Lápis L-Azuli Edição Comemorativa
Uma ideia para comemorar tão significativa data na vida de todos nós, seria passar umas horas a ler publicações não espúrias sobre os últimos 50 anos da História de Portugal. Sobre a liberdade. Sobre a democracia. E reflectir.
Mas posso apostar que os acérrimos censores ocupacionais irão livre e democraticamente até outras paragens aproveitar a ponte, ainda que "opcional", que a liberdade lhes conquistou.
A L-Azular em 50 anos, temos cerca de 40 e muitos deles, uns melhores, outros, assim assim, iguais nas diferenças mas sem concretas benfeitorias de conteúdo.
Podemos fazer uma retrospectiva e sopesar conscientemente os prós, os contras, as dúvidas e encerrar preconceitos e teimosias numa caixa de platina iridiada, tirar as lentes coloridas que nos distorcem a visão e pensar em Portugal. No país, no povo e no futuro.
Seria bom fazê-lo. Portugal não somos apenas eu e tu.
Os pescadores desportivos de conflitos, que vociferam fel diariamente em todos os canais de comunicação, blogues inclusive, poderiam, por exemplo ajudar o SNS a ter menos congestão e a evitar as necessárias e recorrentes angioplastias, tão essenciais ao seu bom, melhor, ou somente e apenas funcionamento? Viver em liberdade é saber aceitar e debater sugestões construtivas e não apenas destruir o que é praticamente inexistente e se encontra preso por um fio.
Faz 50 anos que ganhámos a liberdade. De há 50 anos para cá, temos vindo a deturpar mais e mais o seu significado, em nome de estapafurdices cada vez mais evidentes e incongruentes.
Há viver em liberdade e morrer por ela.
Morrer não é apenas perder a vida. É ver-se apagado de tudo o que se foi e em que se acreditava e pelo qual se lutou. É ver-se abandonado pela liberdade que se ajudou a parir.
Podemos, quem sabe, voltar a ser (mesmo) livres e grandes e a erradicar a tristeza dos olhos da liberdade. Se existe algo que nunca devemos esquecer é que
Fomos Heróis
P.S. Fomos Heróis sim! Sem superpoderes, fatos especiais, golpes de cintura ou inteligência artificial. Fomos Heróis apenas com uma camisa aberta no peito e a inabalável vontade de ser livre.