A gente vamos ao Continente?
Finalmente, começo a perceber que não sou o único chocado com o caso, o que me deixa muito mais aliviado.
O Continente
Somos Todos Nós
O país inteiro tem visto e ouvido isto vezes sem conta. Mas, apesar do massacre orgulhosamente exibido, bem pode a marca limpar as mãos à parede. O Continente somos?! O sujeito na primeira pessoa do singular e o verbo na primeira pessoa do plural? Tipo a gente queremos ir ou a gente vamos? E por que não o Continente é todos nós?
O erro é de palmatória. Longe vai o tempo em que a SONAE Distribuição tinha uma direcção de marketing exigente, que punha qualquer agência a deitar fumo pelas orelhas, se quisesse ficar com a conta do Continente. Adivinha-se que esta falta de exigência hoje em dia nada augura de bom.
Afinal, era tão simples criar a mesmíssima ideia em bom português. E até dava para incluir uma rima no slogan (o que, nestas coisas, às vezes não é totalmente indiferente).
O Continente
É Toda a Gente
Tão simples que até chateia. Claro que "ele é" não gera o mesmo envolvimento que "nós somos", mas não se pode ter tudo ao mesmo tempo. As campanhas servem precisamente para preencher o que falta e resolver isso. Só nunca resolvem a promoção da subcultura.