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Delito de Opinião

Não posso deixar de...

Paulo Gorjão, 25.01.10

... aplaudir o conjunto de propostas que o IFSC se prepara para apresentar publicamente (DE, 25.1.2010: 14). Chegam com alguns meses de atraso, uma vez que o timing ideal teria sido antes das legislativas. Por motivos que a razão desconhece, tal não foi possível. Ainda assim, chegam a tempo das directas. Já não é mau...

Belém na luta pela liderança do PSD

Paulo Gorjão, 31.10.09

aqui tinha referido os cálculos à volta de Belém e as suas ramificações no PSD. O jornal Expresso pega hoje no assunto. Seguramente por coincidência, no pior momento de popularidade de Aníbal Cavaco Silva, eis que surge Alexandre Relvas a liderar uma iniciativa que, objectivamente, procura desviar as ambições de um eventual candidato a Belém para um alvo diferente, i.e. a liderança do PSD...

O argumento de que Pedro Passos Coelho daria um "apoio necessário" e não um "apoio efectivo e verdadeiramente mobilizado" à (re)candidatura presidencial de Cavaco Silva é treta, pura e dura. O argumento não tem pés nem cabeça. Sejamos claros: alguém consegue imaginar o que é que Passos Coelho teria a ganhar em fragilizar a candidatura presidencial de Cavaco Silva?

A verdade é que não interessa quem é o líder do PSD. Seja quem for, se quiser e se não houver melhor alternativa, Cavaco Silva será sempre o candidato apoiado pelo partido. O que varia na equação é a existência, ou não, de uma alternativa. É por isso que é importante que Relvas apareça agora a [1] sinalizar a Marcelo Rebelo de Sousa que Cavaco Silva pretende recandidatar-se e [2] a desviar as suas atenções para o PSD. O resto é música de embalar...

Legislativas (19)

Pedro Correia, 24.08.09

 

O QUE DIZ (ALEXANDRE) RELVAS

 

Alexandre Relvas, presidente do Instituto Sá Carneiro, veio hoje dizer o que Manuela Ferreira Leite devia ter concluído muito antes da formação das listas eleitorais do PSD: quem ocupa ou vai ocupar cargos públicos "deve estar acima de qualquer suspeita". Repito: quem disse isto foi Alexandre Relvas - não Miguel Relvas. E muito menos Pedro Passos Coelho. Fico agora à espera das reacções indignadas dos oficiosos de serviço...

Legislativas (6)

Pedro Correia, 24.07.09

 

METER ÁGUA

 

"O PSD deve lutar por uma maioria absoluta. Não havendo, penso que é natural uma aliança com o PP. Uma aliança de governo ou, não sendo de governo, de incidência parlamentar. A aliança de governo garante mais estabilidade. Mas deve-se trabalhar e lutar para ter uma maioria absoluta." Declarações de Alexandre Relvas, em entrevista a Maria João Avillez, no i. Tenho alguma curiosidade em saber se esta aposta na vitória do PSD por maioria absoluta, natural num social-democrata preocupado com soluções governativas, não acabará por ser interpretada como mais uma tentativa de sabotar a liderança de Manuela Ferreira Leite. Quando Passos Coelho fez uma declaração semelhante, pouco antes das europeias, isso foi interpretado por conceituados analistas blogosféricos como uma tentativa de fazer "naufragar" os sociais-democratas. "Passos não se limitou a esperar pelo naufrágio - fez tudo para meter água no barco. Por exemplo, exigindo a vitória nas europeias a Manuela Ferreira Leite" , escreveu Pedro Picoito n' O Cachimbo de Magritte.

O que dirá agora de Alexandre Relvas?

A união (im)possível?

Paulo Gorjão, 27.02.09

"Chega de haver vozes dentro do partido que jogam contra ele. É tempo de o partido estar unido e pensar no futuro do PSD, que é governar o país. Muito provavelmente vamos ganhar estas eleições", disse Alexandre Relvas.

Não vou aqui entrar no jogo -- sempre subjectivo, naturalmente -- das recriminações sobre quem recai a responsabilidade pela desunião do PSD. Objectivamente, compete à direcção do PSD estender a mão e procurar, de forma activa e na medida do possível, tentar unir o partido. Interrogo-me sobre o que estará a ser feito nesse sentido.

Isto dito, por vezes tenho a sensação que há pessoas -- nos diversos lados da barricada do PSD -- que se esquecem que daqui a umas semanas todos serão chamados a remar para o mesmo lado. Esquecem-se que o combate político a nível interno deve ser exercido com alguma moderação e que há fronteiras que não devem ser ultrapassadas. Afinal, todos perdem se o PSD obtiver maus resultados eleitorais, mas uns perdem mais do que os outros (in Jean-Paul Sartre, Fenomenologia do Ser, página 126).