Sinais?
Passados os medos da infância e as inseguranças da juventude, adquirida a licenciatura empírica da experiência de viver e aquela sabedoria balofa e conformada que confere aos antigos uma superioridade de conhecimento muito própria, olhando em retrospectiva, não consigo apontar o momento exacto em que estatuí que não existe predestinação.
Fado, fortuna, sorte, sina, ventura… nada acontece por acaso. Somos o somatório das nossas decisões que se intersectam no multiverso dos muitos caminhos que por acções ou reacções abrimos á nossa passagem. Não excluindo de modo algum a existência do Criador e do plano, acredito que são as escolhas a definir o propósito.
Disciplino-me em pensar nas fatalidades nas grandes tragédias . Se abala as minhas convicções? Claro! “ Mas as crianças, Senhor…”
Disciplino-me em pensar que uma arma na mão de um louco que apaga uma vida em segundos e desmorona existências num estampido de fogo e fúria não é karma, maktub, ikisaki, ghaya, mudi de, proorismou, unga…
Afinal é o quê? Sinais dos tempos ou sinais dos homens?