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Delito de Opinião

infinitamente pessoal

Patrícia Reis, 31.07.12

O tempo de verão deveria ser uma pausa, programada ou não.

Quando se tem uma empresa - opção absurda e infinitamente pessoal - tudo muda.

Já não sei o que é parar.

Não sei o que é ter subsídio de férias ou de Natal há 15 anos.

Pago os impostos, pago o IVA de facturas que ainda não consegui receber, faço contas e refaço as contas até à exaustão e o mau gosto de tudo isto é o cansaço e a mente apavorada.

Sim, a idade faz diferença.

E ter filhos.

E outras coisas.

Não quero sair daqui, por isso é um exercício de masoquismo.

O atelier chama-se 004. Ninguém sabe, mas é assim.

A equipa é maravilhosa, o espaço pequeno e ali se exibe um saco de boxe para afogar as maiores mágoas.

Dizem que fazemos a Egoísta, é verdade, mas fazemos tanto mais que é impossível colocar aqui a lista e pouco serviria para me animar.

Este post não é para ninguém, é para mim, para ter pena de mim.

Para me sentir mal e colocar esse mau estar ao vivo.

Uma forma de arranjar soluções por saber que, daqui a duas horas, chegará o arrependimento e pensarei: que merda de post! Eu tenho tantas coisas boas e tantas por fazer.

Chama-se isto terapia. Acho eu.