O diabo chegou mesmo: está já aí
João Galamba e António Costa: cumplicidade muito para além das conveniências políticas
Foto: António Cotrim / Lusa
Durante anos, com ar de gozo, António Costa foi fazendo graçolas sem nível com uma frase apócrifa atribuída a Passos Coelho dizendo que afinal «o diabo não chegou».
Falou de mais, falou cedo de mais
O diabo chegou mesmo.
Para ele, que está a ser notícia em toda a Europa pelos piores motivos.
Para o malogrado governo da maioria absoluta, que durou menos de dois anos e ficará na história política deste período como um dos piores de sempre - basta incluir o Galamba para merecer tão pouco invejável título.
E para Portugal, claro. Como as estatísticas comprovam. Oito anos depois, Costa abandona o Governo deixando o País com a maior carga fiscal de sempre (36,4% do PIB), a maior dívida de sempre (282 mil milhões de euros), o maior número de compatriotas sem médico de família (1,7 milhões), o pior mês da história do Serviço Nacional de Saúde (este em que agora vivemos, segundo declarou o insuspeito director executivo do SNS), 583 mil utentes em lista de espera para consultas, 253 mil inscritos em lista de espera para cirurgias, 32% dos pacientes atendidos para lá do tempo recomendado, 43,3% de portugueses em risco de pobreza antes de transferências sociais. E o mais que se verá.
O diabo anda aí à solta, António. Como agora até tu experimentas na pele. Lamento imenso, mas estavas mesmo a pedi-las.