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Delito de Opinião

O caos

Pedro Correia, 19.05.21

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Não me lembro de gestão tão caótica no futebol português. E não me falem na pandemia. A pandemia não pode servir de desculpa para tudo.

Primeiro anunciaram que haveria público nos estádios, na última jornada da Liga 2020/2021. A ministra da Presidência fez o anúncio no final de um Conselho de Ministros, alegando que seria um "evento-teste"

Depois admitiram que talvez as duas últimas rondas tivessem público.

A seguir, vem-se a saber que os estádios continuarão interditos aos portugueses até ao último apito do último jogo deste campeonato. Descobriram à última hora que era necessário salvaguardar a equidade.

Anunciaram entretanto que a final da Champions voltaria a ser este ano em Portugal, no estádio do Dragão. Para júbilo do velho crocodilo, que logo lançou farpas a Lisboa. Como se Porto e Lisboa não fizessem parte do mesmo país.

Esta final da Liga dos Campeões terá público. Mas a final da Taça de Portugal será disputada com bancadas vazias, ao contrário do que chegou a admitir-se.

«A ideia de haver público na última jornada era uma ideia de só haver público do visitado, coisa que é manifestamente impossível haver no final da Taça, uma vez que o jogo vai realizar-se no estádio de Coimbra», disse o alegado e baralhado secretário de Estado do Desporto, voltando a confirmar a sua inutilidade no Governo. Enquanto justifica o privilégio concedido à final entre Chelsea e Manchester City por «circunstâncias muito distintas» que não especificou.

Duas realidades diferentes: uma para estrangeiros, outra para portugueses. Ambas em solo nacional, o que torna tudo mais revoltante.

Alguém entenderá seja o que for no meio deste caos?

Ainda é preciso comentar alguma coisa ou ficamos por aqui?

Sérgio de Almeida Correia, 07.10.14

"Na Escola Óscar Lopes, em Matosinhos, estão 16 professores por colocar e a câmara municipal estima que no resto do concelho o número de alunos sem aulas ultrapasse os 3 mil. Na Secundária Eça de Queiroz, Póvoa de Varzim, faltam dez professores. Em Lisboa, a Escola Básica Francisco Arruda fechou as portas durante todo o dia de ontem. São 23 os docentes que estão em falta e a direcção decidiu mandar as crianças para casa, esperando que hoje já seja possível retomar as actividades. No agrupamento Dr. Costa Matos, em Gaia, há sete professores em licença de paternidade ou baixa médica que ainda não foram substituídos, uma professora de espanhol que ainda não chegou e mais uma professora de História do 3.o ciclo que, com a nova lista de colocados, deixou a sua turma para dar aulas noutro agrupamento." - i

 

"No arranque da quarta semana de aulas, ainda há milhares de alunos com furos. A anulação de colocações, na sexta-feira, provocou nova onda de mobilidade de professores. Faltam nove semanas para as férias." - JN

 

"Tal como ele 150 professores ficaram de fora na nova ordenação e ainda não sabem o que lhes vai acontecer. Ao mesmo tempo, as escolas viveram mais um dia de caos. Perderam professores que já estavam a dar aulas, outras dividem os mesmos candidatos, e algumas mantêm vários horários ainda por preencher." - DN

 

"Há muitos anos que não se via nada assim, e qualquer cidadão deve questionar-se para que serve um ministério com milhares de funcionários se ele não é sequer capaz de executar a mais básica tarefa para que foi criado: começar as aulas a tempo e horas e atribuir a cada aluno os professores a que ele tem direito. As listas de colocação de professores saíram apenas a 9 de Setembro, o que fez com que no começo das aulas milhares de alunos estivessem sem docentes. E nas escolas de ensino artístico a tragédia é completa, com instituições, como os Conservatórios, a garantirem que só em meados de Outubro a situação deverá estar normalizada – um mês após a data fixada para início do ano lectivo." - Público

 

"Os atuais concursos são complicados, "esquisitos" e sobretudo pouco transparentes, não porque exista favorecimento de alguém, mas porque são muito difíceis de compreender." - Deputado (com maiúscula) Duarte Marques