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Delito de Opinião

O fim de uma era

Pedro Correia, 29.09.23

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«Não penso sentar-me no chão, à porta de uma livraria. Mas procurarei, muitas vezes, bancos de jardim, à sombra. E assim me deixarei ficar, absorto, tomando notas para uma improvável emissão futura, feita de silêncios e de palavras elementares, assim me pouse no ombro a ave clandestina.»

O Olhar Perto do Chão: a última crónica do Fernando Alves. Foi hoje, na TSF. O fim de uma era na rádio, sintoma do fim de uma era no jornalismo português.

Hoje é dia de

Maria Dulce Fernandes, 13.02.23

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A 13 de Fevereiro assinala-se O Dia Mundial da Rádio

«A rádio das Nações Unidas surgiu em 13 de Fevereiro de 1946. A data foi, portanto, uma escolha natural para celebrar este meio de comunicação de massa. O Dia Mundial da Rádio foi proclamado na Conferência Geral da UNESCO em 2011, seguindo uma proposta inicial da Espanha. No ano seguinte, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou-o Dia Internacional.

O objectivo deste dia é sensibilizar a opinião pública para a importância da rádio e incentivar os decisores políticos a utilizá-la para fornecer acesso à informação e melhorar a cooperação internacional entre as emissoras.

O Dia Mundial da Rádio é um dos dias internacionais mais populares proclamados pelas Nações Unidas. Todos os anos, centenas de estações de rádio no mundo associam-se ao evento.»

 

Antes da TV passava-se o serão a ouvir rádio. O meu pai dizia que eles só declamavam as notícias que lhes interessam, e que se se ia sabendo mais sobre isto ou aquilo, era através de quem vinha de viagem, mas principalmente por quem tinha aparelhos com capacidade para sintonizar a BBC, a Deutsche Wella, a RTL... 

Agora tudo mudou. Ouve-se rádio principalmente de manhã para não se adormecer ao volante, mas o radialistas são mais muito mais desbragados, tendo a missão de "declamar as notícias que lhes interessam" ficado a cabo das televisões,  que nos mostram em directo e ao vivo apenas o que querem que se saiba.

 

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Hoje é O Dia Mundial do Preservativo 

«O Dia Internacional do Preservativo é comemorado cada ano um dia antes do Dia dos Namorados. Uma maneira irónica de lembrar que devemos pensar sempre na segurança mesmo nas situações de maior intimidade. Os preservativos são uma das melhores formas de protecção contra uma gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis. 

Os preservativos modernos são feitos principalmente de látex, especialmente os masculinos. No entanto, também existem preservativos sem látex feitos de poliuretano que podem ser usados por homens com alergias ao látex. 

No século XIX começaram a generalizar-se os preservativos de borracha.

O preservativo feminino moderno é muito mais recente: foi desenvolvido por Lasse Hessel, um médico dinamarquês, e aprovado em 1994.»

 

E pronto. Está explicado quase quase ao pormenor o que devem fazer para que não deitem crianças nas sanitas ou nos contentores do lixo e para não contraírem doenças contagiosas e que podem ser incuráveis e mortais. A profilaxia não é contra as leis de Deus. Contra as leis de Deus são o abandono e a morte das crianças que não pediram para nascer. A mensagem de conscientização é também (e principalmente?) dirigida aos homens que pensam que os problemas só acontecem aos outros.

(Imagens Google)

A História devida de um dos nossos leitores

Paulo Sousa, 31.08.20

Na sequência do meu texto de há dias, o nosso leitor que se indetifica por o cunhado enviou num comentário a sua História Devida. O relato e o episódio merece um destaque que não teria se ficasse apenas como um comentário. Por isso aqui fica ela, com o devido agradecimento ao cunhado pela sua partilha.
Um abraço

"Dois anos depois do meu pai nos ter deixado naquela pequenina casa daquela ainda mais pequenina aldeia incrustada no sopé da grande serra; à minha mãe, a mim com quatro anos e às minhas irmãs, uma com cinco e outra em ventre materno e ter abalado em demanda de terras africanas onde se constava que era só abanar a árvore, embarcávamos no “Mouzinho de Albuquerque” numa viagem que juntaria a família em Angola, onde, tudo o indiciava, o meu pai soubera com arte e proveito abanar devidamente a árvore.

O navio era velho e pequeno, navegava devagar e às vezes até parava. Essa seria mesmo a sua última viagem. A minha mãe enjoou logo ao início e a minha irmã mais nova, essa embarcou já doente mercê de uma malga de azeitonas galegas que a tia Rosa lhe dera, pitéu a que a miúda não resistia. Esteve mesmo em risco de vida, mas escapou. De modo que com essas duas de cama, foi a minha irmãzinha mais velha com os seus responsáveis sete aninhos a ter de assumir a responsabilidade por todos, mais concretamente por aquelas duas inúteis, que eu sabia bem tomar conta de mim e não dava trabalho a ninguém. Tinha liberdade, por mim estava tudo bem e não carecia de mais nada. Assim, corria o barco de popa à proa, à minha maneira sem ser minimamente molestado com parvas recomendações disto e daquilo, e ao contrário da minha mãe e irmãs que se lamentavam que aquilo nunca mais acabava, só pedia que tivessem razão porque não me incomodava nada viver o resto da minha vida lá dentro.

Ia também nessa viagem um contingente militar, desses que o Governo mantinha nas colónias, com quem no primeiro minuto travei conhecimento e por quem ainda mais rapidamente fui adoptado como mascote. Andava com eles para todo o lado, comia com eles, via-os beber vinho pelos garrafões, jogarem às cartas e cultivar-me-ia a preceito na sublime retórica do palavrão. Enfim, a minha felicidade era plena e só me queria ver grande depressa para envergar aquela bela farda de caqui amarelo e combater em todas as guerras deste mundo, porque guerra foi a palavra mais ouvida na minha infância. Nasci em 40 e estava-se agora em 47.

Declinava um certo dia quando eu me passeava por ali, frustrado por não ver ninguém, quando reparo num militar que de costas para mim debruçado sobre a amurada contemplava o mar, perdendo-se sabe-se lá em que estranhas divagações. Era um homem grande, ainda o estou a ver. Corri para ele, contentíssimo pelo ocaso da minha solidão ter chegado ao fim, e ele quando me viu pareceu ficar muito surpreendido. Baixou-se ao meu nível e vi-o olhar receoso para todas as direcções. Ninguém nas imediações. Então soergueu-se, comigo segurado pelos braços, estendeu os dele comigo nas suas mãos, colocou-me fora o barco e disse-me numa voz rouca e segredada, que ainda hoje estremeço quando a recordo:

- E se eu te deixasse cair?

Não soube o que senti. Olhava para baixo, para o que me parecia um abismo interminável, e na medida em que a escuridão que já caíra me permitia, via água ondulante lá em baixo. Então algo explodiu na minha cabeça pedindo-me para não gritar. Depois ele jogou comigo. Largava-me e apanhava-me, largava-me e apanhava-me. Por vezes jogava-me mais acima, deixava-me cair e apanhava-me no último instante. Subitamente soube que me ia deixar cair. Vi-lhe nos olhos a decisão, até lhe senti o afrouxar das mãos. E exactamente nesse momento, um barulho fez-se ouvir mais acima, que se foi gradualmente tornando mais distinto à medida que se aproximava. Dois marinheiros vinham por ali conversando. Provavelmente com medo que eu gritasse ao ser largado, recolheu-me rapidamente, pousou-me atabalhoadamente sobre o tombadilho e fugiu a correr para a parte oposta.

Nos quatro dias restantes para término da viagem nunca mais saí do nosso cubículo, pomposamente alcunhado de camarote. Tinha feito há pouco seis anos. Todas estranharam a minha súbita dedicação familiar, mas nunca souberam nada, nem nunca saberiam. Mas soube eu, e saberia tudo. A partir desse episódio nunca mais esqueceria nada e recordo todos os factos da minha vida até à data de hoje. Todos! até o mais insignificante."

A minha história devida

Paulo Sousa, 28.08.20

Julgo que tudo começou pela experiência lançada por Paul Auster numa rede de rádios norte-americanas. A ideia baseava-se na leitura de histórias enviadas pelo público, que poderiam ter desde dois parágrafos a duas páginas, e teriam de ser verdadeiras. O sucesso traduziu-se em mais de 4.000 histórias envidas pelo público, que após uma rigorosa seleção alimentaram um programa de rádio durante alguns anos, assim como o livro True Tales of American Life editado pelo escritor.

A Antena1 criou há uns anos uma rubrica inspirada nesta ideia. A História Devida, de seu nome, esteve no ar durante algum tempo e ainda andou pelo Canal Q. Julgo que já tenha terminado.

As histórias que ouvi nesta rúbrica eram na generalidade bastante interessantes. E porque todos temos uma história para contar, que era o mote do programa, um dia também quis participar e enviei a minha história. Foi para o ar em dezembro de 2006, e partilho-a aqui convosco.

Um podcast por dia, nem sabe o bem que lhe fazia (20)

José Maria Gui Pimentel, 22.07.14

TSF - Bloco Central

 

 

Painel semanal de comentário político na TSF – na esteira do Contraditório da Antena 1, do Governo Sombra da mesma TSF ou da Quadratura do Círculo na SIC Notícias – com Pedro Adão e Silva à esquerda e Pedro Marques Lopes à direita. É um programa interessante, embora tenha algumas pechas. Sobretudo, e como normalmente acontece neste tipo de programa, o elemento à direita é mais envergonhado do posicionamento que lhe foi atribuído, pelo que a substância do comentário tende a ser demasiadamente convergente entre os dois. Esta diminuição do contraditório tem a consequência inevitável de diminuir o interesse da discussão para o ouvinte – pelo menos para este que escreve. 

Um podcast por dia, nem sabe o bem que lhe fazia (18)

José Maria Gui Pimentel, 20.07.14

TSF – Pessoal e Transmissível

 

 

Antes – muito antes – de moderar o Governo Sombra, já Carlos Vaz Marques torturava quinzenalmente os ouvintes com o tema de abertura do Pessoal e Transmissível*, para rapidamente se redimir com conversas muito bem conduzidas e com convidados escolhidos a dedo. O cuidado na escolha dos convidados é, de resto, uma marca deste programa, sendo na sua maioria ligados às artes e à cultura em geral, com a clara intenção de procurar talentos emergentes ou desconhecidos. Há também cientistas e políticos estrangeiros. 

 

* Confesso que, durante anos, adiei a subscrição deste podcast precisamente devido à urticária que a música de abertura me provocava (quase maior do que quando apanhava um rádio a cantar “Oceano Pacífico” naquele tom indescritível). Entretanto, já estou habituado, e até não sei se já não gosto. Será da idade?

Um podcast por dia, nem sabe o bem que lhe fazia (16)

José Maria Gui Pimentel, 18.07.14

Rádio Comercial – Primo

 

Nuno Markl e Vasco Palmeirim partilham um programa muito idêntico à Prova Oral, de Fernando Alvim na 3, mas, na minha opinião, menos bem conseguido. A vontade de criar empatia com os entrevistados é tanta que a tentativa transparece, muitas vezes, forçada, com elogios  exagerados. Acresce que as piadas são, demasiadas vezes, infantis. Dito isto, tem o mérito de ser um programa relaxado e, quando os entrevistados ajudam, vale a pena. 

Um podcast por dia, nem sabe o bem que lhe fazia (14)

José Maria Gui Pimentel, 15.07.14

TSF – Sinais

 

Programa notável e singular de Fernando Alves, que se distingue de tal modo dos demais que se torna impossível de definir. Tive, por isso, de me socorrer do site da TSF, que o resume assim: “anotação pessoalíssima do andar dos dias, dos seus paradoxos, das suas mais perturbadoras singularidades”. Eu diria antes que é um programa sobre nada e sobre tudo, ao mesmo tempo, e, aí concordo, com um toque muito pessoal de Fernando Alves, que toca os temas da actualidade, para uma vezes se debruçar sobre eles e outras partir para um tema distante, a propósito de uma palavra, nome ou metáfora usada e que lhe desperta pensamentos colaterais.

Um podcast por dia, nem sabe o bem que lhe fazia (11)

José Maria Gui Pimentel, 12.07.14

Antena 3 – Linha Avançada

 

José Nunes, já conhecido como “Carneiro Amigo”, comentador desportivo da Antena 1, tem já há vários anos esta rubrica diária na irmã mais nova das rádios públicas. É basicamente um resumo diário das notícias e – muitos – faits divers que rodeiam o mundo do futebol. É um programa leve, ideal para ouvir enquanto se faz uma tarefa que não nos ocupe o cérebro todo (e.g. guiar). 

Um podcast por dia, nem sabe o bem que lhe fazia (10)

José Maria Gui Pimentel, 11.07.14

Antena 3 - Prova Oral

 

São já, creio, uma dezena de anos, os últimos com Xana Alves ao lado, que Fernando Alvim leva ao microfone deste programa difícil de definir: um híbrido, metade talk show radiofónico, metade opinião pública, metade (como diria o Outro) programa de comédia. É um formato pouco ortodoxo, com poucas regras e pouco planeamento, o que gera resultados mistos. Muitas vezes, a desenvergonhada falta de preparação do locutor que cria angústia no ouvinte por não serem colocadas questões que conduzissem a entrevista num sentido muito mais interessante (pelo contrário, a entrevista tende a fluir livremente, perdendo-se muitas vezes em pormenores desnecessários). Noutras vezes, todavia, essa espontaneidade tem o mérito de, por um lado, não condicionar o entrevistado e, por outro, dar lugar a momentos improváveis e hilariantes, que seriam completamente impossíveis num programa mais sério. E mais: é essa espontaneidade que permite que um programa com estas características, quase diário, continue fresco e imprevisível.

Um podcast por dia, nem sabe o bem que lhe fazia (9)

José Maria Gui Pimentel, 10.07.14

Freakonomics Radio

 

 

 

Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner continuam – com a moderação deste último e depoimentos vários – a explorar “the hidden side of everything”. É a ciência económica aplicada à prática, não poucas vezes pondo mãos-à-obra em temas inusitados e surgindo com respostas desconcertantes, tal como em “Is College Really Worth It?”ou em “The Perfect Crime”.

Um podcast por dia, nem sabe o bem que lhe fazia (6)

José Maria Gui Pimentel, 07.07.14

Antena 1 - Cinemax

 

 

Programa semanal sobre cinema, cujo grande atractivo é o comentador residente, João Lopes, um dos poucos críticos de cinema em Portugal que conseguem instruir o ouvinte sem lhe provocar sensações que oscilam entre a vergonha e a repulsa. Fazer um programa de rádio sobre cinema não é fácil (daí, depreende-se, existir um programa gémeo na RTP), mas o Cinemax consegue fazer um bom trabalho, abordando tanto as estreias da semana, como edições em DVD e outros filmes menos recentes que venham a propósito.

Um podcast por dia, nem sabe o bem que lhe fazia (4)

José Maria Gui Pimentel, 05.07.14

Antena 1 - Maria Flor Pedroso

 

 

É o programa semanal de entrevistas de Maria Flor Pedroso. O critério de escolha dos entrevistados varia, muitas vezes ao sabor de comemorações relevantes (e.g. 40 anos do 25 de abril, Centenário da República), mas tende a centrar-se em personalidades políticas no activo om ou com ligações muito fortes a algum partido. E isso é, simultaneamente, a sua vantagem e desvantagem. Vantagem pois são pessoas cuja opinião conta. Desvantagem porque são tipicamente políticos com uma agenda condicionadora, o que torna as entrevistas, por vezes, maçadoramente previsíveis. Destaca-se a qualidade reconhecida de Maria Flor Pedroso, que, com o entrevistado certo, tem ajudado nos últimos anos a criar notícias. 

Um podcast por dia, nem sabe o bem que lhe fazia (3)

José Maria Gui Pimentel, 04.07.14

Comedy Central Stand Up

 

 

Aqui e aqui. Este é um videocast, isto é, um podcast em vídeo. Como o nome indica, são clips (curtos) de espectáculos stand-up de comediantes associados à Comedy Central. O joio não está muito bem separado do trigo, para além de que é um tipo de comédia muito específico, mas foi através deste podcast que descobri, por exemplo, John Oliver, que recentemente teve este momento brilhante a propósito do Mundial 2014.

Um podcast por dia, nem sabe o bem que lhe fazia (2)

José Maria Gui Pimentel, 03.07.14

History Extra

 

 

Associado à BBC History Magazine, o History Extra dedica-se sobretudo a entrevistar historiadores de relevo, normalmente por ocasião do lançamento de obras que abordem um período ou uma personagem histórica relevante. Tem algum enviesamento anglo-saxónico nos temas escolhidos, mas não exagerado, comparativamente ao grosso da oferta em termos de programas de História. Por outro lado, o espectro de temas é tão largo que inevitavelmente não interessarão todos o mesmo ao ouvinte. Finalmente, o History Extra tem a enorme vantagem de abordar não apenas o estado-da-arte mas também os progressos mais recentes da historiografia, o que o torna estimulante independentemente do conhecimento que o ouvinte tem de antemão sobre o tema em análise. 

Um podcast por dia, nem sabe o bem que lhe fazia (1)

José Maria Gui Pimentel, 02.07.14

TSF – Governo Sombra (1)

 

 

Começo pelo programa que ouço mais religiosamente. O Governo Sombra – que começou na rádio em 2008 e entretanto se estendeu à televisão – tem vários méritos. É um programa despretensioso e bem-humorado, que, sendo embora mais leviano do que projectos alternativos, tem a enorme qualidade de dar a conhecer pontos-de-vista que normalmente ficavam de fora dos programas de comentário político tradicional (já tinham tido alguns espaços, lembrarão os leitores mais velhos do que eu, mas estavam na sombra – justamente – nos últimos anos). Para além disso, e de novo ao contrário da maioria dos programas do género, o Governo Sombra consegue manter-se fresco. Os comentadores são – foram escolhidos por isso – completamente independentes daquilo que comentam e isso contribui para que não fiquem rapidamente acantonados em posições repetidas semanalmente, para tédio dos ouvintes, como sucede com programas como O Contraditório da Antena 1.

Série: Um podcast por dia, nem sabe o bem que lhe fazia

José Maria Gui Pimentel, 02.07.14

 

Já há 7 ou 8 anos que sou um ávido consumidor de programas de rádio, na conveniente forma de podcasts. Este hábito tem essencialmente duas razões. Por um lado, os podcasts permitem-me escolher o que oiço, à semelhança do que faço também com a televisão. Por outro lado, uma das coisas que mais gozo me dão é conseguir momentos “dois-em-um” – ou, como prefiro pomposamente chamar-lhes, os meus Óptimos de Pareto (sim, no sentido lato) –, em que junto a uma tarefa necessária (deslocações rotineiras, tarefas domésticas, etc) outra útil ou agradável.

 

À custa das largas centenas de horas de auricular nos ouvidos que já acumulei, fui durante estes últimos anos descobrindo que se faz boa rádio, tanto cá como lá fora (com algumas excepções: Espanha, por exemplo, se faz, disfarça muito bem).

 

Durante as próximas três semanas, diariamente, partilharei um podcast que costumo ouvir – mais ou menos regularmente –, juntamente com um curto comentário.

 

Espero que gostem.