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Delito de Opinião

Parabéns, Helena

Pedro Correia, 07.12.24

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Chamamos-lhe muitas vezes "a nossa Helena". Por ser figura de referência, uma espécie de âncora para gente bem diversa - de diferentes proveniências e de todas as gerações. Um elo de ligação.

Como lhe digo sempre que a encontro, ela é uma força da natureza. Dá-nos lições de vida com o seu contagiante optimismo temperado de uma sabedoria serena. Perto dela, ninguém se sente deprimido. 

A Helena Aires Trindade Sacadura Cabral, "a nossa Helena", completa noventa primaveras entre hoje e amanhã: a celebração prolonga-se pelos dois dias, como habitualmente. Até nisto se nota o seu carácter, típico de quem nasce sob o signo de Sagitário: são pessoas divertidas, curiosas, sociáveis e dinâmicas, apreciam o convívio, adoram viajar, prestam culto à liberdade. 

Características que surgem certamente nas linhas e nas entrelinhas do seu novo livro, Olhos nos Olhos, com chancela Clube do Autor: acaba de me chegar às mãos, vou lê-lo com a mesma atenção que dediquei aos anteriores.

Com um respeitoso, caloroso e grato beijo de parabéns.

Saúde, Helena. Continua a dar-nos lições de vida. Precisamos de ti.

Mater

Laura Ramos, 01.05.12

 
Onde conseguimos arrumar a dor - apenas arrumar - e depois seguir adiante?

Acredito que é uma tarefa que só depende da inteligência.

Não direi que desprezo os piegas.

Mas digo que admiro a força racional dessa inteireza que nos leva a administrar a perda com a audacidade desconfortável da lucidez intacta. E o conforto humano das lágrimas privadas.

Sabemos que nunca mais nada voltará a crescer no lado que nos comeram. Mas fazemo-nos de novo à vida sem desculpas.

Talvez as mulheres aprendam este verbo por herança ancestral.

 

Esta é a minha pequena homenagem à Helena: sem disfarçar a satisfação que sinto quando as pessoas não me desiludem.

É tão raro. E tem um nome: exemplo.

Cravo

Patrícia Reis, 25.04.12

Hoje é o dia da Liberdade. Dos cravos e das canções do Zeca Afonso e da voz de Paulo de Carvalho. Hoje é o dia que não pode  ser esquecido porque, afinal, vivemos há menos tempo em democracia do que vivemos sem ela.

Liberdade tem vários sinónimos, um deles é reciprocidade, paridade, o ser para os outros na mesma medida em que são para nós. Não há gavetas e caixinhas. Liberdade são pessoas, rostos de todos os feitios e formatos, que podem conversar e sorrir.

Este dia é, todos os anos, um dia feliz. Hoje será um pouco menos porque uma mãe perdeu um filho e esse filho amava, tanto quanto a mãe, a liberdade ganha. Não está cá para a celebrar. Assim, quando for à feira do livro, logo à tarde (se São Pedro ajudar) levarei um cravo pela Helena, pelo Miguel e por todos os que não o podem trazer ao peito. Em sinal de que a memória não se apaga nunca.