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Delito de Opinião

Pensamento da semana

Pedro Correia, 22.06.25

Os países livres são, em média, doze vezes mais ricos do que os países onde a democracia está amordaçada. As sociedades livres são aquelas onde há mais crescimento económico e melhores salários. E também são aquelas onde existem mais pessoas felizes, ao contrário do que advogam alguns extremistas, entre hossanas às atrocidades das ditaduras. Mereciam experimentá-las, na pele e na carne, para se manterem fiéis ao que apregoam.

 

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Pensamento da semana

Pedro Correia, 01.06.25

 

O sectarismo galopante, incendiado pelas redes digitais, distorce os factos criando uma realidade paralela na qual devemos estar em alerta permanente face a rivais convertidos em inimigos - que são todos quantos não pensam como nós. É um mal que corrói as sociedades contemporâneas, convertendo homens livres em membros de um rebanho.

 

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Pensamento da semana

Pedro Correia, 25.05.25

Dez anos depois, podemos concluir: a geringonça foi um péssimo negócio para o conjunto da esquerda portuguesa. Primeiro a esquerda radical ficou reduzida à expressão mais ínfima, vítima da hegemonia socialista. Agora é o próprio PS a afundar-se a pique, conduzido em navegação errática pelo mais incompetente secretário-geral da história do partido. O círculo fecha-se. É quase irónico lembrar hoje que António José Seguro foi apunhalado por António Costa em 2014 após vencer a eleição europeia com 31,1%. «Poucochinho», dizia então o actual presidente do Conselho Europeu. Desta vez não há punhais na sede do partido. Por ser desnecessário: Pedro Nuno Santos, derrotado nato, optou pelo haraquíri. Faz recuar o PS aos 23,4%, com o pior resultado em 40 anos, e sai de cena. Quem vier depois que trate de colar os cacos.

 

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Pensamento da semana

Pedro Correia, 18.05.25

 

A Igreja Católica, que proclama valores universais e absolutos, é hoje a única instituição com verdadeira presença global. Isto ficou novamente comprovado com a morte do Papa, o conclave e a sucessão de Francisco.

Um dia Estaline perguntou quantas divisões possuía o Vaticano, ignorando a força do poder espiritual. Eis a resposta: dez mandamentos e nove bem-aventuranças, sem fronteiras espaciais ou temporais. Além de três palavras essenciais como sementes da civilização: piedade, perdão e paz.

O estalinismo afundou-se em escassas décadas no lodo da História, enquanto o cristianismo permanece vivo dois mil anos depois. Vocacionado para abraçar a eternidade.

 

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Pensamento da semana

Pedro Correia, 20.04.25

 

Quando Marta se queixou da sua irmã Maria por não cumprir tão bem como ela as tarefas domésticas, Jesus alertou-a: «Andas inquieta e perturbada com muitas coisas, mas só uma é necessária. Maria escolheu um caminho superior.» (Lucas, X, 39-42). No Sermão da Montanha - um dos mais belos trechos da Bíblia - Cristo enaltece os lírios do campo que sem fiar nem coser excedem toda a glória de Salomão (Lucas, VI, 25-29). Lição a reter nesta Semana Santa: trabalhar em excesso, sem ser por imperiosa necessidade, tem reduzido valor moral. O homo faber, centrado na actividade profissional, deve coexistir com o homo ludens.

 

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Pensamento da semana

Pedro Correia, 13.04.25

 

A chamada esquerda esqueceu as suas pretensões de sempre, centradas na igualdade, para defender múltiplas identidades tribais, cada vez mais diversas e microscópicas. Com isso distanciou-se dos cidadãos concretos, mergulhando numa crise de tal envergadura que pode tornar-se irrecuperável.

 

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Pensamento da semana

Pedro Correia, 06.04.25

 

O regresso de Donald Trump à Casa Branca, a 20 de Janeiro, tem demonstrado que o grande adversário geoestratégico da Federação Russa é a União Europeia - acrescida do Reino Unido, como se o Brexit tivesse ficado para trás. Outra "conquista" de Putin, tal como a adesão da Suécia e da Finlândia à NATO, a protecção nuclear francesa aos parceiros europeus e o rearmamento alemão.

 

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Pensamento da semana

Pedro Correia, 30.03.25

 

Podemos tentar "compreender" a vertente social, cultural e psicológica de um acto criminoso. E, se formos advogados de quem o cometeu, até talvez devamos invocar tudo isso como possível atenuante em tribunal. Nada apaga, no entanto, a componente do livre-arbítrio. É o grande trunfo - e também o grande fardo - da condição humana.

 

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Pensamento da semana

Pedro Correia, 22.03.25

 

Num  mundo ameaçado por perigos crescentes, as pessoas procuram mais segurança, não mais liberdade. Refugiam-se em casa como entre muralhas, reduzem ao mínimo a vida social. Aderem em grau crescente ao teletrabalho, ao comércio digital, às vídeo-reuniões, à telemedicina. Em regime de reclusão voluntária. A rebeldia pertence a um mundo cada vez mais distante.

 

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Pensamento da semana

Pedro Correia, 02.03.25

 

A Ucrânia faz parte da Europa. Ao invadir a Ucrânia, Putin rasgou uma regra básica do direito internacional e da geopolítica definida em 1945, na Conferência de Ialta, e ratificada em todos os tratados e todas as convenções subsequentes. Nós, europeus, devemos encarar esta guerra de agressão como ameaça existencial ao nosso continente, que não queremos ver amputado nem submetido à rudimentar lei da força.

 

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Pensamento da semana

Pedro Correia, 16.02.25

 

A Rússia de Vladimir Putin, assombrada pela natalidade regressiva, só consegue hoje afirmar-se pelo seu arsenal nuclear. Sem ser modelo para ninguém. É uma ditadura filofascista com ambições de cariz imperialista que não olha a meios para atingir os fins, reprimindo as aspirações de liberdade e prosperidade do seu povo. Sinal de fraqueza, não de força.

Putin poderia repetir a pergunta de Estaline: «Quantas divisões tem o Papa?» Olha, mas não vê. O essencial é invisível aos olhos dos tiranos.

 

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Pensamento da semana

Pedro Correia, 09.02.25

 

As propostas de apaziguamento dos países livres às autocracias que violam grosseiramente a Carta das Nações Unidas jamais conduzem à paz: só estimulam novos conflitos e novas guerras.

Um regime incapaz de respeitar os direitos e liberdades do seu próprio povo faz da agressão externa uma senha de identidade política. Imaginar que acatará normas de civilidade no plano internacional é ignorar todas as lições da História.

 

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Pensamento da semana

Pedro Correia, 02.02.25

 

Em nome do bem absoluto, não falta quem professe hoje a doutrina da equidistância moral entre carrasco e vítima. Contemporizando assim com o mal absoluto: o indivíduo que degola é equivalente em humanidade ao degolado. No limite, relativiza-se até o horror na sua dimensão máxima - atingida, por exemplo, no campo de extermínio de Auschwitz, libertado há 80 anos.

Diga-se que nada disto é original. Longe disso. Não tem faltado, desde os confins dos tempos, quem estabeleça paralelo moral entre Abel e Caim.

 

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