Livros de Roald Dahl sofrem alterações para remover linguagem "ofensiva" (...)
Augustus Gloop, por exemplo, o rapaz gordinho de "Charlie e a Fábrica Chocolate", com uma camisola às riscas vermelhas e brancas, viciado em chocolate, agora será “enorme” ao invés de “gordo” (...)
Segundo o Daily Telegraph, a editora Puffin contratou leitores "sensíveis" para reescrever fragmentos dos textos, garantindo assim que "eles possam continuar a ser apreciados atualmente por todos". (...)
As alterações foram feitas, sobretudo, ao nível das descrições sobre a aparência física dos personagens, onde se encontram palavras como "gordo" e "feio".
Em “The Witches”, de acordo com o The Guardian, no parágrafo em que as bruxas são carecas sob as perucas, é acrescentada uma frase que Dahl nunca escreveu: "Existem muitas outras razões pelas quais as mulheres podem usar perucas e certamente não há nada de errado com isso". (...)
Nas publicações, as palavras “preto” e “branco” também não são usadas, e "louco" ou "insano" também já não é utilizado “em defesa da saúde mental”.
A editora Puffin e a Roald Dahl Story Company fizeram as mudanças juntamente com o "Inclusive Minds", um grupo que o seu porta-voz descreve como "um coletivo de pessoas apaixonadas por inclusão e acessibilidade na literatura infantil".
(no Jornal I)
(...) References to “female” characters have disappeared. Miss Trunchbull in Matilda, once a “most formidable female”, is now a “most formidable woman”.
Gender-neutral terms have been added in places – where Charlie and the Chocolate Factory’s Oompa Loompas were “small men”, they are now “small people”. The Cloud-Men in James and the Giant Peach have become Cloud-People. (...)
Alexandra Strick, a co-founder of Inclusive Minds, said they “aim to ensure authentic representation, by working closely with the book world and with those who have lived experience of any facet of diversity”. (...)
(no The Guardian)