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Delito de Opinião

Euro-2021, não Euro-2020

Pedro Correia, 13.06.21

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Até 11 de Julho, irei acompanhar o Europeu de Futebol na medida do possível. Como fiz aqui em 2016. Está documentado.

Euro-2021, para mim. Chamar-lhe Euro-2020 é fake news, como dizia o outro na sua linguagem rudimentar.

Em 2020 estávamos encerrados, devido à pandemia: foi adiado o Europeu, foram adiados os Jogos Olímpicos. Não contem comigo para alimentar aldrabices ou reescrever a história.

Enquanto o Cristiano e o Platini distribuíam opiáceos com fartura...

André Couto, 03.07.12

Olé, España!

Rui Rocha, 01.07.12

A Espanha venceu o Euro 2012 com inteira justiça. Merece o título pelo que jogou nos trinta minutos do prolongamento contra Portugal e pela primeira parte que fez contra a Itália. Hoje, contra os transalpinos, soube gerir o espaço e o passe. E os tempos do jogo. E conseguiu dar-lhe, quando foi preciso, uma terceira dimensão de profundidade. É justo dizer que o sucesso da Espanha em três competições internacionais sucessivas não acontece por acaso. Está, naturalmente, sujeito às contingências da sorte e do azar. Mas, existe um trabalho de formação consistente e contínuo que faz com que a Espanha seja uma fortíssima candidata à vitória em qualquer situação, mesmo ao nível das camadas mais jovens. Para os portugueses, fica a consolação de terem feito um campeonato honesto e de a selecção ter parecido a única realmente capaz de parar a Espanha. O árbitro da final, Pedro Proença, tal como a selecção, falhou nas grandes penalidades. Hoje ficou por marcar uma contra a Itália, o que em nada lhe retira o mérito de ter sido escolhido para apitar as duas grandes finais futebolísticas do ano. Na competição dos comentadores, a vitória foi, por goleada, para Carlos Daniel. Resta agora esperar por 2014. Como diriam os vencedores de hoje, todos queremos más, más y más y mucho más.

O comentário da semana

Pedro Correia, 01.07.12

 

«EU ADORO OS RELATOS TELEVISIVOS DA SELECÇÃO: é o filmar deles no hotel, a vista, a cama que vão ter... é o olhar embevecido, com ternura igual à do Santo Sudário pelos calções e pelas peúgas pousadas nas cadeiras do balneário... é o conjunto... de antigos jogadores, pagos a peso de ouro, como médicos especialistas, à roda do apresentador, todos meios tontos e com discurso simplório dizendo o que "acham"... sem se saber nada de jeito... É a atenção cuidada dos jornalistas, quase a terem um orgasmo, com a saída das estrelas, dizendo se vêm corados, bem dispostos, se dormiram com as perninhas abertas ou fechadas... se algum falta ou se ficou para trás... Depois é a saída do Hotel Vitória (se os outros ficaram aqui , nem que pagássemos o dobro, este sítio tinha de ser nosso!!... ou não fôssemos os campeões nas caganças, mesmo que se perca o jogo... Homessa!!!)... é o rodar soberano e quase protocolar da camioneta ao estilo de carruagem real, devagar, com batedores, homenzinhos de aparelho no ouvido e mais três carrinhas atrás (coitados, os convidados não cabiam todos na camioneta... toca a alugar umas carrinhas de boa marca para levar os convidados, tudo bem pago pelos contribuintes...) enquanto o povinho aplaude e puxa pelos cabelos... outros berram... outros gritam com vivas de apoio... (apoio que se calhar não dão à mulher, sozinha a lavar pratos em casa...)

Pois é! Eu adoro estas reportagens que me lembram Fátima, só que no andor vão mais... E isto são coisas que marcam um homem... e logo vou ver se há reportagem sobre o que comeram depois do jogo e se algum teve diarreia e se isso teve impacto psicológico na equipa... e no treinador! Depois eu faço um post e conto tudo...»

 

Do nosso leitor Pedro Gonçalves. A propósito deste texto do Rui Rocha.

Muito mais do que um desporto

Pedro Correia, 29.06.12

 

Fértil em imagens iconográficas, este Euro 2012 acaba de fornecer-nos mais uma: o abraço emocionado de Mario Balotelli - herói da meia-final de ontem entre a Itália e a Alemanha, que afastou a equipa germânica do embate final contra a Espanha em Kiev - à sua mãe adoptiva. O futebol é muito mais do que um desporto: este abraço, ganhando a força de um símbolo, adquire dimensão universal.

Hallelujah!

Rui Rocha, 28.06.12

De facto, já ninguém suportava os comentadores de futebol, as reportagens dos bastidores de selecção, as conferências de imprensa dignas da descendência, por linha directa, de Monsieur de La Palisse e as notas biográficas sobre a adolescência dos jogadores nascidos na freguesia vilacondense das Caxinas. Menos mal que agora, com a eliminação do Euro 2012, podemos voltar a nossa atenção para notáveis momentos televisivos como as Manhãs da Júlia, o Prós & Contras, os debates entre o Alfredo Barroso e o Ângelo Correia ou as análises políticas do Pacheco Pereira, do António Costa e do painel residente do Eixo do Mal.  

Reflexão do dia

Pedro Correia, 28.06.12

«O futebol não é a coisa mais importante do Mundo. Mas às vezes faz-nos sentir importantes no Mundo. Assim foi ao longo das últimas semanas. Assim foi ontem, mesmo perdendo contra a Espanha. Não apenas porque a equipa perdeu de pé. Mas porque a Selecção pôs de pé o país que anda de rastos. A bandeira esvoaça hoje por nós em cada cidade. Mesmo nas cidades estrangeiras. A Selecção fez um campeonato extraordinário. Do princípio ao fim. Quando teve o melhor Ronaldo e quando não o teve. O seu desempenho foi não só notável como surpreendentemente melhor do que esperava. Antes, muitos, como eu, descreram da equipa, mal embalada por jogos particulares medíocres. Antes, alguns, como Manuel José e Carlos Queiroz, chamaram os jogadores de vedetas coquetes. Pedirão agora desculpa? Não precisam: devem estar suficientemente corados de vergonha.»

Pedro Santos Guerreiro, no Record

Incentivos ao visionamento do Euro 2012, #2

Ana Cláudia Vicente, 26.06.12

 

Podemos não ter ficado tristes com a saída de Inglaterra do Euro 2012, mas Scott Parker, o mais trim and dapper deles todos, deixa saudades. Sniff. Ei-zi-o aqui a dizer farewell - confio que, em estrita observância ao velho Tratado de Windsor (ou, como disse em tempos uma aluna minha, ao «Tratado de Whiskas») - à Selecção Espanhola.

 

Nome: Scott Parker

Selecção: Inglaterra

Clube: Tottenham (alias Tottenham Hotspur Football Club)

Posição: Médio

Em vésperas de duelo ibérico, escolha a Padeira da Bancarrota

Rui Rocha, 26.06.12

Sim. Temos Ronaldo, Nani, Pepe e os outros todos. Incluindo nestes, aqui a pedido expresso de A Bola, o Nélson Oliveira. Todavia, sinto que nos falta qualquer coisa. E não, não me refiro ao Postiga. Não quero com isto diminuir o valor dos bravos rapazes que enfrentarão a armada espanhola, também dita invencível. Recorde-se, a propósito ou não, que disseram exactamente o mesmo da frota organizada por Felipe II  (para nós o primeiro e a contragosto) e da bolha do imobiliário. E foi o que se viu.  Da mesma maneira, longe de mim a intenção de apoucar a mestria táctica de Paulo Bento. A que chamam também rei do losango. Não se trata disso, claro. Mas, em 14 de Agosto de 1385 também tínhamos o Mestre de Avis, D. Nuno Álvares Pereira e uma táctica imbatível. A do quadrado. Sendo que este, se virmos bem, mais não é do que um losango que não pretende fazer-se passar por papagaio de papel. É certo que já então (isto é, em 1385) nuestros hermanos tentaram pôr em prática o famoso tiki-ataka, tendo sido repelidos pela Ala dos Namorados que aplicou no campo de batalha todos os seus vastos conhecimentos em matéria de triqui-triqui. Aqui chegados, dois ou três leitores perguntarão se será então isso que nos falta, referindo-se, claro, à garbosa Ala dos Namorados ou ao próprio triqui-triqui. Digo que não. Não faltam nas filas da selecção rapazes namoradeiros e nas bancadas uma nutrida ala composta pelas suas namoradas. O que nos falta, em verdade vos digo, é uma padeira. Afirmo-o, naturalmente, influenciado pela história. E também pelo facto ter ouvido uma intervenção da Ana Gomes há menos de 10 minutos. Daí o desafio que lanço de elegermos juntos a nova padeira. Não a de Aljubarrota, mas a da Bancarrota. Que ostentará, e a isto chama-se modernidade, uma vuvuzela ali onde a Brites segurava uma pá. Para além da referida Ana Gomes, sugiro ainda a Heloísa Apolónia (caso em que a vuvuzela poderá dispensar-se). Mas, naturalmente, estou muito interessado em registar as vossas escolhas sendo que nada tenho a opor, até porque em matéria de concursos de emprego não podemos discriminar, a que o papel de padeira possa caber a um padeiro.

Incentivos ao visionamento do Euro 2012, #1

Ana Cláudia Vicente, 25.06.12

 

Como em série que ganha pouco se deve mexer, repito aqui o dever cívico de chamar a atenção feminina para os discretos valores que, por estes dias, voltam a dotar a relva de algum esplendor metadesportivo. Comecemos por este meu homónimo, o qual na competição se apresenta (tal como Xabi Alonso, etc, deve ser moda...) barbado e temível qual Hanibal Ad Portas:

Nome: Claudio Marchisio

Selecção: Itália

Clube: Juventus (alias Juventus Football Club)

Posição: Médio [Ofensivo]