Huxley, Deolinda & a Admirável Escravatura
My dearest Aldous:
Aprofundando, voltamos sempre a ti.
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My dearest Aldous:
Aprofundando, voltamos sempre a ti.
Se algum filho da puta vier dizer aqui que "os médicos também adoecem e morrem, conforme os coveiros também dão enterros razoáveis, portanto helooow!, qual é o problema?" que fique sabendo que não lhe respondo, que apago o c... do comentário e que, a seguir, rezarei para que esse filho da puta se desgrace e cague torrencialmente sangue, derivado a um divino e grosso toro que lhe penetre a anilha, tão fundamente como puder ser - este é um excerto de um longo post assinado por Besugo, um veterano da blogosfera, médico de profissão. Assumidamente perturbado pela notícia de um cancro que afectou uma sua colega, queixa-se de, entre outras coisas, trabalhar pelo menos, 24 horas por semana - seguidas - na urgência.
A seguir, vêm os comentários. Destaco este: Deste seu post, é só substituir a palavra médico por professor/a e doente por aluno (pesem embora as devidas diferenças). Talvez a partir deste simples exercício lhe seja mais fácil avaliar o que me vai na alma. E este: Cheguei a casa estafado de dois dias de trabalho infernal. Como tu, servidor público, do mundo da Justiça. Li-te e arrebitei. No total são 22, na sua maioria de felicitações, identificando-se com o tom do autor do post.
Convido-os a ler tudo, apesar do tudo, aviso já, ser constituído por um longo chorrilho de impropérios. O interesse está na reflexão que nos propicia tão inusitado desabafo. Há ódio nestas linhas, uma raiva infinita que é fruto de muito ressentimento contra os "utentes". Isto é preocupante e dá muito que pensar.