Outra "conquista" de Putin
Ao fim de 15 meses, além de ter empurrado a Suécia e a Finlândia de uma neutralidade histórica para a adesão à NATO, Vladimir Putin transformou a Ucrânia num dos exércitos mais bem equipados de todo o continente europeu. A "conquista relâmpago" que previa como triunfal, semelhante à da anexação da Áustria por Adolf Hitler em 1938, só existiu na imaginação delirante do tirano russo.
Neste momento, drones de fabrico ucraniano já são capazes de atingir Moscovo - algo inimaginável em 24 de Fevereiro de 2022, quando o déspota do Kremlin deu ordem à sua infantaria e à sua artilharia para invadirem o país vizinho e ocuparem Kiev. E a próxima cimeira da NATO, na Lituânia, promete ser um dos momentos mais aglutinadores da Aliança Atlântica desde que foi fundada, em 1949. Não podia estar mais distante da organização em «morte cerebral» a que aludia Emmanuel Macron em 2019, investido em péssimo discípulo póstumo do general De Gaulle.
Que um «gangue viciado em drogas» seja capaz desta proeza, para usar o peculiar léxico do carniceiro russo em relação ao Estado soberano cuja soberania violentou, em flagrante atentado às mais elementares regras do direito internacional, só demonstra como Putin não se limita a ser um dos mais execráveis déspotas do nosso tempo.
É também de uma incompetência sem limites. Difícil haver pior.