O Fim do Mundo
2012 foi o ano de todos os perigos. Governava o “diabo” que comia criancinhas ao pequeno almoço e roubava a pensão aos velhinhos reformados e os subsídios ao povo, povo esse que, com os pés aquecidos nas suas pantufas, gritava e barafustava do seu sofá, aguardando ansiosamente que tudo regressasse ao normal, àquela normalidade desonesta, mas reconfortantemente pútrida, que fora herdada do governo do filósofo, de quem se dizia ser também engenheiro nas horas vagas.
2012 foi também o ano do Fim do Mundo, segundo milhares de profecias coincidentes, desencantadas numa tumba etrusca ou nos pergaminhos do Mar Morto, e fielmente comprovada pelo fim do ciclo b’ak’tun da contagem mesoamericana no Calendário Maia de Contagem Longa. Previa-se então que a 21-12-2012 uma grande hecatombe se abatesse sobre a humanidade na entrada do equinócio de Inverno, em forma de terramotos, tsunamis, alterações dos polos magnéticos da Terra ou fusão do seu núcleo, vinda do Anticristo, etc.
Para mim, a teoria apocalíptica mais credível é a do Planeta X ou Nibiru, um planeta situado para lá de Plutão, cuja órbita se esconde pelo sol e que todos já viram a olho nu ou em fotos, porque aquilo que pensam ser apenas efeito do reflexo da luz a que vulgarmente se chama flare da lente, é na realidade o planeta Nibiru. A cada 3600 anos este planeta faz uma “razia” ao sistema solar e estaria previsto chocar com a Terra em 2012, mas faltou um “bocadinho assim”. Isso não impediu que uma considerável força táctica de Anunnaki, a raça predominante e extraordinariamente evoluída que habita em Nibiru, tenha feito uma nova incursão ao nosso planeta e tenha assentado arraiais por cá. Exploradores, implacáveis, esclavagistas, rapaces e adeptos do moto dividir para conquistar, rapidamente se infiltraram em todos os quadrantes da vida humana na terra e, utilizando esquemas e artimanhas, em três anos ajudaram os corruptos a estabelecer uma nova ordem mundial.
E foi assim que a partir de 2015 o mundo mudou para muito pior e foi o começo do fim da macacada…
No nosso país em 2024, teme-se que o Mundo vá acabar para os portugueses a 11 de Março, tal não é o impacto das ameaças constantes e veladas dos futurolólogos sobre a data em causa. Já houve por cá uma intentona nessa data, que deu em nada e como tal a frouxidão das expectativas apenas corrobora a tese da alienação colectiva, mas pronto, é o que é. Haverá por acaso algo mais natural do que um Anunnaki chegar a chefe do governo? O que é que está mal? The Larch, the larch… And now for something completely different, number two, the larch.