O dinheiro não cai do céu - a sequela
Roubado no Twitter
Na sequência do meu postal sobre este cartaz, esta imagem será a mais definitiva confirmação da desonesta deturpação do sentido deste provérbio por parte do BE.
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Na sequência do meu postal sobre este cartaz, esta imagem será a mais definitiva confirmação da desonesta deturpação do sentido deste provérbio por parte do BE.
O sentido deste provérbio popular, que explica que sem trabalho não se consegue nada, foi desonestamente deturpado na última campanha do BE. Assim, este partido da esquerda aburguesada pretende defender a criminalização do enriquecimento ilícito. Até aí tudo bem, mas em vez de meter a foice em seara alheia, que é como quem diz, em vez de deixar os provérbios populares para o seu Mestre Jedi, o camarada Jerónimo, devia apostar naquilo em que os seus criativos são bons, e que é em produzir soundbites sonantes, e isto não é soundbite sonante, mas apenas um provérbio corrompido.
Nesta infeliz campanha, de forma a transmitir que por de trás do dinheiro há sempre ilicitude, o BE faz por ignorar a possibilidade de se ter dinheiro como resultado de trabalho, esforço ou talento. Esta é a forma enviesada como vêem o mundo.
Este provérbio seria uma óptima resposta a muitas das medidas que defendem e que se encaixam na velha política de querer acabar com os ricos. Quisessem antes acabar com os pobres e não teríamos um quinto da nossa população abaixo do limiar da pobreza, nem aceitaríamos que um terço dos pobres tenha trabalho regular. E tudo por não se querer olhar para o que é bem feito noutras paragens, onde o dinheiro também não cai do céu, mas as políticas públicas permitem que a riqueza cresça e quando o bolo é maior há mais para dividir.
Assim, governados por esta visão deturpada, faz-se por ignorar que para demasiados portugueses a prosperidade só é possível pela emigração.
O PAN, justamente preocupado com possíveis situações de stress psicológico causadas aos bichinhos pelos ancestrais provérbios populares desde sempre ligados à tradição portuguesa, vem agora recomendar que ponhamos de parte este péssimo hábito e passemos a dizer expressões alternativas, tais como «pegar na flor pelos espinhos» em vez de «pegar no touro pelos cornos».
Não posso estar mais de acordo com esta iniciativa fracturante do partido animalista. Venho, portanto, propor aos leitores do DELITO propostas de provérbios alternativos que não configurem situações de injúria ou difamação dignas de traumatizar os animaizinhos.
E adianto, desde já, duas alternativas da minha lavra: «Quem não tem cão caça com PAN» e «A PAN dado não se olha o dente».
Façam o favor de deixar aqui as vossas sugestões.
Um olho no burro e outro no Salgado.
A árvore, quando está a ser cortada, observa com tristeza que o cabo do machado é de madeira.
(Provérbio árabe)