Ainda há boas notícias
Ainda poderemos ter muitos anos pela frente até que se obtenham resultados com alguma expressão, mas o simples facto de haver uma possibilidade de não apenas se atrasar ou paralisar os efeitos da doença de Alzheimer, fazendo reverter os pacientes a uma fase anterior ao início dos efeitos do processo degenerativo da doença, podem vir a mudar a vida de milhões, dando-nos, mais do que a ilusão, a esperança de que os avanços da Ciência estão efectivamente ao serviço da humanidade e daquilo que esta tem de melhor.
A Professora Nancy Ip, responsável pelo departamento de investigação de neurociência molecular da Universidade de Hong Kong apresentou os resultados de uma investigação de três anos que são no mínimo surpreendentes. Em resumo, e de acordo com a notícia do South China Morning Post, o resultado a que se chegou consistiu em restaurar a memória das cobaias afectadas através da injecção de uma proteína. Se bem percebi, a IL-33 restaurou a memória para um nível normal.
Num universo que já é actualmente de mais de quarenta milhões de doentes, que se projecta vir a atingir em 2025 mais de 131 milhões, os resultados revelados podem mesmo vir a ser mais do que uma janela de esperança. Dez anos é muito tempo, dirão alguns, mas ainda que esses dez se viessem a transformar em 15 ou 20 sempre teria valido a pena. E nada nos garante que a esperança trazida por Nancy Ip não venha, no final, a concretizar-se em menos de dez anos. Por agora, Nancy Ip será só Nancy Hope. Esperemos que em breve seja para muitos milhões e respectivas famílias Nancy Life. Nem tudo é assim tão mau neste mundo.