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Delito de Opinião

Cinquenta mil

Pedro Correia, 06.09.24

Acabamos de publicar o postal número 50 mil no DELITO DE OPINIÃO. Número redondo que merece ser assinalado. Num caso raro de persistência, determinação e fidelidade às origens que nos levaram a publicar o primeiro, a 5 de Janeiro de 2009. 

Como ficou aqui expresso nesse texto inaugural, este «é um blogue apostado na reflexão e na análise dos mais diversos temas relacionados com a actualidade, sem receio de exprimir convicções claras e fortes, nem de confrontar opiniões numa sociedade onde se regista um défice permanente de debate». Prezando a diversidade, sem coros unânimes nem hossanas colectivos.

Parece que foi anteontem e já passaram mais de 15 anos.

Nós

Pedro Correia, 15.01.22

Nos últimos cinco anos, registámos 2,7 milhões de visitas e 6 milhões de visualizações no DELITO DE OPINIÃO. Confirmando a vitalidade do nosso blogue, já no 14.º ano de existência.

Fica o registo, que talvez interesse aos apreciadores de dados estatísticos. E para mais tarde recordar.

Entre os mais comentados

Pedro Correia, 02.01.21

Em 23 destaques feitos pelo Sapo em Dezembro, entre segunda e sexta-feira, para assinalar os dez blogues nesses dias mais comentados nesta plataforma, o DELITO DE OPINIÃO recebeu 22 menções ao longo do mês, fazendo assim o pleno. 

Incluindo seis textos na primeira posição, oito na segunda e quatro na terceira.

 

Os postais foram estes, por ordem cronológica:

 

Aprenderão à custa deles (52 comentários, o mais comentado do dia) 

1.º de Dezembro (54 comentários, segundo mais comentado do dia)

A vacina de Gomes (53 comentários, segundo mais comentado do dia)

Tudo isto tem ainda menos Graça (44 comentários, segundo mais comentado do dia) 

Sá Carneiro quarenta anos depois (50 comentários)

Também não lhes dou confiança (46 comentários, terceiro mais comentado do dia)  

E se Joe Biden usasse bigode? (60 comentários, o mais comentado do dia)

Um democrata não é um dissidente (30 comentários)  

Palavras para recordar (75) (52 comentários, segundo mais comentado do fim de semana)   

Faz-me lembrar alguém (54 comentários, terceiro mais comentado do dia) 

Achismo (90 comentários, o mais comentado do dia) 

O direito ao nome do assassinado (72 comentários, o mais comentado do dia) 

Indignação e revolta (52 comentários, segundo mais comentado do dia)

Maradona e Cristiano Ronaldo (60 comentários, segundo mais comentado do fim de semana)

N' A Torre Bela (130 comentários, segundo mais comentado do dia)

Ano de pesadelo (30 comentários) 

A Selva (56 comentários)

As vacinas já chegaram a Portugal (42 comentários, terceiro mais comentado do fim de semana) 

Sobre Wilson Filipe e a generosidade da esquerda (49 comentários, segundo mais comentado do dia)

Os melhores livros do meu ano (1) (26 comentários, terceiro mais comentado do dia)

Achismo lusitano (1) (48 comentários, o mais comentado do dia)

Os melhores livros do meu ano (3) (30 comentários, o mais comentado do dia)

 

Com um total de 1283 comentários nestes postais. Da autoria do JPT, do Paulo Sousa, da Cristina Torrão e de mim próprio.

Fica o agradecimento aos leitores que nos dão a honra de visitar e comentar.

Pontes sim, trincheiras não

Pedro Correia, 21.08.19

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Imagem do DELITO em Janeiro de 2009

 

Foi um prazer, confesso, estar à conversa com o Pedro Neves nas instalações do Sapo. O pretexto para este bate-papo, que se prolongou por cerca de uma hora, foi o décimo aniversário deste nosso DELITO DE OPINIÃO, já com merecido estatuto de veterano da blogosfera.

Do simpático convite do Pedro nasceu uma entrevista que me permitiu falar um pouco sobre este percurso trabalhoso mas muito gratificante em termos intelectuais e humanos. Desde logo porque me permitiu conhecer e estreitar relações com muitas pessoas de quem me fui tornando amigo a pretexto desta escrita em jeito de registo diário do que vai sucedendo no país, no mundo e um pouco também nas nossas vidas.

Se me permitem, destaco algumas frases:

«Conseguimos fazer uma coisa que é difícil interiorizarmos em Portugal: podemos ter opiniões muito diferentes, e até opostas, e isso não afectar a relação no plano pessoal»

«Temos uma base de conteúdo político, mas captámos leitores que detestam política e vêm ler outras coisas: uma crítica de livros, uma crítica de cinema, por exemplo»

«Devemos estender pontes. É muito mais fácil encontrarmos compromisso e entendimento a meio de uma ponte do que se estivermos no fundo de uma trincheira»

Entre os mais comentados

Pedro Correia, 01.05.19

Em 22 destaques feitos pelo Sapo em Abril, entre segunda e sexta-feira, para assinalar os dez blogues nesses dias mais comentados nesta plataforma, o DELITO DE OPINIÃO recebeu 19 menções ao longo do mês. 

 

Os portais foram estes, por ordem cronológica:

Belles toujours (28 comentários)

Reformismo e revolução (38 comentários)

Uma coerência exemplar (36 comentários, segundo mais comentado do dia)

O bispado de Bolsonaro (34 comentários)

Lavourada da semana (26 comentários)

As flores de estufa (36 comentários)

Penso rápido (91) (30 comentários)

Belles toujours (26 comentários)

A Igreja Católica em crise (91 comentários)

Assombro e dor (40 comentários)

Estátuas dos nossos reis (apêndice 1) (34 comentários)

E que tal ter férias em Caracas? (34 comentários, terceiro mais comentado do dia)

Votos de uma Santa Páscoa (23 comentários)

O Sri Lanka e o estado do Ocidente (50 comentários)

Lavourada da semana (22 comentários)

Estrelas de cinema (30) (38 comentários, terceiro mais comentado)

Pago jornal, levo propaganda (56 comentários, terceiro mais comentado)

Belles toujours (62 comentários, terceiro mais comentado)

O "direito" a prejudicar outros (64 comentários, terceiro mais comentado)

 

Com um total de  768 comentários  nestes postais. Da autoria do JPT, da Cristina Torrão e de mim próprio.

Fica o nosso agradecimento aos leitores que nos dão a honra de visitar e comentar. E, naturalmente, também aos responsáveis do Sapo por esta iniciativa.

Entre os mais comentados

Pedro Correia, 05.09.18

Em 23 destaques feitos pelo Sapo em Agosto, entre segunda e sexta-feira, para assinalar os dez blogues nesses dias mais comentados nesta plataforma, o DELITO DE OPINIÃO recebeu 16 menções ao longo do mês.

 

Os textos foram estes, por ordem cronológica:

O bloco imutável (45 comentários)

Rapazes, lembram-se? (28 comentários)

A ralé (133 comentários)

Ao ir-me embora (67 comentários, segundo mais comentado do dia)

Marcelo no país que não tem voz (45 comentários, terceiro mais comentado do dia)

O combate aos incêndios de António Costa (19 comentários)

Dois meses e 300 e tal km depois (29 comentários)

Foi chato (40 comentários)

A minha bebida deste Verão (51 comentários, segundo mais comentado)

O idílio entre Rio e Costa (43 comentários, o mais comentado do dia)

À atenção dos eucaliptófobos (38 comentários)

Pensamento da semana (16 comentários)

Quando não existe fogo, o fumo é notícia: gera cliques na mesma (45 comentários)

Agosto em Lisboa (40 comentários)

Pouca terra e pouca vergonha (18 comentários)

Estátuas dos nossos reis (1) (28 comentários)

 

Com um total de 685 comentários nestes postais. Da autoria do JPT, do João Pedro Pimenta, do Fernando Sousa, do João Campos e de mim próprio.

Fica o nosso agradecimento aos leitores que nos dão a honra de visitar e comentar. E, naturalmente, também aos responsáveis do Sapo por esta iniciativa.

Agradecimentos devidos

Pedro Correia, 26.02.18

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Ao Luís Novaes Tito, à Catarina Duarte, à Gabriela, à Luísa, à Joana Marques, à Cátia Samora, ao Pedro Oliveira, ao António Agostinho, ao Filipe Nunes Vicente, ao Carlos Guimarães Pinto, ao  José da Xã, ao  Octávio dos Santos, ao  David Marinho, ao João Espinho, à Manuela Matos, ao Armando Palavras e ao nosso JPT no seu blogue pessoal.

 

A estes e a outros, na blogosfera e nas redes sociais, por ajudarem a promover e a divulgar a antologia DELITO DE OPINIÃO, editada em sistema de crowdfunding - espécie de mecenato em que os futuros leitores contribuem para que a obra se torne realidade.

E vai tornar-se mesmo, como ficou garantido. Com a ajuda de tão bons amigos e de muitos dos nossos leitores. Alguns dos quais já nos acompanham há nove anos, desde o início desta longa caminhada.

DELITO: o livro está a chegar

Pedro Correia, 22.02.18

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Já é oficial, posso portanto escrever aqui a boa notícia: a antologia de textos do DELITO DE OPINIÃO vai tornar-se realidade no mês que vem. Isto porque conseguimos reunir um mínimo de 160 apoiantes desta edição que já reservaram e pagaram os seus exemplares. Prova de confiança redobrada num projecto editorial que agradará seguramente aos leitores. Tanto aos que nos acompanham desde o início, há quase dez anos, como àqueles que só mais recentemente passaram a seguir este blogue, como às pessoas que virão em sentido contrário, chegando ao blogue depois de lido o livro.

Na próxima semana darei mais novidades. Para já fica o registo de termos ultrapassado o próprio número inicial de adesões que estava programado ainda antes de concluído o prazo estabelecido, que era o fim de Fevereiro.

A todos quantos, na blogosfera e nas redes sociais, têm ajudado a promover e divulgar este livro, deixo um caloroso e grato abraço de reconhecimento.

Sempre a somar

Pedro Correia, 28.01.18

Nos últimos cinco dias, registámos 24.020 visualizações aqui no DELITO DE OPINIÃO. Média: 4.804 visualizações diárias.

Prova inequívoca - mais uma - da atenção que os leitores nos manifestam. E da responsabilidade acrescida que isso nos traz.

Queremos continuar a retribuir-lhes, como merecem, ao longo de 2018 - o décimo ano de existência deste blogue. Que não é só de quem aqui escreve: é também de quem nos lê.

Relato de um jantar imperialista em modo autista

João Villalobos, 26.01.18

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Fui injustamente nomeado relator do jantar do Delito, que ainda decorre no Café Império, nesta altura em que escrevo do meu leito, qual Mark Twain. A minha saída logo após a sobremesa deveu-se ao facto de estar afónico, por um lado, e ao Alexandre Guerra ter pronunciado a frase "Houve uma coisa que há alguns anos ouvi o Pacheco Pereira dizer e tinha razão...", por outro. Nessa altura a mão tremeu-me, a mim que juro pela saúde do meu gato Beltrão que só bebi água o jantar inteiro. Falava-se de cultura, embora sem uma única menção à Supernanny. Temi ter dado um passo errado na carreira blogosférica ao imiscuir-me neste grupo de convivas.

Estavam onze homens e quatro mulheres, numa perigosa ameaça à paridade nos tempos que correm e entre as quatro constava a Ana Vidal, que levou um exemplar do seu mais recente livro, o qual se encontra à venda nas melhores livrarias (comprem-no!). Também se falou muito do livro do próprio Delito, que ainda não está à venda em livraria alguma (mas irá estar, depois de o comprarem também em modo crowdfunding). Consegui, a custo, perceber que terá um prefaciador e um pósfaciador e pouco mais, uma vez que o Luís Naves ao meu lado não parava de gritar que ele é que era o chefe da oposição neste blogue e iria tomar e assumir o poder, numa deriva alucinada em que incorporava o General Alcazar do Tintim em 'O Ídolo Roubado', enquanto o Alexandre Guerra e o José Navarro discutiam os limites da crítica literária nos jornais que nem um par de perigosos intelectuais bolcheviques.

Nessa altura, o Luís Menezes Leitão já tinha bazado para apanhar o seu avião até à Índia, mas não sem antes discutirmos o inevitável tema do alojamento local, contando com a participação bem informada do Adolfo que tentava debalde convencer-nos de que não escreve mais aqui porque não tem tempo.

Do outro lado da mesa, passaram-se igualmente diversas coisas dignas de menção e apreço mas que ignoro de todo, dado que, além de afónico, como nunca fui picado por uma aranha radioactiva não ouvi pevide.

O bife do lombo à Império estava tão macio quanto as minhas cordas vocais enervadas. As batatas deviam ser melhores. Os anónimos comentadores deste blogue idem. Bem feita não terem ido ao jantar, é para aprenderem. Se comprarem o livro do Delito...quem sabe, um dia...coiso e tal. 

1 milhão e 200 mil visualizações

Pedro Correia, 01.09.17

No início de um novo mês, é tempo de fazer um breve balanço. Neste último ano, entre 31 de Agosto de 2016 e 31 de Agosto de 2017, o DELITO DE OPINIÃO registou quase um milhão e duzentas mil visualizações. Em média, cerca de três mil por dia.

Números que confirmam a popularidade deste blogue no seu nono ano de existência. Com a matriz de sempre, alicerçado nos três eixos que nos servem de carta de apresentação: "Política, cultura, quotidiano". E também como testemunho vivo da passagem do tempo, documentado no nosso vasto arquivo, sempre à disposição de quem nos visita. Ao contrário de outros, nós não apagamos textos. Podemos orgulhar-nos disso também.

Sempre em função dos nossos leitores, sem os quais não valeria a pena estarmos cá.

XX?

José António Abreu, 29.01.15

Um comentador perguntou pelas «meninas» do Delito. Eu também gostava de saber. A Teresa Ribeiro continua activa regularmente  (passe uma formulação que parece remeter para o campo médico-sexual), a Patrícia Reis e a Helena Sacadura Cabral aparecem de vez em quando mas as restantes quase nem se lobrigam (sim, trata-se de uma palavra estranha e pouco elegante mas, como julgo nunca a ter usado antes, fica). É provável que o excesso de textos sobre política, já apontado pela Helena, esteja relacionado com o assunto mas às vezes pergunto-me se elas não começaram a desistir pouco tempo após eu entrar no blogue (tive discussões valentes com duas ou três). Depois digo-me que não, que foi mais tarde. Talvez por alturas da entrada do Navarro. Ou, mais provavelmente, do Luís Naves. Sim, para além da política, deve ter sido a barba dele a assustá-las.

Seja qual for a razão, podemos sempre argumentar que o Delito se adiantou aos novos tempos da correcção política, nos quais todos aqueles e aquelas que até agora exigiam paridade de género estão disponíveis para aplaudir sem reservas grupos formados apenas por gajos, desde que sejam gajos sensíveis, ligeiramente rebeldes e sem gravata. Ora se é verdade que subsistem algumas gravatas entre os membros (no pun intended) do Delito (não as minhas: pendurei-as há anos, após meia dúzia de campeonatos na equipa B), ninguém terá dúvidas acerca da nossa rebeldia, tão marcada que alguns rebelam-se precisamente contra as posições dos outros, nem da incomensurável sensibilidade que flui da ponta dos nossos dedos para os teclados e irradia de dois mil e tal ecrãs por dia.

De qualquer forma, ainda que possa ser mais progressista assim, tenho saudades dos tempos em que havia mais textos de mulheres. Até porque a barba do Luís Naves - por muito que as barbas estejam na moda - também me deixa desconfortável.

Pedro, se não te importas não bebo mais espumante

Rui Rocha, 05.01.12

Eu sei que é dia de festa, mas parece-me que já estou a ver coisas:

 

a) “As projecções sugerem que alguns países europeus estavam numa trajectória orçamental insustentável muito antes da crise financeira de 2008-09, caso da Grécia, Portugal e Reino Unido; ao invés, outros estavam numa trajectória sólida, caso de Espanha, Irlanda e Itália”.

Paul Krugman (sim, o Paul Krugman inspirador dos órfãos de Sócrates), a propósito deste trabalho de Gianluca Cafiso;

 

b) "Portugueses já pensam Sócrates volta, estás perdoado."

Domingues Azevedo,  Bastonário dos Órfãos da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas;

 

c) Portugal é a selecção que mais gastará em alojamento no Euro 2012;


d) alteração do aspecto gráfico do DELITO.

 

Mais um copo e ainda acabava a ver Zorrinhos cor-de-rosa.

Cortesias, apresentação e prefácio

José Navarro de Andrade, 03.01.12

Mário Cesariny,

  Mário Cesariny, "Autorretrato aos 53 anos", s.d.

 

De modo que vim aqui ter a esta casa, que já de longe rondava e me parecia muito bem apessoada, trazido por amável convite de Ana Vidal, suavíssima patrícia lá das terras de baixo. Puseram-me à vontade, pelo que seria demais entrar de chapéu na mão, mas prometo não comer a sobremesa toda.

Apresento-me:

A dias de ter a idade que tinha Cesariny quando se autorretratou como acima se vê, também me acontece ter o barco meio afundado ou confundir isso com um horizonte estendido até ao pôr-do-sol, preso atrás da escotilha rebitada. Siga a marinha que por aqui me fico quanto a metáforas náuticas, ao contrário de Mestre Mário que mergulhava bem fundo nessas águas.

As palavras dos outros vêem-nos melhor do que alguma vez conseguiríamos dizer, pelo que não sei se caibo na figura que Alexandre (um génio) O’Neill faz de si mesmo,

 

Se a visagem de tal sujeito é o que vês
(omita-se o olho triste e a testa iluminada)
o retrato moral também tem os seus quês
(aqui, uma pequena frase censurada...)

 

Ou se me hei de abrigar na imagem que de si próprio versejou o intermitente poeta Bocage:

 

Conheço agora já quão vã figura

Em prosa e verso fez meu louco intento.

Musa!... Tivera algum merecimento,

Se um raio da razão seguisse, pura!

 

Entre as diversas imprudências que cometi na vida, a menos funesta terá sido cursar filosofia, o que me fez passar o resto dos anos a desintoxicar-me de mariolas como Deleuze (aquelas unhas...), Hegel e Heidegger, com doses higiénicas de Dewey, Putnam e Rorty. Depois fui indo atrás do que me apareceu e pelo caminho atravessou-se-me o cinema (só a parte dos olhos, que de mãos nunca tive jeito) e a televisão, onde aprendi muito do que sei hoje – creio.

Até nem me tinha dado mal com isto, mas sucedeu 2011 e o seu rol de misérias. Sobrevivi ao ano e cá estou à espera do que dá 2012 e seguintes. Sportinguista mais do que ninguém (à exceção da Sra. D. Maria José Valério), conheço o sabor do desaire e sei que as vitórias são passageiras.

Olhem, há pouco mais a dizer do que isto de modo que não pareça epitáfio – o resto se verá.

Ao que venho? Com a vossa licença, apetece-me falar do que gosto e vou descobrindo gostar ainda mais, além de um par de coisitas que acho saber. Isto já está mau demais para azedumes, rixas, velhacarias e outras vocações neardentais, essas pedras não piso.

‘Bora lá rapazes que está um boi a assar! – como gostava de dizer o grande Assis Pacheco.