A orquestra do Titanic.
Ao ver esta “conferência de imprensa” do Conselho Directivo do Sporting só me fez lembrar a orquestra que continuou a tocar violino enquanto o Titanic se afundava.
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Ao ver esta “conferência de imprensa” do Conselho Directivo do Sporting só me fez lembrar a orquestra que continuou a tocar violino enquanto o Titanic se afundava.
Parece claro que o ano de 2015 se arrisca a ser o ano que comprovará o falhanço definitivo do euro. Curiosamente o programa "quantitative easing", que parece vir a ter luz verde do Tribunal de Justiça da União Europeia, pode ser o teste decisivo que comprovará a inviabilidade do euro. Pelo menos vai inviabilizar qualquer tentativa dos outros bancos centrais em manter a paridade com o euro, que vai ter uma desvalorização clara. A Suíça já desistiu de manter a paridade entre o euro e o franco suíço, fazendo este apreciar-se para valores estratosféricos. E a Dinamarca pode ser obrigada ao mesmo, já que só baixando a taxa de juro para valores negativos consegue manter a paridade entre a coroa dinamarquesa e o euro.
Se esta depreciação do euro é positiva para os países da zona euro, não deixa de sinalizar alguma desconfiança, quer na economia da zona euro, quer no futuro da sua moeda. E neste caso, a saída da Grécia da zona euro, que a vitória anunciada do Syriza pode tornar inevitável pode ser o icebergue que afundará definitivamente este Titanic. É pena que a Alemanha, que tanto ganhou com o euro, não tenha compreendido a tempo útil que só partilhando esse ganho com os outros países poderia salvar a moeda única. Agora é tarde. Depois de o Titanic se romper, nada o pode fazer manter-se à tona de água.