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Delito de Opinião

Os 25 mais infectados

Pedro Correia, 02.08.21

Cinco meses depois, trago aqui novamente o quadro detalhado da evolução do novo coronavírus no planeta, com base em mais de duas dezenas de fontes consultadas e confrontadas - desde logo, a Organização Mundial de Saúde. Quando à escala global existem agora mais de 4,2 milhões de mortos e 199 milhões de infectados por Covid-19, oficialmente reconhecidos. 

Um registo que me leva a ordenar os países com registo oficial de infecções da seguinte maneira, excluindo micro-estados e nações com menos de um milhão de habitantes:

 

República Checa: 155.976 casos por milhão de habitantes

Barém: 152.512

Eslovénia: 124.696

Uruguai 109.365

Holanda: 108.747

Suécia: 108.194

Argentina: 108.006

EUA: 107.311

Geórgia: 106.054

Lituânia: 105.558

Estónia: 100.764

Panamá: 99.284

Bélgica: 96.591

PORTUGAL: 95.522

Espanha: 95.074

Israel: 93.885

França: 93.643

Brasil: 92.991

Colômbia: 92.977

Koweit: 91.695

Croácia: 89.203

Reino Unido: 86.137

Hungria: 84.026

Chile: 83.809

Sérvia: 83.021

 

Notas a destacar, em comparação com a estatística anterior:

A pandemia continua centrada na Europa, mas revela alguma tendência para rumar em força ao continente americano. Como se comprova pelo facto de países como Uruguai, Argentina, Colômbia e Chile - que não figuravam no quadro anterior - se encontrarem agora entre os 25 mais infectados por Covid-19 à escala mundial. Impressionante, a escalada do coronavírus no Uruguai, agora o quarto nesta tabela. Embora seja um país que nunca é referido nas notícias que circulam em Portugal.

A República Checa mantém-se no topo, com números preocupantes. Mas a vizinha Eslováquia abandona o quadro dos 25 países com maior registo de infecções. Tal como aconteceu com a Suíça e a Áustria, também no continente europeu. Além de Catar, Líbano e Arménia.

Nos cinco mais figuram este mês o Barém (subida de oitavo para segundo) e a Holanda (era 13.º, encontrando-se agora no quinto posto). Também sobem a Suécia (de nono para sexto), a Estónia (de 16.º para 11.º), França (de 19.º para 17.º) e Brasil (de 25.º para 18.º). A Eslovénia - país que neste semestre assume a presidência do Conselho da UE - sobe do terceiro ao segundo posto.

Os EUA descem cinco lugares, abandonando o pódio. Também a baixar, de forma ainda mais acentuada, está o Reino Unido: em Março era o 15.º país com maior número de infecções por milhão de habitantes, agora é o 22.º.

Tendência de descida igualmente para Portugal: estávamos em Março num nada honroso quinto posto, descemos entretanto para a 14.ª posição. Ainda assim, figuramos em oitavo lugar entre os 27 Estados membros da União Europeia. Tendo a Espanha imediatamente abaixo.

Em termos comparativos, à mesma escala, Portugal regista o dobro dos infectados por Covid-19 existente em países como Grécia, Albânia e Tunísia. Triplicamos os números da Malásia e República Dominicana. Registamos quatro vezes mais casos do que Índia e Islândia. E dez vezes mais infectados do que a Tailândia e Timor-Leste.

 

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Deixo também novamente o registo da relação entre o número de óbitos confirmados e a população de cada país, por milhão de habitantes, destacando os 20 países com mais mortos:

 

Peru: 5867

Hungria: 3117

Bósnia-Herzegovina: 2973

República Checa: 2831

Bulgária: 2643

Brasil: 2598

Colômbia: 2346

Argentina: 2316

Eslováquia: 2296

Bélgica: 2168

Eslovénia: 2130

Itália: 2122

Paraguai: 2073

Croácia: 2026

Polónia: 1991

Reino Unido: 1980

EUA: 1889

México: 1848

Chile: 1841

Roménia:1795

Equador: 1764

Espanha: 1742

Uruguai: 1710

França: 1710

PORTUGAL: 1709

 

Também na relação entre óbitos por Covid-19 e número de habitantes é claro o predomínio do Velho Continente. Entre os 25 países com mais mortos, em termos proporcionais, quinze estão na Europa. A novidade é a ascensão do Peru ao primeiro lugar, ocupado em Março pela República Checa - agora em quarto. Uma subida impressionante: há cinco meses o Peru figurava na 14.ª posição.

Tendência ascendente igualmente para Hungria (estava em quinto, agora em segundo), Bósnia-Herzegovina (de sétimo para terceiro) e sobretudo para o Brasil, que sobe do 19.º ao sexto lugar. 

Inversamente, baixam a Bélgica - que em Fevereiro figurava na primeira posição desta lista nada invejável. Agora desce para o décimo posto. Acompanham-na nesta tendência descendente Itália (de sexto para 12.º), México (de 13.º para 18.º) e França (de 16.º para 24.º). 

Três países justificam menção especial. Desde logo os EUA, que em Fevereiro eram o terceiro país do mundo com mais mortos por milhão de habitantes, em Março desceram para 13.º e agora estão em 18.º Mas também o Reino Unido (baixa de quarto para 16.º nos últimos cinco meses) e Espanha (estava em nono em Fevereiro, desceu para 11.º em Março e surge hoje na 22.ª posição).

Melhor ainda estão países como Suíça, Suécia e Holanda: há meio ano integravam a lista dos 14 com mais óbitos em termos proporcionais e agora não se incluem sequer nos 25 primeiros.

Tendência inversa revelam Colômbia, Argentina, Paraguai, Polónia, Chile, Roménia e Equador, ausentes há cinco meses do grupo com 20 mais óbitos.

Portugal, felizmente, prossegue a rota descendente após um período muito preocupante. Ausentes em Outubro da lista dos primeiros 30, regressámos em Novembro, na 28.ª posição, e em Fevereiro e Março estávamos em oitavo. Agora encerramos o rol dos 25 primeiros.

Nenhum país de África ou Ásia consta deste quadro.

Para inglês ver

Paulo Sousa, 16.04.21

Ontem ouvi um relato de um telefonema feito por um responsável de uma escola pública, dirigido ao encarregado de educação de um aluno com fraco aproveitamento escolar. Ao referido encarregado de educação foi proposto que dada a situação – entenda-se o perfil do aluno – se ele aceitava que o seu educando participasse nos exames nacionais como sendo aluno externo, evitando assim de prejudicar o ranking da escola.

Lamentavelmente o receptor da chamada não respondeu que aceitaria desde que a proposta fosse feita por escrito, e simplesmente declinou a ideia.

Umas horas mais tarde trouxe esse episódio à conversa com uma pessoa amiga reformada do ensino, e a reacção foi quase como de um encolher de ombros. Sim, essas coisas acontecem.

Lembrei-me de imediato da repetida ladainha de alguns professores que explicam os maus comportamentos de alguns alunos com as deficiências educacionais que estes trazem de casa. Será que podemos perguntar qual a referência moral que uma escola dá aos seus alunos, quando faz uma proposta destas?

Tentando ignorar a vertente ética de tudo isto, podemos dizer que o nosso atraso crónico resulta também desta menorização e desprezo da realidade. Prefere-se de longe as aparências e por elas vale sempre a pena maltratar umas estatísticas e arrendondar umas esquinas.

Depois de tentar arredar tudo isto do meu espírito, soube que o nosso PM quer mudar o modelo de contagem de casos COVID, para poupar o turismo no Algarve.

A atitude retratada pela expressão que dá o título a este postal, e que ganhou forma durante o domínio inglês do nosso país, no início do sec. XIX, faz realmente parte da nossa forma de estar na vida.

A leviandade com que enganamos os nossos compatriotas faz parecer que estamos mesmo convictos de que não nos estamos a enganar a nós próprios.

Os 25 mais infectados

Pedro Correia, 11.03.21

Um mês depois, trago aqui novamente o quadro detalhado da evolução do novo coronavírus no planeta, com base em mais de duas dezenas de fontes consultadas e confrontadas - desde logo, a Organização Mundial de Saúde. Quando à escala global existem agora quase 2,6 milhões de mortos e 118,7 milhões de infectados por Covid-19, oficialmente reconhecidos. 

Um registo que me leva a ordenar os países com registo oficial de infecções da seguinte maneira, excluindo micro-estados e nações com menos de um milhão de habitantes:

 

República Checa: 127.367 casos por milhão de habitantes

Eslovénia: 94.931

EUA: 89.854

Israel: 88.229

PORTUGAL: 79.790

Panamá: 79.401

Lituânia: 75.668

Barém: 73.734

Suécia: 69.202

Geórgia: 68.789

Bélgica: 68.356

Espanha: 67.963

Holanda: 66.049

Suíça: 65.289

Reino Unido: 62.158

Estónia: 60.979

Eslováquia: 60.711

Croácia: 60.685

França: 60.624

Catar: 59.962

Líbano: 59.581

Arménia: 59.414

Sérvia: 57.236

Áustria: 53.630

Brasil: 52.462

 

Notas a destacar, em comparação com a estatística anterior:

A pandemia reforça a tendência para se consolidar na Europa: 68% dos 25 países onde se registam mais casos acumulados estão situados neste continente. Nos vinte com maior número de infecções pelo novo coronavírus não constam Estados do Extremo Oriente, de África e da América do Sul. 

Portugal mantém um desonroso quinto posto nesta preocupante estatística. Sendo o terceiro país da União Europeia onde o Covid-19 mais tem progredido, per capita, ao longo deste ano. Pior que nós, só a República Checa, ainda no topo, e a Eslovénia, que em Fevereiro já ocupava o segundo lugar. 

Destaque, também pela negativa, para os EUA, incapazes de abandonar este pódio nada invejável.

As variações entretanto decorridas são mínimas. Merecem registo apenas a progressão da Suécia, que salta quatro lugares, do 13.º para o nono posto. E a regressão de Espanha, que abandona enfim a lista dos dez mais, recuando do nono para o 12.º lugar.

Em Novembro, Portugal era o 25.º país na proporção entre o número de contágios por Covid-19 e o número de habitantes - muito abaixo, portanto, do lugar que agora ocupa. E em Outubro estávamos em 34.º.

O Brasil vem recuando. Em Novembro era o 16.º com mais infecções per capita, em Janeiro havia descido para 21.º e acaba de cair mais quatro lugares, para o fundo deste quadro dos 25 Estados com maior registo acumulado de novos casos. Descida considerável também da Argentina, que era 13.ª em Novembro e hoje se situa num já distante 31.º posto.

Em termos comparativos, à mesma escala, Portugal regista o dobro dos infectados por Covid-19 existente em países como Peru, Costa Rica, Albânia, Dinamarca e Bulgária. Triplicamos os números de Omã, Paraguai e África do Sul. Registamos quatro vezes mais casos do que Grécia, Turquia, Irão e Paraguai. E dez vezes mais infectados do que a Índia.

 

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Deixo também novamente o registo da relação entre o número de óbitos confirmados e a população de cada país, por milhão de habitantes, destacando os 20 países com mais mortos:

 

República Checa: 2110

Bélgica: 1922

Eslovénia: 1880

Reino Unido: 1834

Hungria: 1711

Itália: 1699

Bósnia-Herzegovina: 1648

PORTUGAL: 1633

EUA: 1631

Bulgária: 1591

Espanha: 1539

Eslováquia: 1509

México: 1482

Peru: 1452

Croácia: 1376

França: 1370

Panamá: 1366

Suécia: 1290

Brasil: 1268

Lituânia: 1247

 

Na relação entre os óbitos por Covid-19 e o número de habitantes, torna-se ainda mais claro o predomínio do Velho Continente. Entre os dez países com mais mortos, em termos proporcionais, nove estão na Europa. Um quadro bem diferente em comparação com o de Novembro, quando sete destes dez se situavam no continente americano.

A República Checa ascende em Março ao topo da lista, sucedendo à Bélgica neste cenário macabro: algo inimaginável há uns meses, quando era apontada como uma das nações mais bem sucedidas no combate ao coronavírus. Esta subida dos checos do quarto ao primeiro posto é o facto mais relevante no quadro de óbitos deste mês.

Subida também da Hungria, que em Fevereiro figurava na nona posição e agora se encontra no quinto lugar. Outro antigo exemplo de sucesso que redundou em fracasso.

Algo semelhante pode ser dito de Portugal, ausente em Outubro da lista dos 30 com mais óbitos por milhão de habitantes. Regressámos em Novembro, em 28.º, e agora estamos em oitavo - na mesma posição do mês anterior. Pior ainda do que em Maio, quando ocupámos o 12.ª lugar.

De Fevereiro para Março, fomos ultrapassados pela Hungria mas vimos os EUA baixarem dois lugares, do sétimo para o nono, o que nos leva a manter o oitavo posto.

Subida ligeira do Brasil, que há um mês era o 21.º com mais óbitos na proporção com o número de habitantes e hoje figura em 19.º.

Nenhum país de África ou Ásia consta deste quadro.

Infelizmente as estatísticas demonstram que, em termos proporcionais, temos em Portugal o dobro dos óbitos por Covid-19 ocorridos em países como Malta e Líbano. Quadruplicamos o registo da Dinamarca e da Guatemala. E acumulamos cerca de dez vezes mais vítimas mortais do que a Jamaica e a Arábia Saudita.

Os 20 mais infectados

Pedro Correia, 12.02.21

Três meses depois, trago aqui novamente o quadro detalhado da evolução do novo coronavírus no planeta, com base em mais de duas dezenas de fontes consultadas e confrontadas - desde logo, a Organização Mundial de Saúde. Quando à escala global existem agora quase 2,4 milhões de mortos (cifra que praticamente duplicou neste período) e 108,4 milhões de infectados (mais do dobro em relação ao registo anterior) por Covid-19, oficialmente reconhecidos. 

Um registo que me leva a ordenar os países com registo oficial de infecções da seguinte maneira, excluindo micro-estados e nações com menos de um milhão de habitantes:

 

República Checa: 100.172 casos por milhão de habitantes

Eslovénia: 85.200

EUA: 84.294

Israel: 77.916

PORTUGAL: 76.473

Panamá: 75.768

Lituânia: 70.281

Geórgia: 66.425

Espanha: 65.036

Barém: 65.553

Bélgica: 63.086

Suíça: 62.054

Suécia: 59.634

Holanda: 59.289

Reino Unido: 58.712

Croácia: 57.881

Arménia: 56.909

Catar: 55.524

França: 55.120

Eslováquia: 50.154

 

Notas a destacar, em comparação com a estatística anterior

A pandemia reforça a tendência para se consolidar na Europa: 70% dos países onde se registam mais infecções estão situados neste continente. E é aqui que se verificam também os aumentos mais preocupantes, evidenciados neste intervalo de três meses. Com destaque pela negativa para Portugal, que salta do 25.º posto registado em Novembro para o quinto lugar actual. Quadruplicando os números anteriores.

É uma tendência ocorrida noutros países europeus. A Eslovénia sobe 16 lugares neste quadro: em Novembro figurava em 18.º O salto da Geórgia acompanha o português, ao passar de 28.º para oitavo. E a Lituânia, agora em sétimo, não figurava sequer entre os 30 países com mais infecções há três meses.

À frente de Portugal, além da Eslovénia, estão apenas a República Checa (sobe de quarto para primeiro), os EUA (antes oitavo, agora terceiro) e Israel (dois lugares acima do que estava em Novembro). Mas há subidas igualmente sombrias na Suécia (que estava fora do anterior quadro dos 30 países com mais casos acumulados e figura agora em 13.º lugar), Reino Unido (de 26.º para 15.º), Croácia (de 27.º para 16.º) e Itália (de 29.º para o 22.º posto actual). A Holanda, onde têm ocorrido protestos violentos contra o recolher obrigatório, cresce ligeiramente (de 17.º para 14.º).

Espanha e Suíça mantêm as posições. No continente europeu, só há recuos significativos na Bélgica (anterior terceiro, agora em 11.º lugar) e França (baixa de 11.º para vigésimo).

Fora da Europa, destaque para os recuos no Brasil (de 16.º para o 21.º posto actual) e na Argentina (que desce dez posições, de 13.º para 23.º).

Recordo que Portugal figurava em 34.º lugar no quadro de Outubro, quando éramos o nono país da União Europeia na proporção entre o número de contágios por Covid-19 e o número de habitantes. Em Novembro estávamos em sétimo. Agora subimos a este pódio que ninguém inveja.

Em termos comparativos, à mesma escala, temos em Portugal o dobro dos infectados por Covid-19 existente em países como Roménia, Estónia ou Dinamarca. Triplicamos os números de Chipre e Alemanha. Registamos quatro vezes mais casos do que Bolívia, Paraguai e Tunísia. E dez vezes mais infectados do que a Índia ou a Malásia.

 

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Deixo também aqui novamente o registo da relação entre o número de óbitos confirmados e a população de cada país, por milhão de habitantes:

 

Bélgica: 1855

Eslovénia: 1769

Reino Unido: 1696

República Checa: 1670

Itália: 1535

Bósnia-Herzegovina: 1490

EUA: 1466

PORTUGAL: 1462

Hungria: 1404

Bulgária: 1382

Espanha: 1373

México: 1320

Peru: 1294

Croácia: 1287

Panamá: 1279

França: 1236

Suécia: 1220

Lituânia: 1126

Suíça: 1119

Colômbia: 1113

 

Na relação entre os óbitos por Covid-19 e o número de habitantes, torna-se ainda mais claro o predomínio do Velho Continente. Entre os dez países com mais mortos, em termos proporcionais, nove estão na Europa. Um quadro bem diferente em comparação com o de Novembro, quando sete destes dez se situavam no continente americano.

A Bélgica mantém-se no topo da lista. No segundo posto está agora a Eslovénia, que há três meses figurava num discreto 27.º lugar. Tendência ascendente acompanhada pela República Checa (era 18.ª, agora está em quarto), Itália (sobe de 12.º para quinto) e Bósnia-Herzegovina (de 19.º para sexto).

O mesmo sucede em Portugal, ausente em Outubro da lista dos 30 com mais óbitos por milhão de habitantes. Regressámos em Novembro, no 28.º posto, e agora estamos em oitavo. Um dos aumentos mais significativos - e nada lisonjeiros - não apenas no quadro da União Europeia, onde somos hoje o quinto país mais enlutado, em termos proporcionais, mas à própria escala mundial. Pior ainda do que em Maio, quando ocupámos a 12.ª posição.

Em tendência inversa estão Espanha (terceiro com mais óbitos em Novembro, agora em 11.º) e França (baixa de 13.º para 16.º). O mesmo ocorre em vários países americanos: Brasil (cai de quarto para 21.º), Argentina (outra queda abrupta, de quinto para 22.º), México (antes oitavo, agora 12.º), Peru (era segundo em Novembro) e Colômbia (baixa de 14.º para 20.º). 

Nenhum país de África ou Ásia figura neste quadro.

Infelizmente as estatísticas demonstram que, em termos proporcionais, temos em Portugal o dobro dos óbitos por Covid-19 ocorridos em países como Alemanha, Irlanda, Letónia ou Irão. Quadruplicamos o registo da Estónia ou da Dinamarca. E acumulamos cerca de dez vezes mais vítimas mortais do que Chipre, Uruguai ou Finlândia.

Os 30 mais infectados

Pedro Correia, 13.11.20

Um mês depois, trago aqui novamente o quadro detalhado da evolução do novo coronavírus no planeta, com base em mais de duas dezenas de fontes consultadas e confrontadas - desde logo, a Organização Mundial de Saúde. Quando à escala global existem agora 1,3 milhões de mortos (mais 200 mil) e 53,1 milhões de infectados (mais 13,4 milhões) por Covid-19, oficialmente reconhecidos. Neste período, o número de óbitos aumentou cerca de 18%, enquanto os novos casos entretanto detectados subiram por volta de 35%.

Um registo que me leva a ordenar os países com registo oficial de Covid-19 da seguinte maneira, excluindo micro-estados e nações com menos de um milhão de habitantes:

 

Barém: 48.875 casos por milhão de habitantes

Catar: 48.127 

Bélgica: 44.830

República Checa: 41.682

Arménia: 38.574

Israel: 35.026

Panamá: 33.034

EUA: 32.781

Espanha: 31.754

Koweit: 31.426

França: 29.065

Suíça: 28.855

Argentina: 28.326

Peru: 28.070

Chile: 27.452

Brasil: 27.139

Holanda: 25.101

Eslovénia: 24.468

Costa Rica: 23.662

Omã: 23.178

Colômbia: 22.483

Moldóvia: 21.347

Bósnia-Herzegovina: 20.664

Áustria: 20.126

PORTUGAL: 19.440

Reino Unido: 18.969

Croácia: 18.536

Geórgia: 18.351

Itália: 17.647

Roménia: 17.417

 

Notas a destacar, em comparação com a estatística anterior: a pandemia parece estabilizar na América do Sul, continua em acentuado recuo no Oriente e regressa em força ao continente europeu. As maiores subidas ocorrem precisamente na Europa. Em países como a Bélgica (que sobe 14 lugares neste quadro, entrando para os três mais infectados) e a República Checa (com uma subida de 17 lugares). Aqui o número de novos casos registados quadruplicou em apenas um mês.

Portugal acompanha esta tendência de subida, passando do 34.º posto de Outubro para o actual 25.º lugar. Mais que duplicando as infecções. Somos agora o sétimo país da União Europeia em número de contágios na proporção com os habitantes de cada Estado; há um mês estávamos na nona posição. Passámos a ter Suécia, Irlanda e Reino Unido atrás de nós. E fomos ultrapassados pela Áustria, ausente do anterior rol dos 35 mais.

Em Outubro, nenhum país europeu estava entre os dez mais infectados. Agora há quatro, o que demonstra a progressão do novo coronavírus no Velho Continente. Com aumentos significativos em Espanha (sobe de 13.º para nono, duplicando as infecções), França (estava em vigésimo, agora é 11.º, quase triplicando o número de novos casos) e Suíça (que em Setembro nem constava entre os 35 mais, tal como Itália, Eslovénia ou Croácia).

Significativos os recuos relativos registados em países como Suécia, Rússia, Singapura e África do Sul, agora ausentes desta tabela. 

Em termos comparativos, à mesma escala, temos em Portugal o dobro dos infectados por Covid-19 existente em países como Alemanha, Albânia, Lituânia ou Dinamarca. Triplicamos os números de Marrocos, Canadá, Grécia e México. E registamos quatro vezes mais casos do que Estónia, Letónia, Chipre e Turquia. 

 

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Deixo também aqui novamente o registo da relação entre o número de óbitos confirmados e a população de cada país, por milhão de habitantes:

 

Bélgica: 1197

Peru: 1058

Espanha: 865

Brasil: 771

Argentina: 767

Chile: 767

Bolívia: 752

México: 750

EUA: 749

Reino Unido: 749

Equador: 730

Itália: 721

França: 658

Colômbia: 656

Panamá: 652

Suécia: 605

Arménia: 572

República Checa: 537

Bósnia-Herzegovina: 535

Moldóvia: 489

Holanda: 484

Irão: 475

Roménia: 445

Irlanda: 396

Suíça: 371

África do Sul: 337

Eslovénia: 330

PORTUGAL: 312

Costa Rica: 299

Israel: 294

 

Também aqui se verifica um aumento das cifras europeias. O destaque mais negativo vai para a Bélgica, que desta vez encima a lista, por troca com o Peru. Enquanto a Espanha, que era quinta em Outubro, figura agora nos três países com mais óbitos por milhão de habitantes.

Dois outros países europeus subiram muito: a França, que figurava na 16.ª posição, está em Novembro no posto 13. E a República Checa é agora a 18.ª, quando há um mês nem integrava a lista dos dez mais. Destaque pela negativa também para a Argentina, que sobe dezoito lugares em dois meses: era 23.ª em Setembro e 15.ª em Outubro, agora segue em quinto. Um posto nada invejável.

Em Portugal, no entanto, pouco ou nada se fala da Argentina. Tal como são mínimas as referências à progressão do novo coronavírus na Bélgica, apesar de todos os principais órgãos de informação portugueses terem correspondentes em Bruxelas. Evidente disparidade informativa, em comparação com outros países, muito mais mencionados.

A Itália - que já esteve em primeiro - situa-se hoje na 12.ª posição: há quatro meses surgia em quarto. Destaque positivo também para a Suécia, que entre Julho e Novembro baixou do 5.º para o 16.º lugar.

Canadá, Honduras e Iraque saíram este mês da lista dos 30 com mais mortos por milhão de habitantes. Portugal, inversamente, regressa a ela. Embora estejamos longe do 21.º posto que ocupávamos em Julho. E ainda mais da 12.ª posição registada no início de Maio

Infelizmente as estatísticas demonstram que, em termos proporcionais, temos o dobro dos óbitos por Covid-19 ocorridos na Alemanha. Triplicamos o registo da Grécia. E acumulamos cerca de cinco vezes mais vítimas mortais do que a Estónia, a Letónia ou a Finlândia.

Os 35 mais infectados

Pedro Correia, 12.10.20

Um mês depois, trago aqui novamente o quadro detalhado da evolução do novo coronavírus por todos os países e territórios do planeta, com base em mais de duas dezenas de fontes consultadas e confrontadas - desde logo, a Organização Mundial de Saúde. Quando à escala global existem agora 1,1 milhões de mortos e 37,8 milhões de infectados por Covid-19, oficialmente reconhecidos. Neste período, o número de óbitos aumentou cerca de 20%, enquanto os novos casos entretanto detectados subiram por volta de 30%.

Um registo que me leva a ordenar os países com registo oficial de Covid-19 da seguinte maneira, excluindo micro-estados e nações com menos de um milhão de habitantes:

 

Catar: 45.582 casos por milhão de habitantes

Barém: 44.028

Israel: 31.729

Panamá: 27.763

Koweit: 25.913

Peru: 25.661

Chile: 25.121

EUA: 24.105

Brasil: 23.922

Omã: 20.727

Argentina: 19.735

Arménia: 15.291

Espanha: 19.041

Colômbia: 17.857

Costa Rica: 17.121

Moldóvia: 15.417

Bélgica: 13.987

Bolívia: 11.827

África do Sul: 11.635

França: 11.253

República Checa: 10.930

República Dominicana: 10.891

Emirados Árabes Unidos: 10.705

Holanda: 10.186

Iraque: 9.942

Singapura: 9.872

Suécia: 9.731

Arábia Saudita: 9.703

Bósnia-Herzegovina: 9.358

Rússia: 8.991

Reino Unido: 8.880

Bielorrússia: 8.841

Irlanda: 8.586

PORTUGAL: 8.506

Honduras: 8.452

 

Notas a destacar, em comparação com a estatística anterior: a pandemia mantém-se em ritmo muito elevado no continente americano e no Médio Oriente - com destaque, neste caso, para o alarmante caso de Israel, que num mês duplicou a cifra oficial de contágios, passando a ocupar o terceiro posto deste pódio. Em Setembro era o décimo país com maior número de infecções.

Subidas muito acentuadas também em países europeus. Espanha persiste em liderar as estatísticas negativas no nosso continente, tendo quase duplicado o número de casos detectados durante este período e agora troca de posições com a Colômbia. Más notícias também na Bélgica (ocupava o 25.º posto há um mês, é 17.º agora), em França (estava em 35.º lugar em Setembro e regressa aos vinte mais infectados), Holanda (ausente dos 35 que encimavam a lista anterior e hoje na 23.ª posição) e Reino Unido (sobe de 37.º para 31.º).

Em sentido inverso, a Suécia: baixa do 23.º ao 26.º posto, apesar de continuar a ser o país europeu onde menos se fazem sentir as medidas restritivas ou de confinamento. Um caso que merece ser seguido com atenção.

E Portugal? A boa notícia é que recuamos um lugar, relativamente a Setembro. A má notícia é que continuamos entre os Estados membros da União Europeia com mais contágios registados por cada milhão de habitantes. 

Em termos comparativos, à mesma escala, temos o dobro dos infectados por Covid-19 em países como Eslovénia, Marrocos, Hungria, Sérvia e Turquia. Triplicamos os números da Noruega, Estónia e Tunísia. Registamos cinco vezes mais casos do que na Grécia ou na Finlândia. E oito vezes mais do que no Egipto ou na Austrália.

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Deixo também aqui novamente o registo da relação entre o número de óbitos confirmados e a população de cada país, por milhão de habitantes. Seleccionando desta vez 31 para incluir a estatística portuguesa:

 

Peru: 1006

Bélgica: 878

Bolívia: 709

Brasil: 707

Espanha: 704

Chile: 695

Equador: 688

EUA: 663

México: 648

Reino Unido: 630

Itália: 598

Suécia: 583

Panamá: 575

Colômbia: 545

Argentina: 527

França: 500

Holanda: 384

Irlanda: 369

Moldóvia: 362

Arménia: 346

Irão: 339

África do Sul: 299

Roménia: 285

Bósnia-Herzegovina: 283

Canadá: 254

Honduras: 253

Iraque: 243

Suíça: 241

Israel: 216

Costa Rica: 211

PORTUGAL: 204

 

O destaque continua a ser ocupado, em níveis cada vez mais intensos, por nações do continente americano. Permanecendo o Peru no topo desta lista negra. Subidas acentuadas de países como a Bolívia (há um mês era sexto, agora é terceiro), o Brasil (sobe do oitavo ao quarto lugar), México (em Setembro estava no 12.º posto, entra hoje nos dez mais) e Argentina (com o maior salto proporcional, do 23.º ao 15.º).

Cifras negras também na Europa: a Bélgica mantém-se como segundo país do mundo com mais óbitos por milhão de habitantes e a Espanha figura ainda entre os cinco primeiros (embora desça da terceira posição registada em Setembro). Descida também do Reino Unido (era o quarto com mais mortos, proporcionalmente, agora é o décimo). 

A Itália - que já esteve em primeiro - situa-se hoje na 11.ª posição: há três meses surgia em quarto. Destaque igualmente para a Suécia, que entre Julho e Outubro baixou do 5.º para o 12.º lugar. 

Portugal sai pela primeira vez da lista dos 30 países com mais mortos por milhão de habitantes. Confirma-se assim a tendência para a descida já verificada em Julho, quando estávamos em 21.º. Em cinco meses, caímos 19 lugares: convém recordar que no início de Maio ocupávamos a 12.ª posição. 

Infelizmente ainda figuramos entre os dez países da União Europeia neste quadro nada invejável. Com o dobro dos óbitos por Covid ocorridos na Dinamarca, Hungria e Áustria. Triplicando o registo da Finlândia. E com cerca de cinco vezes mais vítimas mortais do que a Grécia.

Os 35 mais infectados

Pedro Correia, 10.09.20

Dois meses depois, trago aqui novamente o quadro detalhado da evolução do novo coronavírus por todos os países e territórios do planeta, com base em mais de duas dezenas de fontes consultadas e confrontadas - desde logo, a Organização Mundial de Saúde. Quando à escala global existem agora 908.434 mortos e 28.050.208 infectados por Covid-19, oficialmente reconhecidos. Neste período, o número de óbitos quase duplicou, enquanto os novos casos entretanto detectados subiram cerca de 130%.

Um registo que me leva a ordenar assim os países com registo oficial de Covid-19 da seguinte maneira, excluindo micro-estados e nações com menos de um milhão de habitantes:

 

Catar: 43.039 casos por milhão de habitantes

Barém: 33,553

Panamá: 22.886

Chile: 22.302

Koweit: 21.502

Peru: 21.258

EUA: 19.765

Brasil: 19.729

Omã: 17.140

Israel: 15.553

Arménia: 15.291

Colômbia: 13.471

Espanha: 11.621

Argentina: 11.315

África do Sul: 10.806

Bolívia: 10.539

Moldóvia: 10.204

Costa Rica: 10.038

Singapura: 9.767

República Dominicana: 9.287

Arábia Saudita: 9.251

Suécia: 8.493

Bielorrússia: 7.768

Bélgica: 7.732

Emirados Árabes Unidos: 7.665

Rússia: 7.170

Quirguistão: 6.828

Bósnia-Herzegovina: 6.793

Iraque: 6.779

Honduras: 6.603

Equador: 6.339

Irlanda: 6.096

PORTUGAL: 6.039

Casaquistão: 5.663

França: 5.269

 

Notas a destacar, em comparação com a estatística anterior: a pandemia continua em progressão acelerada na zona do Golfo Pérsico e na América Central e do Sul. Em ritmo galopante em países tão diversos como o Panamá (era sétimo em Julho e agora é terceiro), Peru (estava em nono, agora é sexto), Colômbia, Argentina, Bolívia e Costa Rica (que nem figuravam entre os 25 mais infectados). O Brasil sobe de décimo para oitavo.

Pelo contrário, há um claro abrandamento da escalada comparativa de infecções na generalidade dos países europeus. Com destaque para a Suécia (baixa de 13.º para 22.º, Bielorrússia (desce de 14.º para 23.º), Bélgica (era 18.º, agora está em 24.º) e a Irlanda (que passa do vigésimo posto para 32.º). 

Evolução positiva também no Reino Unido (que em Junho era o 15.º país proporcionalmente mais infectado e agora é o 37.º) e em Itália (que baixa de 25.º para 42.º).

Tendência seguida igualmente em Portugal: nestes dois meses, passámos de 23.º para 33.º. Mesmo assim, em termos relativos, somos ainda o quinto país da União Europeia com mais casos de Covid-19 por milhão de habitantes.

Excepção à regra é a nossa vizinha Espanha, que teima em manter-se no pelotão da frente. Pelos piores motivos. Em Julho, estava no 15.º posto desta lista nada invejável e desde então subiu ao 13.º lugar. Neste momento é o único país europeu que figura entre os vinte primeiros.

 

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Deixo também aqui novamente o registo da relação entre o número de óbitos confirmados e a população de cada país, por milhão de habitantes. Seleccionando desta vez 30 para incluir a estatística portuguesa:

Peru: 915

Bélgica: 855

Espanha: 634

Reino Unido: 612

Chile: 611

Bolívia: 611

Equador: 605

Brasil: 604

EUA: 589

Itália: 589

Suécia: 578

México: 535

Panamá: 489

França: 472

Colômbia: 433

Holanda: 364

Irlanda: 360

Arménia: 306

Moldóvia: 272

Irão: 269

África do Sul: 255

Canadá: 242

Argentina: 235

Suíça: 233

Roménia: 209

Bósnia-Herzegovina: 206

Honduras: 206

Iraque: 191

PORTUGAL: 181

República Domicana: 176

 

O destaque pela negativa, desta vez, cabe ao Peru: um salto dramático do 11.º lugar ao primeiro posto nestes dois meses. A mesma tendência ascendente verifica-se noutros países sul-americanos: Chile (de nono para quinto), Equador (de 13.º para sétimo) e Brasil (de 12.º ao oitavo lugar). Além da Bolívia, que em Julho nem figurava entre os vinte com mais óbitos em termos proporcionais. 

Na América do Norte, regista-se um sinal inverso já patente no Canadá (que desce do 15.º ao 22.º posto) e nos EUA (ainda entre os dez mais, mas agora em nono, tendo baixado dois lugares). Só o México contraria esta tendência: subiu do 14.º ao 12.º lugar.

A Itália - que já esteve em primeiro - situa-se hoje na décima posição: há dois meses surgia em quarto. Destaque igualmente para a Suécia, que baixa do 5.º para o 11.º lugar. 

Em rumo inverso, a Espanha troca com o Reino Unido no nada invejável terceiro posto.

 

Ao contrário do que vinha ocorrendo nos meses anteriores, esta lista deixa de ter maioria europeia: neste momento situam-se no Velho Continente apenas quatro das dez nações mais enlutadas, na proporção entre mortos por Covid-19 e a população de cada país. Em Julho, eram oito: Suécia, França, Holanda e Irlanda deixaram de figurar no top ten deste macabro rol dos óbitos mundiais por Covid-19.

Para Portugal, a melhor notícia é a queda para o 29.º posto, confirmando a tendência para a descida já verificada em Julho, quando estávamos em 21.º. Em quatro meses, caímos 17 lugares: convém recordar que no início de Maio ocupávamos a 12.ª posição. A instável Roménia, que na contabilidade anterior tinha cerca de metade do número de óbitos registados em Portugal, está agora à nossa frente.

A má notícia é que ainda figuramos entre os dez mais da União Europeia em número proporcional de mortos. Duplicando os números da Áustria. Apresentando cerca do triplo registado em nações como Polónia, Finlândia e Hungria. E com cerca de seis vezes mais óbitos do que a Grécia, nossa concorrente directa na captação de receitas turísticas internacionais.

Os 25 mais infectados

Pedro Correia, 09.07.20

Um mês depois, trago aqui novamente o quadro detalhado da evolução do novo coronavírus por todos os países e territórios do planeta, com base em mais de duas dezenas de fontes consultadas e confrontadas - desde logo, a Organização Mundial de Saúde. Quando à escala global existem agora 552.438 mortos e 12.187.474 infectados por Covid-19, oficialmente reconhecidos.

Chamo especial atenção para a proporção entre o número de infectados e cada milhão de habitantes dos países que constam deste quadro incompleto (a Coreia do Norte e o Turquemenistão, por exemplo, estão ausentes).

Um registo que me leva a ordenar assim os países com registo oficial de Covid-19 da seguinte maneira, excluindo micro-estados e nações extra-europeias com menos de um milhão de habitantes:

 

Catar: 36.168 casos por milhão de habitantes

Barém: 18.174

Chile: 15.852

Koweit: 12.175

Arménia: 10.240

Omã: 9.829

Panamá: 9.558

EUA: 9.544

Peru: 9.488

Brasil: 8.073

Singapura: 7.763

Luxemburgo: 7.426

Suécia: 7.312

Bielorrússia: 6.797

Espanha: 6.408

Arábia Saudita: 6.322

Islândia: 5.509

Bélgica: 5.367

Emirados Árabes Unidos: 5.362

Irlanda: 5.172

Rússia: 4.847

Moldóvia: 4.579

PORTUGAL: 4.400

Reino Unido: 4.227

Itália: 4.405

 

Notas a destacar, em comparação com a estatística anterior: a pandemia continua em progressão acelerada na zona do Golfo Pérsico (que os telediários portugueses nunca reportam) e na América Central e do Sul. No Brasil, mais do que duplicaram os registos de infecção ao longo deste mês, no Chile duplicaram e no Panamá quase triplicaram. 

Os países europeus deixaram pela primeira vez de figurar entre os dez mais infectados. Agora o mais próximo de nós que integra este quadro é a Arménia, já situada na Ásia Menor. Vale a pena acentuar o caso de Espanha, que há 30 dias estava no 6.º lugar e agora caiu para 15.º, em evidente regressão comparativa. Ao contrário da Suécia, que sobe ligeiramente (de 14.º para 13.º).

Em queda estão também o Luxemburgo (antes em 5.º, agora em 12.º), a Bélgica (baixa de 11.º para 18.º), a Irlanda (cai de 12.º para vigésimo), e sobretudo a Itália (há dois meses era a quinta mais infectada, há um mês figurava em 18.º lugar e agora ocupa o último posto destes 25). Igual tendência verifica-se no Reino Unido (baixa de 15.º para 24.º).

Mantém-se a ausência neste quadro de países europeus como França, Holanda e Suíça, que já estiveram em lugares cimeiros. Nos dez mais, destaca-se a entrada do Brasil, onde a progressão de novos casos de coronavírus segue em aceleração contínua: basta recordar que há um mês estava oficialmente atrás de Portugal, na 23.ª posição.

O nosso país continua entre os 25 mais infectados, tendo recuado apenas um posto: a nossa queda comparativa é muito inferior, por exemplo à do Reino Unido, que há 30 dias estava em 15.º lugar e passou a ter menos infectados por milhão de habitante do que nós. Em termos relativos, somos hoje o sexto país da União Europeia com mais casos de Covid-19, o que explicará, em larga medida, o facto de integrarmos várias listas de nações a evitar pelos turistas no âmbito comunitário.

 

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Deixo também aqui novamente o registo da relação entre o número de óbitos confirmados e a população de cada país, por milhão de habitantes. Seleccionando desta vez vinte e um para incluir a estatística portuguesa:

Bélgica: 844

Reino Unido: 656

Espanha: 607

Itália: 577

Suécia: 543

França: 459

EUA: 407

Holanda: 358

Chile: 344

Irlanda: 352

Peru: 338

Brasil: 320

Equador: 276

México: 254

Canadá: 231

Suíça: 227

Panamá: 190

Arménia: 181

Luxemburgo: 176

Rep. Dem. Congo: 172

PORTUGAL: 160

 

Destaco aqui a permanência no topo da Bélgica (um país de que se fala muito pouco em associação com a pandemia, apesar de quase todos os órgãos de informação portugueses terem correspondentes em Bruxelas). A Itália - que já esteve em primeiro - mantém-se agora fora do pódio. E a Espanha cede pelo segundo mês consecutivo ao Reino Unido o nada invejável segundo posto.

Destaques, também aqui, para os óbitos registados no continente americano: desde logo os Estados Unidos da América (que sobem de sétimo para oitavo), o nada badalado Canadá (que cai do 11.º para o 15.º posto) e o preocupante Chile (pela primeira vez na lista dos dez países com mais óbitos por milhão de habitantes, ultrapassando até Brasil e Peru). 

Mesmo assim, esta continua a ser uma lista predominantemente europeia, com oito em dez nações nesta proporção entre mortos por Covid-19 e a população de cada país. 

Para Portugal, a melhor notícia é a nossa ausência da macabra lista dos vinte com mais óbitos. Saímos à tangente, estando agora em 21.º lugar, devido à entrada de um país africano, a República Democrática do Congo. Em dois meses, caímos nove lugares: no início de Maio, convém recordar, ocupávamos a 12.ª posição.

A má notícia é que ainda integramos este triste top ten da União Europeia. Com cerca do dobro de óbitos ocorridos em países como Áustria ou Roménia. Ou cerca do triplo registado em nações como Noruega, Finlândia e Hungria. E quatro vezes mais do que na Polónia, Sérvia ou Bulgária. E cerca de oito vezes mais do que a Grécia, nossa concorrente directa na captação de receitas turísticas internacionais.

O ministro em fuga

Pedro Correia, 12.06.20

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Foto: José Sena Goulão / Lusa

 

Marcelo Rebelo de Sousa, naquela modalidade de duplipensar em que se tornou exímio praticante muito antes de ascender ao Palácio de Belém, acaba de fazer nova declaração ambígua: Mário Centeno, o ministro em fuga, «fica para a história».

Na dúvida, uso agá minúsculo: tratando-se de uma declaração não escrita, é impossível escrutinar com exactidão o pensamento do Chefe do Estado. Equiparia Centeno a um vulto digno de figurar em futuros manuais de História ou apenas a um alvo da petite histoire para uso momentâneo nos salões em voga?

Em contraste com esta dúvida, subsiste uma certeza: Marcelo, que agora o elogia, teve papel determinante quando forneceu a Centeno o pretexto de que o titular cessante das Finanças necessitava para afastar a mão do leme em período de tempestade após «1664 dias» de bonança. Refiro-me à declaração presidencial que lhe tirou o tapete em pleno conflito verbal com o primeiro-ministro a propósito da recente injecção de capital ao Novo Banco.

Faz amanhã um mês.

 

Centeno - tão "histórico" como António Guterres, Durão Barroso ou Vítor Gaspar, outros governantes em fuga - atreveu-se a declarar em entrevista ao Financial Times que em Novembro de 2015, quando iniciou funções, «o crescimento económico era muito pobre e estava a desacelerar».

Uma declaração falsa, como o Polígrafo demonstrou citando o Instituto Nacional de Estatística: naquele ano o PIB nacional cresceu 1,82%, tendo-se registado um aumento de 1,3% no último trimestre, em comparação com o período homólogo de 2014. O que muito facilitou a tarefa de Centeno.

Oxalá o seu sucessor, que será empossado na próxima segunda-feira, pudesse dizer o mesmo.

Os 25 mais infectados

Pedro Correia, 09.06.20

Um mês depois, trago aqui novamente o quadro detalhado da evolução do novo coronavírus por todos os países e territórios do planeta, com base em mais de duas dezenas de fontes consultadas e confrontadas - desde logo, a Organização Mundial de Saúde. 

Chamo especial atenção para a proporção entre o número de infectados e cada milhão de habitantes dos países que constam deste quadro incompleto (a Coreia do Norte, por exemplo, está ausente).

Um registo que me leva a ordenar assim os países com registo oficial de Covid-19 da seguinte maneira, excluindo micro-estados e nações com menos de um milhão de habitantes:

 

Catar: 24.987 casos por milhão de habitantes

Koweit: 7.620

Chile: 7.267

Singapura: 6.586

Luxemburgo: 6.461

Espanha: 6.177

EUA: 6.125

Peru: 6.062

Islândia: 5.297

Bielorrússia: 5.233

Bélgica: 5.130

Irlanda: 5.109

Arménia: 4.615

Suécia: 4.471

Reino Unido: 4.235

Emirados Árabes Unidos: 3.984

Panamá: 3.910

Itália: 3.891

Suíça: 3.580

Maldivas: 3.549

Omã: 3.430

PORTUGAL: 3.421

Brasil: 3.346

Rússia: 3.325

Arábia Saudita: 3.027

 

Notas a destacar, em comparação com a estatística anterior: a impressionante subida dos Estados do Golfo Pérsico e de países do continente americano, que passam a preencher quatro dos primeiros dez lugares. Com destaque para Catar e Koweit, nos dois primeiros postos. Mas também aqui figuram - pela primeira vez - os Emirados Árabes Unidos, Omã e Arábia Saudita.

Pela primeira vez, Espanha - que há um mês figurava no topo - cai nesta lista, embora se mantenha entre os dez países mais infectados. Tendência inversa para o antes ausente Luxemburgo, agora no quinto posto - e primeira nação europeia neste rol nada invejável. Em queda estão também a Irlanda (antes segunda, agora 12.ª), a Bélgica (que cai de terceira para 11.ª) e sobretudo a Itália (há um mês era a quinta mais infectada, hoje figura em 18.º lugar). Igual tendência verifica-se no Reino Unido (baixa de 8.º para 15.º).

Regista-se agora a ausência neste quadro de países como França (em nono há um mês, tendo caído para o 30.º lugar) e Holanda (estava em 11.º, é 26.º). E a súbita ascensão do Chile, Peru e Panamá. Países de que nunca por cá se fala, em associação com a pandemia, mostram cifras muito elevadas: Islândia, Arménia e Maldivas. Já nos dez mais está a Bielorrússia (anterior 13.ª), onde nunca houve medidas sanitárias públicas para a contenção do vírus.

Portugal, que há dois meses era oitavo, mantém a tendência de queda. E agora já nem figuramos nos vinte mais infectados. Mas somos o sétimo país da União Europeia com mais casos de Covid-19 por milhão de habitantes: neste capítulo, só baixámos um lugar. Fomos ultrapassados pelo Luxemburgo e pela Suécia, enquanto deixámos de ter a França à nossa frente. E continuamos acima de países com uma dimensão muito superior à nossa, como o Brasil e a Rússia.

 

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Deixo também aqui novamente o registo da relação entre o número de óbitos confirmados e a população de cada país, por milhão de habitantes. Seleccionando desta vez vinte:

Bélgica: 830

Reino Unido: 598

Espanha: 580

Itália: 562

Suécia: 465

França: 448

Holanda: 351

EUA: 342

Irlanda: 341

Suíça: 222

Canadá: 208

Equador: 207

Luxemburgo: 176

Brasil: 176

Peru: 169

PORTUGAL: 146

Chile: 118

México: 109

Alemanha: 105

Dinamarca: 102

 

Destaco aqui a manutenção no topo da Bélgica (um país de que se fala muito pouco em associação com a pandemia, apesar de quase todos os órgãos de informação portugueses terem correspondentes em Bruxelas). A Itália - que já esteve em primeiro - baixa pela primeira vez do pódio. E a Espanha cede ao Reino Unido o nada invejável segundo posto.

Destaques, também aqui, para os óbitos registados no continente americano: desde logo os Estados Unidos da América (que no entanto caem de quarto para oitavo), o nada badalado Canadá (que mantém o 11.º posto) e os preocupantes Brasil e Peru (com entrada directa na lista dos 15 países com mais óbitos por milhão de habitantes). 

Mesmo assim, continua a ser uma lista predominantemente europeia, onde apenas os EUA se intrometem nesta proporção entre mortos por Covid-19 e a população de cada país. 

Para Portugal, a boa notícia é que caímos quatro lugares, de 12.º para 16.º. À nossa frente figuram agora também Equador, Luxemburgo, Brasil e Peru.

A má notícia é que ainda integramos este triste top ten da União Europeia. Com cerca do dobro de óbitos ocorridos em países como Áustria e Roménia. Ou cerca do triplo registado em nações como Estónia, Eslovénia e Noruega. E quase cinco vezes mais do que na Polónia ou na República Checa. E cerca de nove vezes mais do que na Grécia.

Os vinte mais infectados

Pedro Correia, 08.05.20

Um mês depois, trago aqui novamente o quadro detalhado da evolução do novo coronavírus por todos os países e territórios do planeta, com base em mais de duas dezenas de fontes consultadas e confrontadas - desde logo, a Organização Mundial de Saúde. 

Chamo especial atenção para a proporção entre o número de infectados e cada milhão de habitantes dos países que constam deste quadro incompleto (a Coreia do Norte, por exemplo, está ausente).

Um registo que me leva a ordenar assim os países com registo oficial de Covid-19 da seguinte maneira, excluindo micro-estados e nações com menos de um milhão de habitantes:

 

Espanha: 5.494 casos por milhão de habitantes

Irlanda: 4.533

Bélgica: 4.437

EUA: 3.906

Singapura: 3.579

Itália: 3.570

Suíça: 3.481

Reino Unido: 3.045

França: 2.678

PORTUGAL: 2.620

Holanda: 2.438

Suécia: 2.438

Bielorrússia: 2.134

Alemanha: 2.022

Israel: 1.893

Panamá: 1.824

Peru: 1.775

Áustria: 1.749

Dinamarca: 1.741

Canadá: 1.720

 

Notas a destacar, em comparação com a estatística anterior: a impressionante subida da Irlanda, que ascende do décimo posto ao segundo lugar; entrada da Bélgica neste pódio nada invejável; a subida de cinco lugares dos EUA, que há um mês estavam em nono; entradas directas de Singapura e Reino Unido nos dez mais; descidas acentuadas de Itália (era terceira), França (estava em quinto) e Alemanha (a 8 de Abril ocupava a posição sete). 

Portugal baixa ligeiramente, passando de oitavo a décimo. Ainda assim, baixamos menos do que a Áustria (era sexta, agora está em 18.º) ou a Alemanha (que desce sete lugares). A Noruega, que há pouco mais de um mês figurava no oitavo posto, agora nem entra nos vinte mais.

Este quadro regista a progressão do vírus de Oriente para Ocidente com o claro aumento de casos de infecção em países como Panamá, Peru e Canadá. E confirma os sérios riscos do laxismo sanitário com a entrada para os vinte mais infectados da Bielorrússia, a última ditadura da Europa, onde o tirano Lukachenko qualificou a pandemia de "psicose", não decretou medidas de restrição para prevenir o alastramento dos contágios e até recomendou umas bebedeiras como forma de deter o vírus. Dele, no entanto, ninguém fala por cá.

 

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Deixo também aqui novamente o registo da relação entre o número de óbitos confirmados e a população de cada país, por milhão de habitantes. Continuando a seleccionar quinze:

Bélgica: 726

Espanha: 558

Itália: 495

Reino Unido: 451

França: 398

Holanda: 309

Suécia: 301

Irlanda: 284

EUA: 232

Suíça: 209

Canadá: 117

PORTUGAL: 108

Equador: 94

Dinamarca: 89

Alemanha: 88

 

Destaco aqui a dramática subida ao topo da Bélgica (um país de que se fala muito pouco em associação com a pandemia, apesar de quase todos os órgãos de informação portugueses terem correspondentes em Bruxelas). Neste caso por troca com a Espanha, enquanto a Itália - que já esteve em primeiro - ocupa agora o último lugar deste lamentável pódio. 

Destaques, também aqui, para as subidas oriundas do continente americano: desde logo o EUA (que saltam de sétimo para quarto), além das entradas directas do Canadá e do Equador. Tendência ascendente para o Reino Unido (que era sétimo há um mês) e a Irlanda (anterior décimo).

Portugal, infelizmente, sobe um lugar. Há um mês estávamos em 13.º, com números muito semelhantes aos da Dinamarca (agora em 14.º) e da Áustria (actual 17.º e que portanto já nem integra este quadro). Tínhamos também à nossa frente o Irão, que entretanto caiu para 16.º. E somos agora o oitavo país da União Europeia com mais óbitos por milhão de habitantes: também aqui subimos um posto.

Vidas amputadas

Pedro Correia, 01.05.20

A 3 de Abril, os danos provocados pela pandemia à escala mundial adquiriam uma configuração muito expressiva: ultrapassava-se a barreira das 50 mil vítimas mortais. Eram exactamente 51.500.

Decorrido menos de um mês, esta dramática estatística agiganta-se: são agora acima de 230 mil mortos. Os óbitos causados pelo novo coronavírus quadruplicaram em apenas 22 dias. E o número de pessoas infectadas triplicou em 25 dias: subiram de um milhão a 3 de Abril para três milhões na passada terça-feira. Ontem eram 3,4 milhões.

Mas as vidas humanas perdidas neste duro combate ao Covid-19 são muito mais do que dados estatísticos: a BBC, no exercício do jornalismo de qualidade a que nos habituou, revela aqui nomes e rostos de vários destes mortos registados pelas autoridades sanitárias britânicas num único dia. Vidas amputadas pela implacável propagação de um vírus que continua a ser letal, por mais que alguns pareçam ignorar tal facto.

Os doze mais infectados

Pedro Correia, 08.04.20

Quatro dias depois, trago aqui novamente o quadro detalhado da evolução do novo coronavírus por todos os países e territórios do planeta, com base em mais de duas dezenas de fontes consultadas e confrontadas - desde logo, a Organização Mundial de Saúde. 

Chamo especial atenção para a proporção entre o número de infectados e cada milhão de habitantes dos países que constam deste quadro incompleto (a Coreia do Norte, por exemplo, está ausente).

Um registo que nos leva a ordenar assim os países com registo oficial de Covid-19 da seguinte maneira, excluindo microestados e países com menos de um milhão de habitantes:

Espanha: 3.317 casos por milhão de habitantes

Suíça: 2.580

Itália: 2.243

Bélgica: 2.019

França: 1.671

Áustria: 1.414

Alemanha: 1.285

Portugal: 1.220

EUA: 1.210

Irlanda: 1.156

Holanda: 1.143

Noruega: 1.123

 

Notas a destacar, em comparação com a estatística anterior: a nada lisonjeira progressão de França para o quinto lugar, por troca com a Áustria; Portugal a subir do nono ao oitavo posto; descida suave da Holanda (de 10.º para 11.º) e acentuada da Noruega (de 8.º para 12.º); entradas directas dos EUA e da Irlanda.

 

Deixo também aqui novamente o registo da relação entre o número de óbitos confirmados e a população de cada país, por milhão de habitantes. Desta vez optei por seleccionar quinze:

Espanha: 311

Itália: 283

Bélgica: 193

França: 158

Holanda: 123

Suíça: 95

Reino Unido: 91

Suécia: 59

Irão: 48

Irlanda: 43

EUA: 39

Dinamarca: 35

Portugal: 33

Áustria: 30

Alemanha: 24

 

Destaco, neste caso, a dramática subida ao topo da nossa vizinha Espanha, por troca com a Itália. Bélgica entra neste triste pódio, superando a França. Irão e Suécia (país ainda sem medidas relevantes de confinamento, sem que isso suscite indignação por cá) alternam nos postos 8 e 9. Acentuada subida dos EUA, quase a entrarem nos dez mais. Portugal cai três lugares, para 13.º, sendo ultrapassado por Irlanda e Dinamarca, que há quatro dias nos igualavam neste quadro.

Os dez mais infectados

Pedro Correia, 04.04.20

Este é o quadro detalhado da evolução do novo coronavírus por todos os países e territórios do planeta, com base em mais de duas dezenas de fontes consultadas e confrontadas - desde logo, a Organização Mundial de Saúde. Detalhado e tão fiável quanto possível, na medida em que as estatísticas oficiais oriundas de grande parte destes locais do globo são rudimentares ou marteladas por governos autoritários, que interditam testes ou proíbem a difusão dos verdadeiros números.

Chamo especial atenção para a proporção entre o número de infectados e cada milhão de habitantes dos países que constam deste quadro (a Coreia do Norte, por exemplo, está ausente).

Um registo que nos leva a ordenar hoje os países com registo oficial de Covid-19 da seguinte maneira, excluindo microestados e países com menos de um milhão de habitantes:

Espanha: 2.549 casos por milhão de habitantes

Suíça: 2.276

Itália: 1.982

Bélgica: 1.447

Áustria: 1.282

França: 1.259

Alemanha: 1.088

Noruega: 991

Portugal: 970

Holanda: 918

 

Destaco igualmente o registo da relação entre o número de óbitos confirmados e a população de cada país, por milhão de habitantes:

Itália: 243

Espanha: 240

França: 100

Bélgica: 99

Holanda: 87

Suíça: 70

Reino Unido: 53

Irão: 39

Suécia: 35

Portugal, Irlanda e Dinamarca: 24

As novas estatísticas

Ana Lima, 20.11.14

Que a evolução tecnológica alterou as nossas vidas é já um dado adquirido. Que as técnicas utilizadas pelas ciências que estudam a vida humana, de um ponto de vista físico ou social, também evoluíram exponencialmente é outra verdade.

O vídeo que aqui partilho é um exemplo interessante da utilização de dados recolhidos por operadores de redes móveis para a construção de mapas detalhados que facilitam o estudo da distribuição de grupos populacionais no espaço e no tempo. Nota-se a preocupação em referir que a privacidade dos utilizadores de telefones está assegurada. O estudo pode ser consultado aqui.

 

 

Emprego em números (curtinho e simples*)

João André, 22.07.14

 

Quando falamos do desemprego temos duas correntes: a corrente governativa, onde o pior já passou e agora estamos todos em direcção à paz celestial; e a corrente anti-governo, onde o apocalipse está ao virar da esquina e o desemprego real é de 450 mil por cento. Como não gosto de andar a ler notícias sobre as estatísticas em jornais carregados de analfabetos matemáticos que estão amiúde comprometidos com uma das duas correntes, decidi dar uma espreitadela aos números absolutos, i.e., quantas pessoas estavam activas, quantas pessoas empregadas e quantas pessoas desempregadas. O resultado está no gráfico acima (retirado dos dados do INE).

 

O que se vê é claríssimo: o desemprego caiu entre o 3º trimestre de 2012 e o 1º trimestre de 2014. O emprego por outro lado também desceu no mesmo período. Em termos absolutos, o número de desempregados caiu em cerca de 59 mil e o número de empregados caiu em cerca de 137 mil. O emprego recuperou um pouco no último ano registado acima mas não irei debruçar-me sobre razões nem sobre as razões do decréscimo no início de 2014.

 

A realidade é que a queda do desemprego de 15,7% para 15,1% com um pico de 17,5% no 3º trimestre de 2013 terá decorrido mais de emigração e óbitos que de qualquer outra coisa. Em termos líquidos pode-se dizer que se perderam empregos no período decorrido e a recuperação dos mesmos (em termos absolutos) ainda não parece muito notória.

 

O governo gosta de retirar para si os frutos de qualquer número positivo e atirar para o governo de Sócrates ou para a Europa qualquer má notícia. Os números acima apontam para uma real influência do governo na diminuição da taxa do desemprego através da promoção da emigração. Não quero contudo retirar-lhes outro mérito. A verdade é que há limites para aquilo que um país pode cair desde que tenha um estado funcional (mesmo que não ideal): após tanta queda havíamos de ressaltar um pouco.

 

Gostaria de ser optimista como outros colegas do blogue (admiro o optimismo e a esperança do Luís Naves, por exemplo) mas não consigo. Uns tempos de bom clima económico e uma pneumonia do BES arrisca atirar-nos para os cuidados intensivos. Apesar de todos estes esforços do nosso bando de incompetentes do governo, os bons resultados parecem-me continuar a dever-se mais ao espírito aventureiro dos portugueses e a influências externas.

 

Infelizmente a situação provavelmente não irá mudar muito nos próximos tempos: não vejo quem em Portugal faça muito melhor (até porque pior só se for o Santana).

 

* - talvez não tão curtinho quanto pensava. Perdoem-me o pouco jeito para o resumo.

Novas oportunidades para combater velhos hábitos

Rui Rocha, 13.09.11

 

O relatório "As Perspectivas da Educação 2011" foi hoje apresentado pela OCDE. De acordo com o estudo, Portugal tem a maior taxa de obtenção de diplomas do final do ensino secundário (96 por cento). Mais, a taxa de obtenção do diploma subiu 34 por cento de 2008 para 2009. Perante tais resultados (melhor falaríamos de um milagre), é importante sublinhar as reacções de Isabel Alçada e de Nuno Crato. Isabel Alçada, ouvida algures na Aldeia dos Estrunfes onde reside há já alguns anos,  abriu muito os olhos e afirmou, com voz melada, que "os meninos adultos portugueses confiam na escola e na educação, o que aconteceu depois do Programa Novas Oportunidades". Nuno Crato, por seu lado, referiu que "a taxa de sucesso de 96 por cento dos alunos do secundário inclui o programa Novas Oportunidades, o que inflaciona em muito os números” e que "o relatório da OCDE apresentado hoje em Paris esconde a realidade do país". Em termos de discurso, um e outro estão seperados pelo abismo que se interpõe entre os malabaristas estatísticos e aqueles que têm um sentido agudo da realidade. É fundamental, também a este propósito, que o actual Ministro da Educação seja consequente, ao nível dos actos, com a exigência que refere nas suas palavras. A alienação estatística, nesta e noutras matérias, por ter como consequência uma realidade grosseiramente falseada, tem custos. E estes são sempre pagos pelo país e, sobretudo, por aqueles que têm menos recursos.