Vai-te embora Paz que me lembras a Morte
Quanto te vejo assim até me dás medo. Não bule uma palha, está tudo sereno. Nem uma onda, nem uma aragem. Não há receio que te belisque, contratempo que te catrapisque. Vá, sacode essa tentação diabólica. Deixa-te descer ao reboliço da mente, às agruras do ego, à causa alheia. Inverte o sentido, dá-te à condição dos homens. Continua aqui, pelo mistério da vida. Mais uma ladeira, mais uma descida. Já sei que te pões assim, por mor do sossego. Mas agora não podes. É cedo. Há-de vir o dia. Anda, separa-te lá, antes que alguém veja e olhe para nós com olhos de inveja.