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"Vão surgir muitos problemas no Mundo e vão surgir muitos problemas em Portugal, e é bom que, de vez em quando, nos possamos encontrar, possamos ver o que é que se passa e possamos encontrar um caminho para o futuro, o que nem sempre vai ser fácil. Pelo contrário, vai ser sempre muito complicado, com várias opiniões se encontrando, porque estamos, em todo o Mundo e aqui, naquilo que se chama um período de transição.
Agostinho da Silva (1906-1994)
(“25 de Abril e o futuro”, Assembleia da República, 25-04-1989)
[(c) Binary Code Pixels, Allan Swart, 2016]
Um período de transição. Para quê? Para onde?
Nem tempo, nem capacidade de inteligir basta(ria)m para o entender, diria o professor. Então como agora, só a genuína curiosidade em saber (a coexistência entre sonho e objectividade) garante abertura ao que se poderá seguir. Ao futuro.
Penso muitas vezes na importância que dava, no que ia partilhando, à combinação entre impulso de descoberta e prudência, entre entusiamo e observação cautelosa, calculada. Pergunto-me se ainda guardamos, como povo, o reflexo de hesitação/interrogação ante o que nos é apresentado como novo. Talvez não, não sei, pelo menos olhando para o modo ligeiro como subestimamos o senso dos que agora são tidos por não-instruídos, mas que permanecem atentos a pormenores que escapam aos oficialmente escolarizados.
Que país está pronto para o futuro?
Este pensamento acompanhou o DELITO DE OPINIÃO durante toda a semana