Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Delito de Opinião

Eça no panteão?

jpt, 27.09.23

pn.jpg

(Fotografia de Miguel Valle de Figueiredo)

Eça de Queirós é a referência na prosa portuguesa. Isto nem é eco de proclamações da elite literária ou da literata. É o sentimento da população, por difuso que seja, por gente que o lê e relê apaixonadamente ou apenas o sofreu no final do ensino secundário. E, também, por aqueles tantos que a esse final não acederam, e que nunca o terão lido. E por mais respeitáveis e apaixonáveis que sejam outras figuras - passadas ou presentes - das letras portuguesas, consoante os gostos e a formação de cada um (os ícones Camões e Pessoa, que serão menos lidos do que amados, Camilo para os irredutíveis, o Nobel ideológico Saramago e o não-Nobel menos ideológico Lobo Antunes, para os mais "presentistas", Rodrigues dos Santos, para os mais populares, Fernão Mendes Pinto para um qualquer antropólogo que sonhe recriar-se como arisco, ou um pequeno punhado de outros). Ou seja, "Eça" encima o Panteão Nacional. Essa entidade metafísica, criação perene e algo estanque ainda que porosa, crida e querida pelos cidadãos crentes. Nem deveria haver mais discussão sobre o assunto. 

Outra coisa é este processo político de transportar "Eça" para o panteão nacional, edifício sito no centro da capital, ao qual acorrem turistas nacionais e internacionais - principalmente para prestarem homenagem aos féretros da Diva Amália Rodrigues e do Rei Eusébio da Silva Ferreira, sendo que há algumas décadas me constou ainda haver movimentações das ditas "viúvas de Sidónio", mas isso não posso afiançar. A instituição (museológica, se se quiser) "panteão nacional" é interessante em si mesma - nunca li algo sobre a sua génese, apenas a presumo refracção de similar projecto brotado após a Revolução Francesa, uma deriva da laicidade republicana nacionalista, até deísta, querendo elevar a o ideário dos "cidadãos". E talvez por esses fundamentos terá sido esse nosso "panteão" terreno exponenciado desde a I República. É por isso interessante em si mesmo, deverá ser preservado - e nisso animado - como peça em si mesmo, demonstração de uma mundividência nacionalista tipica de uma (longa) era. 

Mas continuar a enviar para lá ossadas (ou símbolos) de cidadãos "que da lei da morte se libertaram"? Não sendo grave é uma desnecessidade. Até apoucando o espaço. De facto, aquilo já é um "bric-a-brac" de vultos, escolhidos por critérios não só de época (contextuais) mas até nisso muito discutíveis. Por exemplo, porquê o ilustre Teófilo Braga mas não o ilustre Leite de Vasconcelos? Ou, sendo ainda mais comparativo, em termos de escolhas no tempo longo, porquê o geniquento Sidónio Pais, verdadeiro antecessor da "Ordem Nova" internacional, e não o geniquento Joaquim Agostinho, verdadeiro ícone do "a salto" que vigorou no século XX português?

Ou  seja, em última análise, para quê levar as ossadas de Eça de Queiroz para aquele (já) verdadeiro "albergue espanhol" de restos mortais e placas evocatórias? É uma paupérrima homenagem. E tão desnecessária - até porque, de facto, Eça, ainda que muito menos antissistema ou revolucionário do que tantos o pintam, se fartou de apoucar políticos e politiqueiros, esses que se acotovelam tanto no "panteão", os já defuntos, como nas homenagens que lá se vão fazendo, os próximos defuntos. Enfim, cerimonial pechisbeque que esta fotografia do fotógrafo e meu amigo Miguel Valle de Figueiredo muito melhor explica do que tudo aquilo que eu possa perorar.

Mas há uma última nota: Eça de Queiroz morreu há 123 anos. As instituições democráticas decidiram homenageá-lo desta pobre forma. E o processo está parado devido à oposição de alguns dos seus trinetos, que terão as suas respeitáveis razões. Mas ocorre-me isto, apesar de não ser eu um estatista. Que direitos particulares, peculiares, especiais, sobre o legado simbólicos de alguém, têm os seus longínquos descendentes 123 anos após a sua morte? Seja para apoiarem ou desapoiarem uma acção?

Depois de arrumada a cozinha do Panteão

Inês Pedrosa, 20.11.17

Não alinho em morais públicas que não sirvam toda a gente de igual forma; acresce que, certamente para minorar outros défices, tenho uma memória maior do que a de uma dúzia de robots Sofia, até porque pude desenvolvê-la, já que, por sorte, não nasci na Arábia Saudita. Assim, estranhei os brados e a indignação geral (a que prestamente se juntou o senhor primeiro-Ministro) quanto ao fruste jantar no Panteão Nacional, porque ainda me recordava bem de ter visto em vários canais televisivos hordas de crianças aos pulos, à meia-noite, no referido Panteão, então transformado em laboratório de feitiçarias, por mor do lançamento de um qualquer volume da saga Harry Potter, nos idos de 2002. Soube, depois, que naquele sítio se realizaram entretanto diversos repastos, um dos quais com o patrocínio da Câmara Municipal de Lisboa e da EGEAC, empresa municipal de cultura, num período em que o agora indignado primeiro-Ministro presidia aos destinos municipais e em que a EGEAC era presidida pelo actual secretário de Estado da Cultura. 

Em muitos países europeus (não sei mesmo se em todos), o aluguer de monumentos para banquetes, festas de empresas, filmagens, casamentos ou baptizados, é prática comum e devidamente regulamentada. Evidentemente que as regulamentações deixam sempre espaço à interpretação individual e à decisão dos responsáveis pelos edifícios patrimoniais. Por exemplo: o convento de Cristo, em Tomar, tem uma tabela de preços para filmagens (e a fita mediática que se fez, há meses, por causa dos danos, afinal inexistentes, que ali teria causado um filme de Terry Gilliam, foi também épica). Mas parece-me óbvio que a proposta de realização de um filme pornográfico naquele cenário seja rejeitada. Ou de um manifesto partidário. No Panteão, o problema prender-se-ia, segundo os indignados, com o facto de se tratar de um monumento funerário: jantar junto dos Grandes Mortos, ao que parece, é ofendê-los. Sucede que nos Jerónimos também estão sepultadas Grandes Figuras. E, a bem dizer, em toda a cidade, por toda a parte, caminhamos sobre túmulos - de mortos tão antigos e anónimos que, felizmente, já não contam para a Honra Nacional, senão morríamos todos à fome. 

Há quem condene, pura e simplesmente, toda e qualquer rentabilização do património. Pergunto: então, como fazemos? Aumentamos os impostos? Onde é que se vai buscar o dinheiro? A cultura portuguesa é muito resistente ao mecenato - precisamente porque temos uma cultura empresarial muito pouco culta, o que aliás se reflecte desde logo na baixa produtividade do país. Deveria, em meu entender, criar-se um sistema de apoio ao mecenato cultural que realmente funcionasse, isto é, que incentivasse as empresas a investir no apoio às artes e na preservação do património de uma forma eficaz e, sobretudo, desburocratizada. Porém, para animar os responsáveis de museus e monumentos a procurar mecenas, seria necessário que os patrocínios granjeados fossem aplicados no equipamento cultural que trabalhou para os alcançar. Não é isso o que acontece: os apoios são canalizados para a Direcção Geral do Património Cultural, que depois os reparte, segundo os seus critérios. Enquanto não houver reconhecimento pelo trabalho e pelo mérito individuais não haverá estímulo nem responsabilização dos dirigentes. Temos uma Função Pública recheada de chefes que não mandam nada - e, se forem espertos, procurarão mesmo nunca decidir coisíssima nenhuma, porque quem nada faz nunca tem problemas e, de diuturnidade em diuturnidade, chega à reforma remediada e tranquilamente. É nisto que ainda estamos.

O que me ficou do jantar no Panteão

João Pedro Pimenta, 16.11.17

É claro que fazer jantares no Panteão é patético e de gosto duvidoso. É evidente que fait divers destes dão cada vez mais azo a oportunismos polí­ticos, sejam do Governo ou da oposição (a última pérola neste sentido é de Gabriela Canavilhas, uma das mais notórias yes women do PS). E é cristalino que é deste tipo de coisas que se alimentam as sempre insaciáveis redes sociais, sendo que esta polémica partiu precisamente de um blogue - o de Seixas da Costa.

 

Mas duas coisas me ficaram: uma delas é, como escreveu o Rodrigo Adão da Fonseca, que os nossos governantes e os nossos organismos públicos reagem crescentemente sob a pressão das tais "redes sociais" e respectivos estados de humor, sobretudo quando estão "indignadas", o que nos leva a uma caótica e degenerada noção de "democracia directa"; a outra é que se os tais web summiters, ou lá como lhes chamam, não perceberam minimamente onde estavam, é porque a sua visão somente apontada à tecnologia, a um certo tipo de empreendedorismo, e ao culto da "informalidade" faz tábua rasa de qualquer conceito de sacralidade e de respeito pelo passado e pela memória. Ou seja, um caldo de economicismo e de modernidade a todo o custo baseados na tecnologia, que recorda os "progressistas" do século XIX, que não hesitavam em derrubar os traços medievais existentes, como castelos, palácios ou igrejas (e o nosso país bem sofreu com isso), para construir as suas particulares visões de futuro e de "civilização". Bem vistas as coisas, não admira que as suas reuniões se tenham vindo a fazer em Portugal.

 

Resultado de imagem para panteão web summit

Sophia

Sérgio de Almeida Correia, 03.07.14

"Da política nem falo. Ou melhor falo. É uma política dominada pela exterioridade, pela vaidade e pela leviandade machista. (...) Graças a Deus sou mulher e por isso não sinto necessidade de triunfo de carreira. Aliás penso que um artista não deve ser governo, mas sim influenciar os governantes." Março, 1978, in Sophia de Mello Breyner & Jorge de Sena, Correspondência 1959-1978

 

Os mesmos que a colocaram no Panteão são os mesmíssimos que recebem e acolhem Obiang em Lisboa e que o acolherão em Díli, de braços abertos, no dia 23 de Julho. Não sei que escreveria ela a contar ao seu amigo Jorge de Sena se soubesse disto e depois ouvisse Cavaco Silva dizer o que disse, logo ele que confundindo a função com os gostos pessoais recusou estar no funeral do único Nobel da literatura português, coisa por que ela tanto lutou. Relendo o que Sophia escreveu é caso para dizer que a hipocrisia e a desfaçatez não conhecem limites em Portugal. E fazem escola.

Um Panteão só para estrangeiros

Rui Rocha, 13.01.14

Sejamos francos. Nós, os portugueses, não gostamos da generalidade dos portugueses. Isso deve-se, se não estou enganado, a duas circunstâncias fundamentais. Somos portugueses há muito tempo e o país é pequeno. Ah e tal temos oito séculos de história ou lá o que é. Pois temos. É por isso que estamos fartinhos uns dos outros. Ao longo dos últimos séculos, a maior parte dos outros povos foram variando. Invasões, domínios, alianças, secessões, federações, independências, fronteiras partilhadas com vários países. Nós não. Temos fronteira terrestre com um único país e fomos invadidos e dominados poucas vezes. E por períodos curtos de tempo. Para além disso, para dizer tudo, tivemos o azar de sermos invadidos por espanhóis e franceses o que é, convenhamos, do piorzinho que nos podia ter calhado. De tal forma que, mal por mal, e apesar de não gostarmos de portugueses, acabámos por preferir ficar sozinhos. Por outro lado, estamos demasiado juntos. Num país normal, uma distância de trezentos quilómetros é poucochinha coisa. Em Portugal, quem fizer essa distância atravessa o país de norte a sul. Ou vice-versa. E se não travar a tempo ainda bate com os queixos no Algarve ou em Valença. É assim dessa longevidade histórica e da excessiva proximidade geográfica que decorre o nosso estado actual de saturação. Que não, agitam-se alguns sectores da plateia, que estou a tirar conclusões sem qualquer fundamentação. Pois testemos a tese. Gostamos ou não dos portugueses que estão no estrangeiro? Gostamos, claro. São portugueses, é certo. E isso, aos nossos olhos, prejudica-os à partida. Mas, como estão longe, não se verifica a segunda condição necessária para não gostarmos deles: a proximidade territorial. Outra situação evidente é a dos turistas estrangeiros. Caramba, como gostamos deles. Fazemos um esforço danado para falar a língua deles e tudo. Estão próximos? Estão. Mas, como não são portugueses, gostamos mesmo deles e, no fundo, até queríamos que ficassem mais tempo desde que não se tornassem portugueses. Ora, vem isto a propósito da momentosa discussão que envolve o Panteão. A pergunta, creio, não deve ser se Eusébio deve ir para o Panteão. A questão fundamental é se devemos ter um Panteão. Nos actuais termos, parece-me que não. E justifico. Face ao nosso pouco apreço pelos portugueses que vivem em Portugal, só há duas soluções que assegurariam um fluxo relativamente pacífico e com volume aceitável de inquilinos para o Panteão: manter o Panteão no sítio onde está e reservar o direito de acesso apenas  a nacionais de outros países (altos e loiros de preferência) ou, se insistirmos que só portugueses devem ir para o Panteão, promover a deslocalização do edifício e do conceito para outro país, reservando nesse caso o acesso a portugueses na diáspora. É claro que também nos poderíamos deixar de histórias e, simplesmente, acabar com o Panteão.

Eusébio (da Silva Ferreira)

João André, 12.01.14

Apenas uma semana mais tarde começo a compreender que este é um mundo onde Eusébio já não vive de corpo presente. Até agora era uma realidade estranha, como se fosse uma piada nem de bom nem de mau gosto, uma espécie de notícia falsa, à qual se reage com um comentário simples de «isso não é possível pá, Eusébio não morre, é uma impossibilidade». E não falo da imortalidade que lhe estará reservada, falo da imortalidade daquelas personagens de ficção, como na banda desenhada em que Bruce Wayne terá sempre os seus 30 anos de idade e não envelhece de 1950 a 2010. Eusébio não pode morrer porque Eusébio nunca existiu.

 

Eu vi de perto o Eusébio da Silva Ferreira uma única vez, em Leiria, quando uma equipa de reservas do Benfica foi jogar com uma selecção distrital (que era o União de Leiria com mais um ou dois jogadores extra para compor o quadro). Aproximei-me, pedi-lhe um autógrafo, deu-mo e continuou a conversar com outras pessoas. Ainda o terei algures lá em casa, mas nem sei onde. Para mim foram mais preciosos o do Chalana (na altura regressado ao Benfica) e o do Hernâni. Eusébio da Silva Ferreira, o homem que me deu o autógrafo, não era Eusébio, o tipo que deu 4 aos norte-coreanos.

 

É por isso que a história do Panteão não me aquece nem me arrefece. Muito sinceramente, é uma discussão, neste momento, insensível. Eusébio antes de ser o Pantera Negra ou o King era Eusébio da Silva Ferreira, filho, pai, marido, avô, amigo. As pessoas que choram a morte de Eusébio da Silva Ferreira fazem-no independentemente do desaparecimento de Eusébio. Essas pessoas têm o direito de sepultar quem amam onde querem e sem intereferência de um povo que lhes quer retirar esse direito. Eusébio da Silva Ferreira deveria ficar sepultado onde está, no cemitério do Lumiar, o qual é público e onde qualquer pessoa pode entrar. O túmulo de Eusébio, o jogador e símbolo público, deve estar onde sempre esteve: na forma da estátua em frente do Estádio da Luz. Seria justo a Federação Portuguesa de Futebol pensar numa qualquer homenagem para o mundial e organizar algo com a federação moçambicana. Mais que isso não vale a pena.

 

Eusébio foi um futebolista e um embaixador do futebol do Benfica e de Portugal. Nessa qualidade, tem muitas homenagens. Eusébio da Silva Ferreira foi apenas um homem. O Panteão não é para ele.

Ainda a loucura panteanista que assolou o país (se Assunção Esteves inventa palavras também posso fazer o mesmo)

Ana Vidal, 11.01.14

Que Sophia merece o Panteão, acho que nem se discute. Pergunto-me é quais serão afinal os critérios de selecção, e sobretudo fico aparvalhada com esta forma de dar notícias... como se ela estivesse em competição com o Eusébio para ver quem chega lá primeiro. Este país ensandeceu de vez??

 

(Para já não falar no crescente analfabetismo dos jornalistas. Quando a TSF escreve, assume e assina por baixo a palavra "transladada", acho que está tudo dito.)

 

Actualização: afinal as palavras "trasladação" e "transladação" são sinónimos, ambas estão correctas. Agradeço aos comentadores que fizeram a correcção. Sempre a aprender.

Fez-se luz

Sérgio de Almeida Correia, 10.01.14

"E há mais. Há que Eusébio era um génio da sua profissão e de repente (tirando Garrett e Amália) o rodeiam de uma série de mediocridades, que nunca se distinguiram por terem ajudado a humanidade ou os portugueses. Sim, senhor, Eusébio merece um Panteão. Mas não aquele. Um Panteão no estádio do Benfica, ou perto dali, que as pessoas pudessem visitar sem medo de se irritar ou contaminar. Quanto ao Panteão Nacional, do que ele precisa com urgência é de um “saneamento” sucessivo, que o aproxime um pouco da realidade."- Vasco Pulido Valente, Público, 10/01/2014

 

A propósito deste post da Helena Sacadura Cabral e do que sobre o mesmo comentei, confesso que não obstante o que outros já decidiram, começo cada vez mais a inclinar-me para esta solução que Vasco Pulido Valente propõe. Talvez que a família de Eusébio e o Benfica também tenham algo a dizer.

O Panteão nacional

Helena Sacadura Cabral, 08.01.14
Já nem sei que diga do despropósito das intervenções de grandes figuras com responsabilidades políticas. Agora, a segunda figura da Nação volta a embrulhar o seu discurso, ao pronunciar-se sobre a ida de Eusébio para o Panteão nacional. Ora para um correcto esclarecimento do assunto, deverá ter-se em conta que:
1. As chamadas honras de Panteão encontram-se hoje reguladas pela Lei nº. 28/2000, de 29 de Novembro, aprovada na sequência do falecimento de Amália Rodrigues. Esta legislação é bem mais clara do que aquela que até então se aplicava, datada de 1836 e de 1916.
2. Actualmente as referidas honras são da competência exclusiva da Assembleia da República que as aprova sob a forma de resolução, nunca antes de um ano após a morte do cidadão a distinguir.
Assim, tendo Eusébio ficado sepultado numa campa, deverão  decorrer os prazos legais para que o corpo possa ser exumado em condições de ser trasladado. Julga-se que serão, pelo menos, cinco anos.
3. Admitir reunir grupos parlamentares ou falar de custos cujos montantes poderiam justificar o recurso a eventuais patrocínios que reduzissem o impacto que tal honra implicaria no orçamento da Assembleia, não abona muito a favor de quem tem responsabilidades políticas ou de relevância pública.
4. Em clima de grande tensão emocional e envolvendo matérias delicadas, o caminho mais aconselhável é sempre o da contenção verbal.