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Delito de Opinião

O iluminismo agora

Paulo Sousa, 26.12.20

O populismo faz parte da actualidade e parece que está para durar. Este movimento político baseia-se num pessimismo sobre o sentido em que o mundo caminha, num cinismo para com a modernidade e na incapacidade de conceber um propósito superior. A razão, a ciência, o humanismo e o progresso, os ideais do iluminismo parecem estar fora de moda. Outras facetas da natureza humana como a lealdade para com a tribo, a deferência para com a autoridade, o pensamento mágico e a culpabilização de malfeitores pelo infortúnio, parecem hoje ser muito mais apelativas. Parece que os países estão a ser arrastados por forças malignas para um paraíso distópico em que a única salvação passará pela resistência inspirada por um líder forte que impulsione o país para trás, para o levar de regresso a um chão conhecido. A modernidade parece ter falhado e a vida encontra-se numa crise profunda. Sem o progresso que temos vivido, os problemas seriam bem mais simples de resolver. O Ocidente está tímido em relação aos seus valores e não tem confiança no liberalismo que o trouxe até aqui.

Mas se observarmos os dados do que somos, e do que fomos, talvez possamos avaliar todo este fenómeno de outra forma.

Este é um pequeno resumo do início do livro “O iluminismo agora” de Steven Pinker que recebi ontem de prenda de Natal.

Os dados comparativos entre a actualidade e o passado não muito recuado são imensos e arrasadores para quem insista em ser pessimista.

Imagino que da leitura deste livro possam surgir alguns textos que aqui tentarei publicar.

A título de exemplo deixo uma representação da evolução da percentagem da população mundial que viva no que descrevemos como sendo pobreza extrema.

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Optimismo vs Pessimismo

Jorge Assunção, 12.08.09

 

Estas duas revistas são edições do mês de Junho de 2005. O pessimismo da The Economist por contraste com o optimismo da Time. Hoje, sabemos quem tinha razão. Empresários e políticos, na altura, optaram pelo optimismo da Time. Em 2009, segundo o querido líder, os portugueses serão confrontados com a terrível escolha entre o optimismo de uns e o pessimismo de outros. Esperemos que saibam escolher o lado certo. É que o optimismo dominante, não poucas vezes, confunde realismo com pessimismo. E, dada a prevalência da cultura do Estado-empresário, o optimismo tende a prescrever doses exageradas na receita para os problemas do país.