Tenho estado a ler um livro que irei apresentar em breve e que se ocupa do envelhecimento activo, tema para o qual só recentemente se começou a olhar com verdadeiro interesse e atenção.
A dada altura, deparei com a frase que cito acima, a qual constitui, há já alguns anos, um dos meus cavalos de batalha e que é, aliás, objecto deste meu último livro. De facto, nunca é demais sublinhar, que só quem sabe gostar de si próprio é capaz de saber gostar dos outros.
Durante muito tempo na minha vida, nomeadamente depois de passar por um divórcio, tive dificuldade em perceber isto. Na verdade, a fractura duma separação leva-nos, muitas vezes, a duvidarmos de nós próprios e do nosso valor, só porque atribuimos ao outro mais importância do que ele possivelmente merece. Eu recusei-me a aceitar isso, porque me não sentia nem inferior nem pior. E foi assim que percebi a importância de gostar de mim e de encontrar, afinal, não quem eu procurava, mas sim quem estava a procurar-me.
Mario Quintana tem, mesmo, toda a razão!