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Delito de Opinião

Março, o mês de Martius ou Marte

Maria Dulce Fernandes, 01.03.24

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"Antes de o antigo calendário romano ser actualizado para incluir os meses de inverno de Janeiro e Fevereiro, o ano começava em Março. Nomeado em homenagem a Marte, o deus romano da guerra, Março era a época do ano na Roma antiga em que as campanhas militares podiam recomeçar à medida que os dias inclementes do inverno passavam.

É tudo uma questão de clima. A frase “entradas de leão e saídas de cordeiro” é frequentemente usada para se referir a este mês. A neve e o frio arrepiante no início de Março muitas vezes dão lugar a temperaturas mais altas que permitem que os primeiros botões de flor do ano apareçam assim que Abril chega. No entanto, há momentos em que o clima dos finais de Março faz duvidar que dias mais quentes estão para chegar. Segundo o folclore, os “dias emprestados” ocorrem quando chove durante os últimos três dias do mês, porque Março pediu emprestado as chuvas de Abril, mês chuvoso por tradição. Em comparação, os primeiros três dias do mês são referidos como “dias cegos”, período durante o qual os agricultores devem evitar semear as suas terras. As chuvas durante os "dias cegos" são consideradas  presságio de uma colheita fraca no final do ano.

O mês esteve ligado à renovação das campanhas militares após o inverno e aos preparativos para novas expedições militares. Além disso, Março foi sempre um período de abundantes festivais e folias dedicadas à guerra e ao poder militar. É também um mês de transição, pois o clima começa a aquecer e as plantas e os animais despertam do sono invernoso."

É importante acordar e nada melhor do que acordar a tempo e horas e Março é um excelente mês para o despertar dos sentidos e fazer mexer os sentados.

(Imagem Google)

Março de 2017: os meus votos

Pedro Correia, 03.04.17

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Figura nacional do mês

Após longa expectativa, e na sequência de várias recusas entretanto noticiadas (Santana Lopes, Morais Sarmento, José Eduardo Martins, Carlos Barbosa, José Eduardo Moniz, Teresa Morais, Sofia Galvão), o PSD escolheu enfim a vice-presidente social-democrata Teresa Leal Coelho para candidata autárquica em Lisboa. Em 2013, esta deputada já figurara como n.º 2 da lista liderada por Fernando Seara, que obteve o pior resultado de sempre do partido na capital.

 

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Figura internacional do mês

O primeiro-ministro Mark Rutte, um conservador moderado, no poder desde 2010, venceu as legislativas de 15 de Março na Holanda, travando o passo à direita radical, encabeçada por Geert Wilders. Mesmo tendo perdido oito lugares no Parlamento, o Partido Popular de Rutte manteve-se como força mais votada, com 21,3% (mais 8,2% que o partido de Wilders). Foi uma derrota das teses xenófobas que provocaram muito ruído mediático durante a campanha.

 

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Facto nacional do mês

Há muito adiada, a venda do Novo Banco foi enfim anunciada pelo Governo no último dia de Março. Um negócio difícil de justificar numa instituição que tinha um valor contabilístico superior a 5 mil milhões de euros em 2014. O fundo norte-americano Lone Star promete injectar mil milhões, assumindo 75% do capital do banco. Os restantes 25% ficam na posse do Fundo de Resolução, sem intervenção na gestão directa mas pronto a assumir eventuais perdas do NB.

 

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Facto internacional do mês

A 22 de Março, o terror chegou ao centro de Londres: um carro descontrolado conduzido por um "lobo solitário" com ligações ao Daesh espalhou o pânico junto ao Parlamento britânico, na ponte de Westminster. Um acto suicida que levou à suspensão dos trabalhos parlamentares e à evacuação da primeira-ministra. Na rua, um rasto sangrento: quatro mortos (além do autor dos atropelamentos) e 40 feridos, de várias nacionalidades, incluindo um português.

 

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 Frase nacional do mês 

«Bardamerda para todos aqueles que não são do Sporting!» Passavam das duas da madrugada de 5 de Março. Bruno de Carvalho acabara de ser eleito, com 86%  dos votos, na mais concorrida eleição de sempre em Alvalade. Terá sido pelo adiantado da hora, pelo cansaço, pela chuva que caía em força? O facto é que saiu-lhe esta frase no improvisado discurso de vitória. Inspirada num célebre desabafo do seu tio-avô, o antigo primeiro-ministro Pinheiro de Azevedo.

 

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Frase internacional do mês 

«Não se pode gastar dinheiro em mulheres e álcool e depois pedir ajuda.» O presidente do Eurogrupo, o socialista holandês Jeroen Dijsselbloem, deixou muita gente estupefacta com esta frase, que suscitou reacções indignadas sobretudo no sul da Europa. O Governo português reagiu com  dureza e no Parlamento Europeu não faltaram vozes a exigir a demissão imediata de Dijsselbloem, um dos principais artífices da austeridade financeira na União Europeia.

Março de 2015: os meus votos

Pedro Correia, 07.04.15

Figuras nacionais do mês

Henrique Neto, primeira candidato assumido às presidenciais de 2016

Miguel Albuquerque, vencedor da eleição regional na Madeira após 37 anos de jardinismo

 

Figura internacional do mês

Nicolas Sarkozy com vitória clara nas eleições regionais em França: «A alternativa está em marcha, ninguém vai detê-la», proclama

 

Facto nacional do mês

Acórdãos do Supremo Tribunal de Justiça e do  Tribunal da Relação de Lisboa validam tese do Ministério Público, prolongando e fundamentando prisão preventiva de José Sócrates

 

Facto internacional do mês

Um avião da companhia aérea Germanwings despenha-se contra uma montanha nos Alpes com 144 passageiros e seis tripulantes. Não houve sobreviventes. O acidente foi provocado pelo próprio co-piloto da aeronave.

 

Frase nacional do mês

«Temos cofres cheios.» (Ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque)

 

Frase internacional do mês

«A Grécia não pode sair do euro. Se saíssemos, a seguir sucederia o mesmo a Espanha e à Itália. E a dado momento também à Alemanha.» (Panos Kamenos, líder do partido da direita radical Gregos Independentes e ministro da Defesa no governo de coligação liderado pelo Syriza)

As canções de Março

Pedro Correia, 28.02.15

As sugestões têm sido tão variadas e tão boas que decidi prolongar um pouco mais esta série, que devia terminar a meio do ano mas vai prolongar-se até ao final de 2015. Decisão que acabei de tomar agora.

Em Março teremos por cá Ella Fitzgerald, Billie Holiday e Ketty Lester, entre as senhoras, e Elvis Presley, Carlos Gardel e Buddy Holly, entre os cavalheiros. Enquanto continuo a aceitar as vossas sugestões musicais, naturalmente. Porque estas Canções do Século XX não são minhas. São nossas.