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Delito de Opinião

Parabéns, Luís

Pedro Correia, 14.12.19

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O Luís Menezes Leitão acaba de ser eleito bastonário da Ordem dos Advogados. Prova máxima de confiança nele por parte dos colegas de profissão. E uma excelente notícia para esta ordem profissional: tenho a certeza de que fica bem entregue à liderança do nosso estimado parceiro de blogue.

Segue o meu caloroso abraço de felicitações ao Luís, em nome de toda a tribo delituosa.

Enxovalho sem perdão

Sérgio de Almeida Correia, 30.09.15

"Das 17 mil denúncias feitas ao Ministério Público pela ministra da Justiça relativas a irregularidades nos honorários declarados pelos advogados, apenas seis desses casos foram a julgamento e nenhum foi condenado em tribunal"

 

Ela ia endireitar o sistema, fazer todas as reformas e mais algumas, correr com os vigaristas dos advogados, que eram aos milhares e campeavam impunes. Quatro anos depois o resultado foi este. A montanha nem para amostra conseguiu parir um ratinho. Nem uma condenação. Houve três ovelhas tresmalhadas, em milhares, que acabaram pagando para os seus processos serem suspensos, o que eu entendo como irregularidades que nem sequer eram graves, pois que de outro modo o MP, que também gosta de mostrar serviço ao povão, não trocaria a suspensão por euros.

Três, um número bem menor do que o de políticos do seu partido que já foram acusados e/ou condenados por variadíssimos crimes na última década; menor do que o número de membros deste Governo que foram forçados à demissão por se verem envolvidos em escandaleiras pouco recomendáveis para quem exerce funções políticas; menor do que o número de remodelações que o primeiro-ministro teve de efectuar, e muito menor do que o número de inconstitucionalidades promovidas pelo seu partido que o Tribunal Constitucional verificou durante a legislatura que agora termina. 

Paula Teixeira da Cruz, qual justiceira, armou um escarcéu para mostrar serviço no seu quintal. Mais grave porque partiu de quem envergou a toga e, quem sabe, talvez um dia volte a envergá-la. Ninguém estava à espera que depois da "argolada" (não foi a única que ficará do seu mandato) fosse pintar a cara de cor de laranja e tirasse uma fotografia para o Correio da Manhã, mas ao menos que tivesse havido a elevação de pedir desculpa a todos os que pautando a sua conduta profissional de forma honrada e séria, cumprindo escrupulosamente as leis e o seu código deontológico, foram de forma tão leviana e gratuita ofendidos quando ela recorreu ao megafone.

Tolerância zero

Teresa Ribeiro, 19.06.11

 

 

Mais do que competência, a este governo exige-se superioridade moral, porque sem uma nova ética na política, a aplicação das medidas da troika será muito difícil de suportar, mesmo para quem já anda a Prozac.

É por isso que denúncias como esta devem ser, sobretudo a partir de agora, para levar a sério. Marinho Pinto tem razão, os advogados deviam suspender a actividade quando exercem funções políticas. E, sim, a lei do financiamento dos partidos é uma vergonha. Uma vergonha que foi aprovada com os votos do PS e também do partido que está agora a chefiar o governo.