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Delito de Opinião

Onde andas tu, Scolari?

Pedro Correia, 08.04.20

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«Por muito menos que isto já forrámos as janelas e os automóveis com bandeiras. Desta vez é a vida de milhares de portugueses que está em risco, e isso é algo por que vale a pena lutar.»

Palavras aqui escritas a 14 de Março pelo nosso colega Paulo Sousa. Muito apropriadas. Coincidência ou não, tenho visto cá no bairro várias bandeiras em janelas e varandas. Talvez para incentivar as enfermeiras agora contratadas a 6,42 euros por horas - é quanto o Governo paga a quem ajuda a salvar vidas.

Admira-me que o Presidente da República, em vez de se envolver na intrincada questão das máscaras, ainda não tenha pegado nesta ideia para a lançar no espaço mediático com a sua habitual capacidade de persuasão. Afinal, se virmos bem, ele é uma espécie de Luiz Felipe Scolari em versão mais refinada.

De volta ao garimpo

Sérgio de Almeida Correia, 09.07.14

(Reuters)

Depois de ter sido elevado aos píncaros da auto-estima nacional, entre santinhos e bandeirinhas, rumou a Inglaterra, de onde foi liminarmente despachado para uns meses nas Arábias. Acabou por cometer a proeza de entrar no Guiness encaixando 7 (sete) no Mineirão. Pode ser que agora os detractores de Paulo Bento percebam com quem este aprendeu a construir equipas para jogarem futebol de praia em campos relvados. A sorte não é eterna. Os barbeiros são.   

SNAFU

José Navarro de Andrade, 03.07.13

Depois de ser Campeão Mundial em 2002 e antes de ter vencido a Taça das Confederações em 2013, Luiz Felipe Scolari registou com Portugal o seguinte palmarés: finalista do Euro 2004, semi-finalista do Mundial 2006 (perdeu 0-1 à tangente com uma das melhores Franças de sempre que só viria perder a final para a Itália por penalties e uma cabeçada de Zidane), quartos-de-final no Euro 2008 (perdeu com a finalista Alemanha por 2-3). Talvez Paulo Bento consiga semelhantes proezas, mas objectivamente até hoje ninguém atingiu resultados comparáveis. Todavia, por ter ofendido alguns interesses instalados, foi execrado pela indústria nacional de opinião futebolística.

Isto pode ser visto como uma eloquente parábola sobre os tempos que vivemos.