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Delito de Opinião

Pensamento da semana

Pedro Correia, 21.07.24

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É, desde já, uma das fotografias do ano. Talvez até da década. Nem precisa de legenda: já deu a volta ao mundo.

Mas não é filha de pai incógnito: foi captada por Evan Vucci, conceituado repórter-norte-americano, há mais de 20 anos na Associated Press. Premiado com o Pulitzer.

É, no fundo, uma vitória do jornalismo. Naquele mesmo local da Pensilvânia, onde Donald Trump foi alvejado no dia 13, havia centenas de pessoas munidas de telemóvel, prontas a captar imagens a todo o momento. Algumas até talvez convencidas de que podiam assim praticar o proclamado "jornalismo de cidadania".

Mas a fotografia que se tornou emblemática e até icónica foi a de Vucci. Não há coincidências.

Duvidem quando vos disserem que "qualquer um pode ser jornalista". Pelo mais elementar dos motivos: isso não é verdade.

 

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Pensamento da semana

Pedro Correia, 07.07.24

Ao contrário do que alguns imaginam, o futebol não é só feito de esquemas tácticos, jogadas a régua e esquadro, losangos, bolas paradas e "transições ofensivas". O futebol é sobretudo uma fascinante soma de momentos mágicos que perduram na memória colectiva, ampliam a nossa crença nas potencialidades da espécie humana e demonstram onde é possível chegar quando talento e esforço se conjugam. 

 

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Pensamento da semana

Pedro Correia, 09.06.24

 

O direito à igualdade está grosseiramente ferido nas eleições em Portugal. Quem votou a 2 de Junho (252 mil compatriotas inscreveram-se para o voto antecipado) não dispôs do obsoleto "dia de reflexão". Quem vota a 9 de Junho, cumpriu a tal "reflexão" na véspera, quietinho e caladinho, por força da anacrónica lei, que restringe direitos políticos e comprime a liberdade de expressão. Como se houvesse cidadãos de primeira e de segunda. Uma aberração a que urge pôr fim. Quando haverá coragem de acabar com esta treta?

 

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Pensamento da semana

Pedro Correia, 26.05.24

Bronnie Wares, uma prestadora de cuidados paliativos do Reino Unido, escreve sobre os mais comuns arrependimentos que as pessoas expressam no leito da morte. Estes são: 1) não terem tido a coragem de viver uma vida fiel a si próprios; 2) terem passado demasiado tempo a trabalhar; 3) não terem tido a coragem de expressar os seus sentimentos; 4) não terem conseguido preservar as suas amizades; 5) não se terem permitido serem mais felizes. ("Top five regrets of the Dying"). É uma lição contra o materialismo e consumismo que caracterizam o paradigma da vida moderna.

 

Este pensamento, que nos trouxe a leitora Susana V, acompanhou o DELITO durante toda a semana