Ética e responsabilidade social dos grandes comerciantes
Há dias aqui deixei um postal no qual, para além de saudar a excelência das minhas virtudes na análise económica e das concomitantes capacidades de estabelecer acertadas previsões do fenómenos económicos, referi a problemática da comercialização dos produtos alimentares (e adjacentes itens de consumo doméstico). Aí fiz constar do meu desconforto com a actual convocatória (em formato lamento) a uma putativa "ética" das grandes empresas comerciais face à dolorosa inflação que vimos sentindo (à excepção do primeiro-ministro António Costa, infelizmente menos dotado para a observação e a análise económica do que eu próprio o sou).
Ainda assim realcei que a "responsabilidade social empresarial" não é completamente exógena às práticas de alguns nichos comerciais. E nisso, mais uma vez, salientei que a "cadeia comercial" Lidl vem assumindo, decerto que com custos próprios, uma política comercial que procura minorar as angústias dos seus clientes, nisso promovendo a paz social, algo comprovado com a extrema contenção dos aumentos que tem colocado no seu recomendável uísque "Queen Margot" - e talvez por isso vem a Lidl sedimentando a simpatia que os consumidores portugueses lhe dedicam, como se pode comprovar na ascensão da sua quota de mercado.
Face à minha argumentação logo recebi de um atento leitor do Delito de Opinião um simpático comentário, imprescindível contributo reforçando o meu argumento: esta fotografia com uma legenda "Ontem, no Porto"...