O Prémio Camões vai para Moçambique
jpt, 21.10.21
Alguns patrícios perguntam-me a opinião sobre o Prémio Camões atribuído hoje à moçambicana Paulina Chiziane. Repito-lhes aquilo que sempre digo sobre este prémio:
1) trata-se de um produto político, que procura através da premiação anual sedimentar uma comunidade internacional assente na partilha linguística. Não vem grande mal ao mundo por isso, mas subalterniza critérios literários;
2) o costume de alternar a premiação entre Portugal e Brasil - polvilhando o ritmo com algumas atribuições a escritores africanos - sublinha essa secundarização de considerações literárias (porque não sucessivos prémios dados a escritores da mesma nacionalidade, por exemplo?).
Para além disso há as minhas inclinações pessoais:
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