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TSF - Tubo de Ensaio
Programa já com sete anos de emissões diárias na TSF (com interrupção para férias), contando com voz de Bruno Nogueira e textos deste e de João Quadros. É neste programa que os autores têm mostrado todo o seu espírito cáustico, o que por vezes lhes tem custado algumas críticas. Entre momentos geniais, meramente banais, ou polémicos, o Tubo de Ensaio é um programa original e corajoso que se torna difícil de definir. Leve na forma, é por vezes mais profundo no conteúdo do que aparenta .
E assim termina esta série, com 21 sugestões de podcasts, dos mais diversos tipos e feitios. Outros há por aí. Alguns que também conheço mas que ouço menos vezes e que por isso não incluí aqui. Outros -- muitos mais -- com que ainda não me cruzei. Ficam as sugestões, espero que tenham gostado.
Painel semanal de comentário político na TSF – na esteira do Contraditório da Antena 1, do Governo Sombra da mesma TSF ou da Quadratura do Círculo na SIC Notícias – com Pedro Adão e Silva à esquerda e Pedro Marques Lopes à direita. É um programa interessante, embora tenha algumas pechas. Sobretudo, e como normalmente acontece neste tipo de programa, o elemento à direita é mais envergonhado do posicionamento que lhe foi atribuído, pelo que a substância do comentário tende a ser demasiadamente convergente entre os dois. Esta diminuição do contraditório tem a consequência inevitável de diminuir o interesse da discussão para o ouvinte – pelo menos para este que escreve.
Antes – muito antes – de moderar o Governo Sombra, já Carlos Vaz Marques torturava quinzenalmente os ouvintes com o tema de abertura do Pessoal e Transmissível*, para rapidamente se redimir com conversas muito bem conduzidas e com convidados escolhidos a dedo. O cuidado na escolha dos convidados é, de resto, uma marca deste programa, sendo na sua maioria ligados às artes e à cultura em geral, com a clara intenção de procurar talentos emergentes ou desconhecidos. Há também cientistas e políticos estrangeiros.
* Confesso que, durante anos, adiei a subscrição deste podcast precisamente devido à urticária que a música de abertura me provocava (quase maior do que quando apanhava um rádio a cantar “Oceano Pacífico” naquele tom indescritível). Entretanto, já estou habituado, e até não sei se já não gosto. Será da idade?
Nuno Markl e Vasco Palmeirim partilham um programa muito idêntico à Prova Oral, de Fernando Alvim na 3, mas, na minha opinião, menos bem conseguido. A vontade de criar empatia com os entrevistados é tanta que a tentativa transparece, muitas vezes, forçada, com elogios exagerados. Acresce que as piadas são, demasiadas vezes, infantis. Dito isto, tem o mérito de ser um programa relaxado e, quando os entrevistados ajudam, vale a pena.
A revista de culto da cultura hispter não podia deixar de ter o seu próprio podcast, ou, na verdade, podcasts, uma vez que são já 16 programas distintos aqueles que estão disponíveis no site. Devo dizer que ainda conheço mal este podcast, e por isso não posso opinar sobre a qualidade dos conteúdos. É um programa sobretudo sobre a actualidade, no sentido lato, abordando temas desde a política internacional até livros lançados e eventos artísticos.
Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner continuam – com a moderação deste último e depoimentos vários – a explorar “the hidden side of everything”. É a ciência económica aplicada à prática, não poucas vezes pondo mãos-à-obra em temas inusitados e surgindo com respostas desconcertantes, tal como em “Is College Really Worth It?”ou em “The Perfect Crime”.
Programa diário, de conversas rápidas -- demasiadamente rápidas, na minha opinião -- com autores portugueses sobre as suas mais recentes obras. Conduzido por Ana Daniela Soares.
Mais um videocast, isto é, um podcast em vídeo. Trata-se do feed das palestras que a TED vai compilando, entre as oficiais e aquelas realizadas com autorização. Embora nem todos os 18 minutos canónicos (por vezes menos) de fita valham o tempo empregue, habilitamo-nos, com alguma sorte, a assistir a uma talk como esta, de Ken Robinson, à qual é difícil ficar indiferente.
Programa semanal sobre cinema, cujo grande atractivo é o comentador residente, João Lopes, um dos poucos críticos de cinema em Portugal que conseguem instruir o ouvinte sem lhe provocar sensações que oscilam entre a vergonha e a repulsa. Fazer um programa de rádio sobre cinema não é fácil (daí, depreende-se, existir um programa gémeo na RTP), mas o Cinemax consegue fazer um bom trabalho, abordando tanto as estreias da semana, como edições em DVD e outros filmes menos recentes que venham a propósito.
Duas horas música intercalada com História, numa emissão de rádio dedicada a explorar álbuns e concertos, e o contexto em que surgem.
É o programa semanal de entrevistas de Maria Flor Pedroso. O critério de escolha dos entrevistados varia, muitas vezes ao sabor de comemorações relevantes (e.g. 40 anos do 25 de abril, Centenário da República), mas tende a centrar-se em personalidades políticas no activo om ou com ligações muito fortes a algum partido. E isso é, simultaneamente, a sua vantagem e desvantagem. Vantagem pois são pessoas cuja opinião conta. Desvantagem porque são tipicamente políticos com uma agenda condicionadora, o que torna as entrevistas, por vezes, maçadoramente previsíveis. Destaca-se a qualidade reconhecida de Maria Flor Pedroso, que, com o entrevistado certo, tem ajudado nos últimos anos a criar notícias.