Para essas questões filosóficas, tenho o Lavrov. Ó Lavrov!
Putin: Explica aí ao pessoal como se distingue entre homens e mulheres.
Lavrov: Então, os homens somos nós, certo?
Putin: Sim, já me tinha apercebido.
Lavrov: E as mulheres são aqueles outros seres, aos quais não damos tempo de antena. Que nós não somos como os estúpidos dos europeus. Deixam-se ir na cantiga delas. Hoje até festejam um tal Dia da Mulher. Hahahaha!
Jazus! Que me matas, filho.
Boa, boa! Eu também já aprendi convosco. Colocar mulheres em posições de alto nível é uma armadilha woke na qual não torno a cair.
Ainda não aprendeste a falar, ó Elon... Quê? Ai isto não era para dizer? Ups.
E eu sou pela a Europa, contra os bullies. Contra quem gosta de humilhar e nunca enaltece ou defende direitos humanos. O discurso de Trump é profundamente misantropo, agressivo, humilhante, manipulador. Mente hoje e amanhã dá-lhe uma amnésia. "Disse isso, eu? Não me lembro". Não há honra, não há dignidade, não há palavra. E um homem sem palavra, não é um homem. É um rato. De esgoto.
Trump, Musk e Vance são ratos. São incapazes de empatia, ou de compaixão. São psicopatas.
Por mim, o boicote à Casa Branca seria total. Nem mais um líder europeu de visita, por iniciativa própria, às ratazanas de esgoto! Chega de ir lá, dobrar a espinha! Deixemo-los a falar sozinhos, todos satisfeitos, na sua verborreia!
O mundo vai ficar mais perigoso? Para o bem e para o mal, estamos no meio do vulcão. Resta avançar de cabeça erguida. Sejamos gente!
Contra essa espécie de união entre comunistas e cheganos da pior espécie.
Este vídeo que o novo-velho inquilino da Casa Branca partilhou na sua rede digital sobre Gaza "reconstruída" e transformada na putativa "Riviera do Médio Oriente" só merece um qualificativo: obsceno.
Obscena, a visão mercantilista do esbulho programado e glorificado.
Obscena, a concepção neocolonialista da administração norte-americana, cobiçando eventuais lucros futuros à custa da martirizada população palestina, que - Trump dixit - deve ser «expulsa» para outras paragens.
Obscena, a fita «gerada por inteligência artificial» de um Elon Musk emulando o cocainado Leonardo di Caprio no filme O Lobo de Wall Street, de Martin Scorsese. Lançando ao ar muitas notas de dólar, símbolo supremo do domínio sobre os indígenas, tributo despudorado ao deus-dinheiro.
Obscena, enfim, aquela estátua de Donald Trump banhada em ouro. Que logo associamos ao bezerro de ouro imortalizado na Bíblia.
Êxodo, 32: «Todos tiraram as argolas das orelhas e levaram-nas a Aarão. Ele recebeu tudo aquilo, deitou o ouro num molde e fundiu um bezerro de metal. E todos exclamaram: "Povo de Israel, aqui tens os teus deuses, que te fizeram sair do Egipto!" Quando Aarão viu isto, construiu um altar em frente do bezerro e disse em voz alta: "Amanhã haverá festa em honra do Senhor. No dia seguinte, de manhã, ofereceram holocaustos e sacrifícios de acção de graças. O povo sentou-se a comer e a beber e depois começaram a divertir-se.»
Versículos que estes alegados cristãos embalados pela embriaguez da suposta lei do mais forte parecem desconhecer por completo. Ou escarnecer deles, na alucinada vanglória que se apossou deles desde 20 de Janeiro.
(Reporter asks Musk about misleading condoms claim)
Esta é a melhor do dia. Elon Musk contestou o envio de preservativos para Gaza - juntando-lhe, na sua rede X, uma veemente crítica questionando a razão de serem todos "Magnum" os preservativos atribuídos aos palestianos (ao Hamas, dir-se-á).
Mas, afinal, o envio era para Gaza, Moçambique....
(Neste filme o homem, ladeando o presidente Trump, explica o seu erro. Convém ver. Principalmente os que simpatizam com o novo governo dos EUA, para melhor entenderem os modos como aquilo está a decorrer... Surreais modos.)
Quando Musk levantou o braço na festa da investidura de Trump, resmunguei que aquilo era mesmo um eco nazi. Muitos disseram que não (que seria apenas uma excitação, talvez fruto de um tal de "autismo" de que padece). Até um director de jornal veio opinar nesse sentido. Pois, a mim, com diferente biografia desses cosmopolitas, pareceu-me que esse cinquentão emigrante africânder regurgitou ali - talvez inconscientemente - a influência do ideário do velho Terre'Blanche, esse símbolo de alguma África do Sul afrikaans, viçoso na juventude do agora multibilionário...