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Delito de Opinião

Hoje é dia de

Maria Dulce Fernandes, 29.06.22

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No dia 29 de Junho celebra-se O Dia de S. Pedro/O Dia do Papa

"Tal como São João e Santo António, São Pedro é um santo popular muito estimado. É o último santo popular do ano, de acordo com as datas.

Este dia é também conhecido como o dia de São Pedro e São Paulo. Julga-se que 29 de Junho é a data do aniversário da morte destes santos. Neste dia assinala-se também o Dia do Papa, visto São Pedro ter sido o primeiro Papa. Para diferenciar São Pedro de santos homónimos, costuma-se designá-lo como São Pedro Apóstolo. Nasceu em Betsaida, na Galileia, e era pescador. Conheceu Jesus em Betânia, através do seu irmão André. Chamava-se Simão, mas Jesus chamou-lhe Cefas (Rocha, do grego petros), cuja tradução é Pedro, e o instituiu como líder da Igreja: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja.” (Mt, 16:18)

O Papa tem o poder de disseminar entre todos os membros do clero e pelos milhões de católicos a palavra de Deus. Acredita-se que a palavra Papa provém do latim Papa e do grego Pappas, termo carinhoso para pai. O 266.º Papa é Francisco, com nome de baptismo Jorge Mario Bergoglio, natural de Buenos Aires. Sucedeu em 2013 a Bento XVI, que abdicou ao papado."

Admiro o Papa Francisco tanto ou mais do que admirava o Para João Paulo II, cuja canonização creio ser um profundo disparate. Era um homem do seu tempo, fez o que pôde para reerguer a igreja católica. Fez bastante, mas não removeu as raízes podres. Essa tarefa tem sido conseguida devagar e com bom senso pelo Papa Francisco, tomando publicamente posições perigosas para a hierarquia do Vaticano. Dois grandes homens. Nenhum deles fez milagres. Nenhum deles é santo.

 

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A 29 Junho assinala-se O Dia Internacional dos Trópicos

"Esta data procura realçar a importância que os trópicos representam para os ecossistemas e para vida humana.

Localizada entre o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio, ocupa 40% da superfície total da Terra e é responsável por 80% da biodiversidade no mundo. No entanto, é confrontada por alterações climáticas diversas: desflorestação, exploração madeireira, urbanização e pressão demográfica.

O Dia Internacional dos Trópicos foi proclamado pela ONU em 2016."

Não gostava de morar num país tropical. Ponto.

Passar uns dias, visitar família, ver a beleza natural, conhecer a história, apreciar a comida, não beber água sem ser engarrafada. O calor destrói qualquer perspectiva de fantasia paradisíaca. A água, estar dentro de água, sempre, torna-se o único objectivo depois de meia dúzia de dias a derreter. Destinos de férias para fazer apenas praia não me seduzem.

 

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Hoje é O Dia Internacional da Lama

"O objectivo deste dia é ligar as crianças de todo o mundo pela terra, através de brincadeiras na lama. É um dia de celebração na natureza, de libertar as crianças existentes em todos os homens e mulheres e de sujar as mãos e os pés, juntamente com outras pessoas.

Ao contrário do que se pensa, em vez de viver num ambiente estável (o que torna o corpo vulnerável), entrar em contacto com a lama e com algumas bactérias traz vantagens, já que ajuda a desenvolver o sistema imunológico.

A origem do Dia Internacional da Lama remonta a 2009, num evento do World Forum, em que surgiu a ideia de unir as crianças do mundo através da própria terra. Desde então todos os anos se celebra a data a 29 de Junho, com participantes de todas as idades, raças e religiões, provando que somos iguais (sobretudo quando cobertos com lama)."

Unir as crianças de todo o mundo através da terra parece-me uma ideia de valor. Poderíamos ensiná-las a plantar  a cuidar e a colher, por exemplo. Nem toda a gente tem hortas, claro, mas todos a gente pode arranjar um vaso e plantar morangos, tomates, feijões, etc., algo que entusiasme as crianças em seguir o seu crescimento. Lama. É engraçado fazer uma batalha de lama, mas apenas as empresas de detergentes agradecem a sujidade.

 

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No dia 29 de Junho assinala-se O Dia Internacional da Esclerodermia

"A doença ainda não tem cura, é de difícil diagnóstico – e muitas vezes silenciosa. A esclerodermia é doença autoimune multissistémica (ataca diversos órgãos ao mesmo tempo) que ao evoluir provoca inflamações crónicas, acometimento da pele, órgãos internos, enrijecimento das articulações e atinge quatro vezes mais mulheres na fase adulta do que os homens – embora possa manifestar-se em crianças.

Caracterizada pela produção excessiva de colágeno nos tecidos do corpo, esta doença é autoimune – o organismo ataca-se a si mesmo. São diversos os tipos e sintomas, o que dificulta a identificação numa fase inicial. Além de exames laboratoriais, a avaliação clínica especializada é de extrema importância para um diagnóstico assertivo e tratamento imediato."

As doenças autoimunes raramente são curáveis. Muitas podem não ser mortais a curto prazo, mas são dolorosas e extremamente incapacitantes.

O S. João voltou

João Pedro Pimenta, 28.06.22

Houve muitas ausências que se lamentaram durante a pandemia. Aqui em Portugal destacaram-se os santos populares, essas festas colectivas tão queridas e democráticas, que anunciam sempre um novo Verão. Em 2021 houve uns ameaços, mas ainda não seria desta. Em 2022 regressaram, sem impedimentos. O tão desoladoramente falado "novo normal" afinal revelou-se muito parecido com o "velho normal".

O S. João, festa pagã de solstício de Verão adaptada para comemorar o profeta Baptista, que segundo os Evangelhos teria nascido seis meses antes do seu primo Jesus de Nazaré, também regressou, em especial ao Porto, onde, segundo Fernão Lopes, no século XIV já era festejado. Sabia-se que tinha havido um ou outro ano em que por causas bélicas ou de epidemias não tinha havido S. João, mas nunca dois anos seguidos. De tal forma que até a DGS, em 2020, emitiu um patético comunicado no dia 24 a pedir às pessoas que evitassem os festejos. O regresso urgia, por isso.

E regressou. Assim como os manjericos, as sardinhas, o fogo de artifício, as "cascatas", os martelinhos e a animação de rua. O tempo chuvoso da manhã ameaçava ser literalmente um balde de água fria, mas acabou por poupar os festejos. As pessoas voltaram a encher os principais espaços, sobretudo os que se encaminham para o rio. Quem andasse pelo centro da cidade podia ver os concertos "oficiais", mas eram sobretudo os bailaricos típicos que, de Nevogilde às Fontainhas, passando pelo Passeio Alegre, Massarelos e Miragaia, atraíam mais gente, tal como antigamente, com os martelos a fervilhar. Até Marcelo Rebelo de Sousa andou pela cidade, quase de uma ponta à outra. É de questionar como é que ele se terá locomovido da Sé a Nevogilde. Acima de tudo e todos, os balões a polvilhar o céu de luzes. E a noite acaba perto do rio, já com a alvorada. Para alguns puristas resistentes será mesmo na praia.

Não sei se era a noite de S. João esperada por toda a gente durante os dois últimos anos de má memória, mas o essencial estava lá. O S. João voltou com a "velha normalidade" e isso era tudo o que importava. 

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Ah, e também há o dia de S. João, com a regata dos barcos rabelos, ainda que o vento possa não ajudar.

Dia de St. Patrick

Maria Dulce Fernandes, 17.03.22

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Hoje comemora-se o dia de S. Patrício, o santo padroeiro da Irlanda e da boa sorte.

Curiosamente o santo não nasceu irlandês nem Patrick. Crêem os historiadores o seu nascimento cerca de 390 dc no País de Gales sob o domínio Romano,  filho de Calpornius, um oficial do exército, dando pelo nome de Maewyn Succat.

Com cerca de 16 anos , foi feito prisioneiro e vendido como escravo na Irlanda, onde no condado de Antrim era pastor e cuidador de porcos e lhe chamavam Paddy.

Como a solidão é o melhor veículo para a introspecção, rápidamente encontrou Deus em si e se tornou senhor de uma fé inabalável.

Em oração surgiu-lhe a visão de um barco, encetando assim a sua fuga para a liberdade.

Ingressou num mosteiro em França, de onde 12 anos mais depois saiu ordenado sacerdote e  mais tarde já bispo e com a bênção papal  regressou ao seu cativeiro irlandês como missionário, com o objectivo de evangelizar o povo celta.

Sem querer impor a fé à força, integrou-a com os costumes locais , acrescentando pequenas coisas e obtendo excelentes resultados para a igreja católica.

Uma das suas pequenas coisas foi o trevo, planta trilobada, verde e abundante que com a trinca  corpo alma e mente explica a Santíssima Trindade , Pai, Filho e Espírito Santo. E como todos os que o ouviram o entenderam, os trevos tornaram-se um símbolo de boa sorte.

Nem sempre foi fácil com  druidas e caciques locais e das celas irlandesas, poucas lhe foram estranhas.

Morreu por volta do ano 490 dc, deixando a fundação da igreja irlandês fortemente estruturada.

Foram-lhe atribuídas uma série de lendas, mitos e milagres  dentre tantos dou como  exemplo o Fogo Mágico.

O fogo mágico

A festa celta Beltaine era um grande festival para celebrar o início do verão e o triunfo sobre os poderes das trevas. Uma fogueira era acesa pelo Rei da Irlanda no topo da Hill of Tara e seu fogo seria então usado para acender todas as outras fogueiras país afora.

Diz a lenda que São Patrício acendeu a fogueira antes de Laoghaire , o rei o atraindo a atenção dos chefes pagãos, os druidas, que relataram que o fogo de São Patrício tinha poderes mágicos porque eles não puderam apagá-lo.

Rei Laoghaire também foi incapaz de extinguir o fogo e aceitou que São Patrício era mais poderoso que ele. Por isso, mesmo não convertido ao Cristianismo, Laoghaire endossou a missão de São Patrício em terras irlandesas.

A cada dia 17 de Março comemora-se não o nascimento, mas a morte de St. Patrick.

Os que sobreviveram à Grande Fome comemoram este dia como feriado. É  o dia do orgulho de ser irlandês,  aliando a fé à superstição como Patrick tão bem fizera

 

Uma publicação em verde é sempre de valor.

Feliz dia de S. Patrício