Deve ser tempo de dizer basta
Enfim, depois de tudo o que aconteceu no BPN/SLN e na respectiva Comissão de Inquérito, e das criticas que aí foram feitas à supervisão do Banco de Portugal (em 2008, no auge do "socratismo", eu chamei-lhe "supervisão congolesa"), em especial por Nuno Melo (CDS/PP) e João Semedo (BE), não houve hipótese de modificar nada.
Estamos em 2015 e vê-se que durante sete anos, sete anos, porra, não foi um nem dois, ficou tudo na mesma. Os vícios são os mesmo de sempre. As explicações idem. O padrão é sempre o mesmo.
E depois vem a gente que há décadas vegeta e mantém esta choldra em ponto-morto dizer que eu tenho asco. Tenho sim, tenho asco, muito asco. Tenho asco a quem politicamente é estruturalmente indecente. A gente politicamente desonesta. A gente que se alimenta do padrão para sobreviver e singrar. A gente que é ética e moralmente desestruturada (na minha perspectiva, é claro). À direita, à esquerda, em cima e em baixo.
(Quando me cansar de escrevê-lo, de dizê-lo, limitar-me-ei a articular com os maxilares doridos os movimentos que produziriam essas palavras. Como Marceau faria com o movimento, com o gesto. Ou como Herberto com as palavras. Em silêncio e às escuras para não incomodar os ouvidos e os olhos sensíveis da canalha)