Os últimos dias tem sido férteis na revelação de casos e casinhos que mais me parecem um destrunfar, como se de poupanças se tratassem, de coisas guardadas na gaveta para usar um dia contra alguém a quem se pretenda atacar.
Soubemos que Luís Montenegro, e um seu muito próximo colaborador, estarão envolvido em benefícios poucos claros e que, mesmo vindo a revelar-se no futuro legalmente estéreis, merecem uma avaliação política.
Numa democracia evoluída, estes dois casos seriam suficientes para o afastamento destas duas personagens.
E é aí que que me leva o raciocínio que motivou este postal.
Estes casos mostram o quão tóxico se tornou o PS no nosso regime. É tanto o nepotismo, o abuso, o favorecimento, a endogamia e a prevaricação do partido que governou sozinho o país em 22 dos últimos 28 anos, que estes dois casos acabam por parecer coisas banais e sem importância.
No dia que assinei o meu primeiro contrato de trabalho, num gabinete da Direcção dos Recursos Humanos do Banco Nacional Ultramarino na Av. 5 de Outubro, tinha por companhia dois jovens igualmente iniciados.
Não os tinha conhecido nos chamados testes psicotécnicos, nem nas simulações de venda a que tinha sido sujeito, mas na primeira oportunidade sorrimos uns para os outros. Íamos todos para o mesmo e se os novos ciclos se iniciam em breves momentos, aquele era um desses breves momentos. Algo de novo e de positivo se iria iniciar. Lembro-me da roupa que levava, e do que fiz depois de ter saído daquele edifício em jeito de guitarra. Lembro-me também que quando alguém entrou na sala com os contratos, nos ter explicado que apesar de termos sido admitidos para a mesma função, eles tinham entrado em vagas para filhos de funcionários, e eu não. Tinham-me feito passar por aqueles quase jogos-sem-fronteiras, de discussões simuladas, de páginas e páginas de cruzinhas e ainda de uma bateria de perguntas feitas por uma psicóloga de decote arreganhado, tudo isso, enquanto aqueles sujeitos tinham avançado num curro especial. Estava sorridente e senti que a maior parte do meu sorriso era interior.
Importa dizer que naquele tempo um balcão de um banco como o BNU podia ter doze, treze ou mais funcionários, as máquinas de escrever eram omnipresentes e, no nosso caso, existiam três terminais informáticos. Estes equipamentos não tinham disco rígido e por isso precisavam de duas drives para floppy disc, uma para um disco de arranque e outra de trabalho. Um dos terminais nunca se podia desligar, pois estava sempre ligado ao mostruário da taxas de câmbio visíveis no exterior. O telex tinha sido retirado há pouco tempo e era o fax que encantava os proto-gigs da tecnologia.
A banca privada estava em franca expansão e todos os anos apresentava lucros obscenos, ao ponto do então embrionário BE (talvez ainda fosse apenas o PSR) espumar de cada vez que os resultados eram divulgados. Mais recentemente continuam a espumar mas sempre que se comentam os seus prejuízos. Lembrando as muito conhecidas experiências de Pavlov, acho que essa malta espuma sempre que ouve falar na banca em geral.
Poucos dias depois de assinar o referido contrato, comecei a trabalhar num balcão lisboeta da referida instituição. Na primeira pausa de almoço do primeiro dia de trabalho, tive a companhia de três colegas. Tínhamos todos mais ou menos a mesma idade e éramos os mais novos do balcão. A meio da refeição, e depois de entender que apontar defeitos ao nosso empregador era um tema querido a todos, contei que quando tinha assinado o contrato estavam lá mais dois maçaricos como eu, que tinham, imaginem só, entrado no banco em vagas para filhos de funcionários. Normalmente ao contar isto arrancava uma gargalhada na mesa, mas desta vez apenas deixei uma colega com as sobrancelhas muito levantadas e com um ar divertido, enquanto que os restantes dois comensais baixaram os olhos e transferiram o empenho da conversa para a limpeza do prato.
No regresso ao trabalho, depois de uma cotovelada acompanhada por uma gargalhada sussurrada, fiquei a saber que metade dos elementos que tinham almoçado naquela mesa tinham sido contratados no contingente dos infantes fidalgos.
O detalhe de existirem no banco vagas para filhos de funcionários andou comigo no bolso durante algum tempo. Sempre que havia oportunidade ou necessidade disso, libertava aquela história e a risada era garantida.
Estávamos no início dos anos 90. O crescimento económico parecia algo natural e isso levar-nos-ia a uma vida bem melhor do que aquela em que tínhamos crescido. Tropeçar em práticas assumidamente nepotistas daquele nível era comparável a encontrar uma pintura rupestre no vale do Côa e também um indicador de quão serôdias eram as práticas de gestão do Banco Nacional Ultramarino, banco que já lá está.
Eu olho para tudo isto e acho que estamos cada vez mais na mesma. Fico sem vontade, nem energia, para ir à procura de dados rigorosos que permitam a comparação dos rendimentos médios dos funcionários públicos e dos privados em funções comparáveis. Nem procuro saber quanto foi ou será investido neste espaço, nem em comparar esse valor com o das bolsas de acção escolar atribuídas em diferentes regiões do país. Nem quero lembrar o exemplo dado ao país pelos seus deputados no que respeita ao rigor da morada declarada. Nem que daquele tempo, foi-se o crescimento económico, mas o nepotismo ficou. E que as risadas causadas pela história dos infantes fidalgos de então, foram agora substituídas por um simples encolher de ombros. E tudo isto com o rótulo de Modernização.
O secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros do atual Governo português, André Moz Caldas, revelou numa entrevista que é o primeiro membro do Governo "casado com uma pessoa do mesmo sexo” na história da República Portuguesa.
Sabe-se que o cientista e ministro Augusto Santos Silva considera um extremo "parolismo" aludir ao viçoso feixe de relações familiares dos dirigentes do PS aboletado na administração pública. Mas fica-se "parolo" quando se vai conhecendo o rosário de despautérios dessa elite partidária. O que se passa é nitidamente a consagração do ideário "O Estado somos nós", corrupta corruptela de bem antigas (e absolutistas) concepções do exercício político.
A descrição do Expresso da última sessão pública da Câmara de Lisboa mostra o putrefacto a que isto chegou, até pelo lado risível da questão: Fernando Medina, que tão falado foi há anos como mais-que-provável sucessor de Costa na liderança do seu partido, a propor um protocolo (financiador) da CML com uma Associação dos Amigos dos Cemitérios de Lisboa, esta animada em desenvolver actividades culturais em torno dos cemitérios - no que será, de facto, uma sub-contratação para o desempenho de actividades culturais, contornando os serviços camarários especializados nessa área (nos quais existe, pelo menos, uma empresa municipal, a EGEAC). E a qual já recebeu financiamento (parcos 10 000 euros, que dará para pouca coisa, como é óbvio), ainda sem protocolo que se veja.
E isto tudo se passa a um mês das eleições, e quando fervilha na opinião pública e na imprensa a questão dos parentes socialistas nos postos estatais. A um mês das eleições! Esta gente, a elite PS, está sem qualquer tino. Em verdadeira roda livre.
E nós, que em breve habitaremos os cemitérios deles, somos "parolos".
Adenda: encontro o filme da sessão. Veja-se a cara de Medina, notoriamente atrapalhado, depois de ter tentado adiar a questão, diante do eleito do PSD - que pergunta, letal, ao BE se se revê neste lóbi familiar - enquanto este desvenda o rol de socialistas metidos nesta marosca:
Isto de Donald Trump ter oferecido à sua filha a presidência do Banco Mundial dirá muito sobre como estão os EUA e o mundo em geral. Mas diz também sobre o estado do jardim à beira plantado e dos seus habitantes. Dei uma volta pelas "redes sociais", secções portuguesas. Nas quais, desde há anos, Trump é visceralmente criticado. E não serei eu quem virá contestar a pertinência de muitas dessas críticas. Mas agora? Encontro, naquilo que vejo, na "rede" egocentrada que me é disponível, um silêncio total. As vozes e teclas mais anti-trumpianas, sempre tão activas na crítica ao presidente americano, distraíram-se e não estão frenéticos nas "partilhas" e "denúncias" desta escandalosa deriva nepotista. Decerto que não por estarem ocupados nas bichas das bombas de gasolina: poderiam ter usado os telemóveis durante as esperas para "denunciar", com redobrado ímpeto, este episódio.
Mas agora não. Convém nem referir o assunto, já basta de falar de redes familiares nos cargos de nomeação política. Mesmo que tão mais importante seja a possibilidade da nomeação da filha de Trump para o Banco Mundial do que mais um primo de Carlos César ser colocado num qualquer posto, ou a rábula do secretário de estado invertido ninfomaníaco que queria o capitão garanhão como motorista. Mas nem essa diferença de escala lhes diminui o silêncio. Não querem parecer "parolos" aos olhos de Augusto Santos Silva, como tal preferem calar-se, preocupar-se com outras coisas. Ou, por outra, antes parecer Trump do que parolo, dirão, fiéis ao perversor ministro.
Uma entrevista de Augusto Santos Silva, mNE (basta googlar que se encontrará uma versão resumida, com cerca de 10 minutos). Não particularmente interessante, não tanto pelo ministro mas devido ao tom afável e até algo subserviente da entrevistadora - há ali uma nuvem de comunhão de casta, tonitruante no final na partilha de "grande amigo", que abre auto-estrada para que Santos Silva saia incólume e até com louros da entrevista, de facto conversa.
Mas, e para além de algumas afirmações interessantes sobre política externa, ainda que não inovadoras, infelizmente não esmiuçadas, o cabeçalho terá que ser as declarações sobre política interna - já agora, nem uma palavra sobre as eleições europeias e sobre "que Europa?", para além de plácidas considerações sobre defesa comum, mostram o tom demasiado "charmoso" da entrevista. E sobre esta Augusto Santos Silva, reclamando alguma rusticidade lexical que faz ancorar no seu portismo, diz serem "parolos" os que se preocupam com as redes familiares no poder político.
Somos então parolos, prisioneiros do parolismo, quando resmungamos com a política de pleno emprego político na família do presidente do PS, o infausto César. Somos parolos - eu, com toda a certeza - quando nos iramos com o secretário de estado da defesa do consumidor que quer o amante capitão à mão de semear, desgraduado em motorista. Somos parolos quando notamos que no PS, confrontado com tanta festividade empregadeira, a sua secretária-geral adjunta, Ana Catarina Mendes, considera que o seu partido de ninguém recebe lições de ética (conviria lembrar, para o caso de alguém se ter esquecido, que o anterior governo do PS, no qual estavam inúmeros ministros actuais, foi chefiado pelo antigo 44 da penitenciária de Évora, durante anos sufragado por mais de 95 por cento dos congressistas socialistas, entre os quais Costa, Santos Silva e, claro, Ana Catarina Mendes). Assim apresentando diferente doutrina da defendida pelo actual mNE que já declarou que "não faz julgamentos éticos", isto a propósito da trafulhice infecta que foi o anterior governo PS.
Somos parolos ainda quando nos interrogamos sobre isto do PS nem mesmo depois da trapalhada com Sócrates ter o mínimo de cuidado nestes arranjos familiares - uma ligação cronológica, produtora de "sensações", nada colocada na entrevista, ainda que a entrevistadora até tenha aludido a hipotéticas "sensações" do eleitorado. Somos completamente prisioneiros do parolismo, dirá o douto Silva.
E, mais ainda, somos parolos, do parolismo, quando lemos o letal texto de João Pedro George (1, 2) - que terá continuação na próxima edição da revista Sábado - sobre como funcionam as relações familiares no poder político e na administração pública, como promovem a redistribuição de recursos por uma pequena clique. Eles, os socialistas, os Santos Silvas e Megas Ferreiras (bombardeado sem dó nem piedade no texto de George) são os "cosmopolitas", para usar o termo que ASS usa na entrevista como auto-definitório, de si e do seu partido. Nós somos os "morcões", parolistas.
Ah, quem me dera poder escrever palavrões no blog (e no facebook).
Adenda: um comentador residente no DO comentou o postal com ligação a um pequeno filme, declarações de Sousa Santos evidentemente a propósito do caso Sócrates - indivíduo do qual ele foi ministro, e com o qual anteriormente foi ministro.
O interessante é que nesta longa e plácida entrevista concedida ao "Observador", apresenta-se como um cientista social, que é, e reclama essa condição para o seu exercício da política, fundamentando-se em "estudos, sondagens", sendo de tal forma veemente que a entrevistadora se aprestou a apresentar-se como algo diferente, como "intuitiva". Mas para defender Sócrates - em 2015, ainda antes do afastamento da Procuradora-Geral, e bem antes daquele fim-de-semana de 18, no qual o presidente César, a criatura então ainda não-secretário de estado Galamba e a jornalista Câncio, confluiram numa espécie de grito de Ipiranga, querendo apartar o PS do seu sempre aclamadíssimo ex-secretário-geral -, para defender Sócrates, dizia eu, já Santos Silva vituperava a justiça portuguesa, negando as más-práticas tão duradouras do seu antigo chefe, para isso fundando-se num tão intuitivo e nada científico "é o que eu sinto". Como se que a fugir-lhe o pé para a chinela, um deslize parolo, por assim dizer.
Um bocadinho menos de reverência da entrevistadora não lhe teria ficado nada mal ...
A ética é um conceito assim tão difícil de definir? Será que o que é considerado como “comportamento ético” difere assim tanto de uma pessoa para outra? Ou, quando falamos de uma situação, falamos apenas de algo que, no limite, nem seria falado devido à sua imaterialidade na ocorrência mas que, quando falamos em cinco, dez ou quinze situações, já estamos a falar de um caso, de algo relevante e importante que merece ser investigado?
Não nomear uma filha de um ministro para um cargo ministerial, apesar da sua (alegada) elevada competência, por ser filha desse mesmo ministro, não me parece um comportamento muito ético. A pergunta é: esta situação isolada faz um caso?Para mim, a resposta é simples: não, não faz. Mas esta situação teria sido abordada, caso não existissem todas as outras ligações que se descobriram? Maridos, mulheres, filhos, filhas, primos e primas e voltamos a focar-nos no mesmo: um caso é diferente de cinco casos? E quando falamos de cinco casos, falamos de algo diferente de quinze casos? E serão todos reflexo de uma enorme falta de ética, com muita falta de bom senso à mistura, ou só alguns?
A questão é: a pequena alteração da lei que o Presidente da República propõe resolve o problema? De repente, olhamos para um lado e o que vemos são regras e leis e mais regras e mais leis, sinais de proibido e sinais de obrigatório e, do nada, vivemos num mundo de orientações concretas, de linhas bem definidas, onde tudo está perfeitamente delineado.
Mas, depois, olhamos para o outro lado, e verificamos todas as outras nomeações que não obedeceram propriamente a graus de parentesco mas antes a níveis de amizade íntimos, e verificamos que, no final do dia, do que falamos é de um grave problema de falta de ética e de uma enorme ausência de bom senso e que se começarmos a legislar e a legislar algo que deveria estar bem definido na cabeça de quem decide, não vamos resolver o problema na sua origem; vamos antes criar graves entraves ao avanço da democracia, podendo criar, inclusive, algumas injustiças, proibindo, por exemplo, que pessoas com (alegada) elevada competência não ocupem cargos para os quais se fartaram de trabalhar para merecer.
Lisboa tem excepção que permite mais 96 assessores e ‘plafond’ de 20 milhões.
O Regime Jurídico das Autarquias Locais (RJAL) permite aos grandes municípios (com mais de 100 mil habitantes) terem 22 membros nos gabinetes dos vereadores e do presidente da câmara. Dada a sua dimensão, Lisboa é objecto de uma excepção que é aprovada, mandato após mandato, pelo executivo municipal. De acordo com a proposta de Fernando Medina aprovada em reunião de câmara no início deste mandato — apenas com a abstenção dos dois vereadores do PCP — os vereadores, os respectivos grupos políticos e o presidente podem contratar 96 pessoas para os gabinetes: 71 assessores e 25 funcionários de apoio administrativo. A estes 96 juntam-se os 22 já garantidos. Contas finais: 118 assessores/adjuntos.
Um dado já estabelecido, mas que a notícia confirma - ide lê-la, ide -, é o cuidado tocante, nesta época de insensibilidade e egoísmo, que os socialistas revelam no apoio à famiglia. Perdão, à família.
- Ouve esta, ó Mário, tu ouve-me só esta. - Conta, Tó, conta! - Vou à Ana Paula Vitorino e digo: já viste que o José Eduardo dos Santos tinha a família toda metida em altos cargos? - Ahahahah! - Depois vou ao marido da Ana Paula Vitorino... ai como é que se chama o gajo? - O Eduardo Cabrita? - Isso. O Cabrita. Vou ao Cabrita e digo: já viste esta coisa da família do Eduardo dos Santos? - Ahahahah! - Depois vou ao Vieira da Silva e digo: já viste esta história da família do Eduardo dos Santos? - Ahahahah! - Depois vou à filha do Vieira da Silva... ai como é que se chama a filha do Vieira da Silva? - A Mariana, a Secretária de Estado? - Isso. A Mariana. Vou à Mariana e digo: já viste aquilo da família do Eduardo dos Santos? - Ahahahah! - Depois vou à Sónia Fertuzinhos e digo: o Eduardo dos Santos e a família... - Ahahahah! - Depois vou à Ana Catarina Mendes e digo: já viste isto da família do Eduardo dos Santos? - Ahahahah! - Depois vou ao irmão da Ana Catarina Mendes... - O que é Secretário de Estado? - Esse! E digo: e esta coisa da família do Eduardo dos Santos, hã? - Ahahahah! - Depois vou ao Zorrinho... - E quê, Tó, e quê? - E digo: e aquilo da família do Eduardo dos Santos? - Ahahahah! - Depois, ligo à Rosa Matos Zorrinho a desejar-lhe boa sorte nas funções de Secretária de Estado e digo: e aquela coisa da família do Eduardo dos Santos? - Ahahahah! Que sacana. E depois, Tó, e depois? - Depois fui ao Carlos César. - Ahahahah!
Um dos riscos de situações como a que está a acontecer em Angola é provocar fenómenos de imitação. A certa altura, Vieira da Silva pode cair na tentação de tentar substituir todos os parentes de Carlos César que trabalham na Administração Pública por familiares seus.
- Ouve esta, ó Mário, tu ouve-me só esta. Vou à Ana Paula Vitorino e digo: já viste aquela história do Fillon? - Ahahahah! - Depois vou ao marido da Ana Paula Vitorino... ai como é que se chama o gajo? - O Eduardo Cabrita? - Isso. O Cabrita. Vou ao Cabrita e digo: já viste aquela história do Fillon? - Ahahahah! - Depois vou ao Vieira da Silva e digo: já viste aquela história do Fillon? - Ahahahah! - Depois vou à filha do Vieira da Silva... ai como é que se chama a filha do Vieira da Silva? - A Mariana? - Isso. A Mariana. Vou à Mariana e digo: já viste aquela história do Fillon? - Ahahahah! Que sacana. E depois? - Depois fui ao Carlos César. - Ahahahah!
"300 candidaturas, 100 entrevistas, 14 nomeações. Todas PSD e CDS. We all stand together." - Pedro Santos Guerreiro, comentando a notícia de hoje no Jornal de Negócios sobre as nomeações para a Segurança Social.
Estou certo de que deve haver uma explicação, à direita, para esta pouca vergonha a nove meses das eleições legislativas.
Se isto for verdade, ainda que eu perceba a justificação e reconheça que foi ele quem limitou as contratações de familiares, isso só quer dizer que esta coisa está toda gatada de alto a baixo. E nunca há-de ter emenda.
O Jorge de Sena vai ter de se exilar e morrer mais vinte vezes antes de ser reabilitado. Porque difícil não é ser reabilitado, difícil é um gajo continuar a sentir-se português sem conseguir deixar de ser português.