Lápis L-Azuli
Hoje lemos: Alexandre Dumas, " O Conde de Monte Cristo".
Passagem a L-Azular: "Em política, meu caro, sabe tão bem quanto eu, não existem homens, mas ideias; não existem sentimentos, mas interesses; em política, ninguém mata um homem: suprime-se um obstáculo. Ponto final.”
Creio que Vladimir, o Terrível, tenha lido este livro, que fala de amor, traição, injustiça, conhecimento, paixão, mas sobretudo de vingança.
Fala também de redenção, mas acredito que se tratou apenas de um impulso de Dumas para ser politicamente correcto.
A vingança é um banquete que se serve frio, mas também se serve quente, a escaldar, a estourar, a pulverizar... mas de preferência de forma indelével, sorrateiramente, sicário silencioso que actua pela calada e estás morto e não sabes. Muito pior do que no Sexto Sentido, em que o espectador começa a desconfiar, assim a meio, que o médico com aquele penteadinho só pode ser o morto.
Deve ser horrível estar vivo e descobrir que não, que afinal já se está morto e não se sabia. Muitos cérebros que marionetam carcaças fétidas andam por aí, mortos de pensamentos, palavras e obras, e nunca deram por isso. Conheço alguns bem posicionados na vida.
(Imagem Google)