ao trabalho e que aquilo do descanso ao sétimo dia é um luxo de gente preguiçosa. Por óbvia falta de tempo, é natural que José Sócrates se visse obrigado a estudar, fazer exames e concluir a sua licenciatura aos domingos, esforço que culminou com êxito bastante para merecer uma carta de curso com alto sentido simbólico: foi-lhe passada num domingo.
Também Lech Kaczynski é um incansável. A sua manifesta falta de tempo para dar conta das responsabilidades que tem obriga-o a marcar os despachos para os domingos, que são os únicos dias que pode gastar a assinar documentos. Por isso é que lá conseguiu arranjar um momento disponível para assinar o Tratado de Lisboa. É no próximo domingo.