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Em jornalismo, quase sempre, menos é mais. Lembrei-me desta frase, inspirada no lema artístico de um célebre arquitecto, quando vi aquela que considero a melhor capa de revista deste amargo ciclo anual prestes a chegar ao fim. A da edição dominical do El País.
Uma capa em que a fotografia diz tudo, surgindo acompanhada de uma data que funciona em simultâneo como título e legenda. A foto transpira autenticidade e tem cunho universal: foi captada em Espanha, mas poderia ter sido em muitos outros países igualmente golpeados pelo coronavírus que nos envolveu num cortejo de luto e dor.
A carga emotiva desta imagem torna irrelevante qualquer palavra. E nem é preciso situá-la no espaço: basta enquadrá-la no tempo. Quatro caracteres bastam: 2020. Ano de pesadelo.
#FERA, ODIADO E DO MAL - proclama em caixa alta esta capa da revista brasileira Veja, de 27 de Abril de 2016.
Não consigo identificar de imediato a cara da pessoa que aqui aparece em grande plano. Mas faz-me lembrar alguém.
Quem pode esclarecer-me?
Jornal de Notícias: Caxinas preparam homenagem a Hélder Postiga.
Público: saiba como as políticas da igualdade de género aplicadas na Suécia contribuíram decisivamente para o resultado de ontem.
Correio da Manhã: a noite louca de Ronaldo depois da derrota em Estocolmo.
Diário de Notícias: Soares acusa governo de massacrar o meio-campo da selecção.
I: conheça a história do carteiro de Helsingborg que pedala seis horas por dia, treina duas vezes por semana e derrotou Portugal com um pontapé de bicicleta.
O Jogo: Pinto da Costa completamente recuperado.
SOL: Durão Barroso na calha para ocupar cargo de seleccionador.
Expresso (edição do próximo Sábado): selecção nacional apura-se para o mundial do Brasil - ver desenvolvimento na última página e análise de Nicolau Santos no caderno de economia.
Um dia destes, quando parar de chover, lanço aqui uma série sobre capas de livros, a partilhar com os colegas de blogue que queiram juntar-se a ela. Hoje, à laia de prelúdio, deixo as capas das edições portuguesas de Paul Auster (chancela ASA). Cada uma delas é uma pequena obra de arte.
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