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Delito de Opinião

Facto internacional de 2019

Pedro Correia, 06.01.20

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SUBLEVAÇÃO POPULAR EM HONG KONG

A larga maioria dos votos, ao escolhermos o facto internacional de 2019, foi a sublevação popular em Hong Kong, que paralisou por completo, em diversas ocasiões, a antiga colónia britânica que é desde 1997 Região Administrativa Especial da República Popular da China. Pequim comprometeu-se a aplicar ali durante meio século o chamado princípio "um país, dois sistemas", garantindo a manutenção neste território - uma das principais praças financeiras mundiais - o sistema capitalista e a aplicação de direitos civis que são negados à esmagadora maioria da população chinesa. Mas estas promessas têm vindo a ser postas em causa.

Tudo começou em Junho com um vigoroso protesto estudantil contra uma nova lei que autorizaria a extradição de residentes em Hong Kong para outras parcelas do país, onde vigoram um código penal e um sistema carcerário muito mais severos: basta lembrar que a China é a nação do mundo que mais aplica a pena de morte. O movimento alastrou a outras faixas populacionais, dando origem à greve geral de 15 de Agosto e a gigantescas manifestações que não desmobilizaram quando o Executivo local, em Outubro, deixou cair a anunciada alteração legislativa. Havia já então novas reivindicações populares: a demissão da chefe do Governo, Carrie Lam, que ascendeu ao cargo em 2017 por escolha de um colégio eleitoral muito restrito em que obteve apenas 777 votos, e a eleição por sufrágio universal dos 70 membros do Conselho Legislativo - o órgão parlamentar de Hong Kong. Actualmente só metade dos deputados resultam do voto directo dos eleitores locais.

O novo ano começou da mesma forma: cerca de um milhão de pessoas desceram à rua exigindo reformas democráticas, em aberta oposição ao sistema ditatorial chinês.

 

A crise política, económica e social em Hong Kong - ainda sem solução à vista - foi designada facto internacional de 2019 por 15 dos 24 autores deste blogue que participaram na votação.

Com quatro votos, o segundo mais mencionado - e de algum modo relacionado com este - foi o conjunto das manifestações populares em vários continentes que agitaram sobretudo a Europa, a América do Sul, o Norte de África e o Médio Oriente. Em países tão diversos como França, Venezuela, Chile, Bolívia, Colômbia, Argélia, Irão, Iraque e Líbano.

 

A ameaça de destituição de Donald Trump - já concretizada na Câmara dos Representantes mas que deverá ser travada no Senado - foi escolhida por dois de nós.

Houve ainda votos isolados na vitória conservadora no Reino Unido, que permitirá concretizar o Brexit, na guerra comercial EUA-China e na contínua destruição da Amazónia.

 

Facto internacional de 2010: revelações da Wikileaks

Facto internacional de 2011: revoltas no mundo árabe

Facto internacional de 2013: guerra civil na Síria

Facto internacional de 2014: o terror do "Estado Islâmico"

Facto internacional de 2015: a crise dos refugiados

Facto internacional de 2016: Brexit

Facto internacional de 2017: crise separatista na Catalunha

Facto internacional de 2018: movimento #MeToo

Facto nacional de 2019

Pedro Correia, 04.01.20

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NOVOS PARTIDOS NO PARLAMENTO

O ano que agora terminou foi dominado por factos políticos a nível nacional. A 6 de Outubro, os portugueses regressaram às urnas para escolher um novo elenco parlamentar do qual saiu o segundo Executivo liderado por António Costa - desta vez vencedor, embora longe da maioria absoluta que o PS ambicionava. Em 2019, recorde-se, houve dois outros escrutínios: as europeias, a 26 de Maio (triunfo eleitoral do PS, com 33,4%), e as regionais na Madeira, a 22 de Setembro (vitória do PSD, com 39,4%, e a consequente formação de um Governo de coligação com o CDS, facto inédito a nível regional).

Na opinião maioritária dos autores do DELITO DE OPINIÃO, o mais relevante neste conjunto de consultas eleitorais foi a entrada de novos partidos na Assembleia da República - ampliando o que já sucedera em 2015, com a eleição do solitário deputado do PAN.

Desta vez o partido animalista foi muito mais bem sucedido: obteve 3,3% nas urnas, multiplicando por quatro a representação parlamentar. E três forças políticas estreantes passaram a ter assento no hemiciclo: o Chega (1,3%), com André Ventura, a Inciativa Liberal (1,3%), com João Cotrim de Figueiredo, e o Livre (1,1%), com Joacine Katar Moreira.

Onze dos nossos 24 votos distinguiram esta ascensão dos novos partidos parlamentares como acontecimento do ano em Portugal. Em segundo lugar, com seis votos, ficou a degradação do Serviço Nacional de Saúde - facto que não deixou de ser notícia ao longo de 2019.

 

Os restantes sete votos recaíram, isoladamente, noutras ocorrências, confirmando o variado leque de opções aqui registado de ano para ano.

Foram mencionadas desta forma:

- Vitória eleitoral do PS nas legislativas;

- Prepotência de Ferro Rodrigues como presidente da Assembleia da República;

- O fim da "geringonça";

- Greve dos camionistas de matérias perigosas;

- O novo sindicalismo;

- Violência doméstica;

- A maior carga fiscal de sempre.

 

 

Facto nacional de 2010: crise financeira

Facto nacional de 2011: chegada da troika a Portugal

Facto nacional de 2013: crise política de Julho

Facto nacional de 2014: derrocada do Grupo Espírito Santo

Facto nacional de 2015: acordos parlamentares à esquerda

Facto nacional de 2016: Portugal conquista Europeu de Futebol

Facto nacional de 2017: Portugal a arder de Junho a Outubro

Facto nacional de 2018: incúria do Estado

Figura internacional de 2019

Pedro Correia, 03.01.20

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BORIS JOHNSON

Nem por ser já esperada deixou de constituir uma das vitórias eleitorais mais marcantes da cena política de 2019. Boris Johnson, que começou por chefiar o Executivo britânico sem passar pelas urnas, limitando-se a receber a pasta de Theresa May, conduziu em 12 de Dezembro o seu Partido Conservador ao maior triunfo eleitoral desde 1987, passando a dispor de uma sólida maioria absoluta na Câmara dos Comuns, ao contrário do que acontecia com a sua antecessora. Tem 365 assentos parlamentares - 39 acima do patamar da maioria absoluta.

O seu estilo excêntrico - mesmo para os padrões britânicos - e a linguagem acutilante que cultiva como imagem de marca levaram alguns, mais distraídos, a considerá-lo uma réplica de Donald Trump. Nada mais errado. Desde logo, Johnson tem impecáveis credenciais académicas e pedigree intelectual. Foi aluno na Escola Europeia em Bruxelas, depois em Eton e Oxford, diplomou-se em Estudos Clássicos, é um reputado biógrafo de Winston Churchill. Exerceu o jornalismo em periódicos conceituados: The Times, Daily Telegraph e The Spectator (sendo editor deste último). Antes de ascender à chefia do partido e do Governo, em Julho de 2019, destacou-se como presidente da Câmara de Londres (2008-2016) e ministro dos Negócios Estrangeiros (2016-2018).

A eleição deste irrequieto nativo do signo Gémeos, nascido há 55 anos em Manhattan e que só em 2016 renunciou à cidadania norte-americana deveu-se em boa parte à sua promessa de solucionar de vez o impasse em torno do Brexit. Johnson é um entusiasta da saída definitiva do Reino Unido da União Europeia, que deverá consumar-se em 2020. Ao contrário de Jeremy Corbyn, o seu rival do Partido Trabalhista, que manteve posições muito ambíguas nesta matéria. O que talvez explique o terramoto eleitoral do Labour: em Dezembro, obteve o pior resultado desde 1935.

 

O DELITO DE OPINIÃO elegeu Boris Johnson como Figura Internacional do Ano na votação mais apertada de 2019. O chefe do Governo britânico superou apenas por um voto (nova contra oito) a activista sueca Greta Thunberg, que liderou a batalha mediática à escala mundial contra as alterações climáticas num ano que suportou o mês de Julho mais quente desde que há registos credíveis e em que a Islândia viu desaparecer o primeiro glaciar.

O terceiro lugar do pódio, com cinco votos, coube ao primeiro-ministro etíope  Abiy Ahmedy, distinguido com o Prémio Nobel da Paz pelos seus esforços para «alcançar a paz e a cooperação internacional», justificou a academia de Oslo. Em alusão ao seu protagonismo na obtenção de um acordo de paz entre a Etiópia e a Eritreia, pondo fim ao tenso impasse que permanecia entre os dois países, envolvidos num sangrento conflito no final do século XX.

Houve ainda dois votos isolados. Um em Juan Guaidó, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, reconhecido por mais de cinco dezenas de países (incluindo Portugal) como líder legítimo do país, embora Nicolás Maduro ainda ocupe o Palácio de Miraflores. O outro voto recaiu em John Bercow, o carismático presidente cessante da Câmara dos Comuns, que ganhou fama planetária pelo modo peculiar como presidia aos debates - começando pelo seu inconfundível "grito de guerra": «Order! Order!»

 

Figuras internacionais de 2010: Angela Merkel e Julian Assange

Figura internacional de 2011: Angela Merkel 

Figura internacional de 2013: Papa Francisco

Figura internacional de 2014: Papa Francisco

Figuras internacionais de 2015: Angela Merkel e Aung San Suu Kyi

Figura internacional de 2016: Donald Trump

Figura internacional de 2017: Donald Trump

Figura internacional de 2018: Jair Bolsonaro

Figura nacional de 2019

Pedro Correia, 02.01.20

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D. JOSÉ TOLENTINO MENDONÇA

Pela primeira vez numa década, uma personalidade da Igreja portuguesa surge em destaque no balanço anual do DELITO DE OPINIÃO. Cabe a distinção ao padre-escritor José Tolentino Mendonça, que a 1 de Setembro foi designado cardeal pelo Papa Francisco. Passou a fazer parte do restrito núcleo de 224 cardeais hoje existentes no mundo - apenas 124 dos quais com capacidade eleitoral, por terem menos de 80 anos. Podendo eleger, pode também ser eleito num dos conclaves à porta fechada na Capela Sistina.

«Arrisco que chegará a Papa. Dificilmente na próxima eleição, mas é um jovem», observou um dos nossos colegas de blogue no processo de votação. Na mesma linha, uma colega justificou votar nele «pela projecção internacional e porque lhe prevejo grandes voos futuros». D. José Tolentino, que recebeu as novas insígnias a 5 de Outubro, tem 54 anos: é de facto um jovem, pelos padrões médios do colégio cardinalício da Santa Sé.

Este foi o segundo ano consecutivo em que mereceu destaque noticioso. Em Junho de 2018, por escolha pessoal do Papa Francisco, havia sido nomeado arquivista do Arquivo Apostólico do Vaticano e bibliotecário da Santa Sé, passando a tutelar a mais antiga biblioteca do mundo, com 85 quilómetros de estantes. No mês seguinte era ordenado bispo.

Nascido em Machico, na ilha da Madeira, José Tolentino distinguiu-se como teólogo, professor universitário, pároco no Funchal e em Lisboa, director do curso de Teologia da Universidade Católica e membro do Conselho Pontifício para a Cultura. É autor de vários livros de poesia, ensaio e teatro. Foi distinguido com o Prémio Cidade de Lisboa de Poesia (1998), o Prémio Pen Club de Ensaio (2005), o Grande Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes APE (2016) e o Grande Prémio APE de Crónica (2016), entre outros.

 

O novo cardeal recebeu oito dos 24 votos recolhidos no nosso "colégio eleitoral". Na tradicional escolha de fim de ano feita pelos autores do DELITO, o segundo posto para Figura Nacional de 2019, com cinco votos, coube a Joacine Katar Moreira, recém-eleita deputada do partido Livre.

Outro deputado estreante, André Ventura, recolheu três votos - tantos como o primeiro-ministro António Costa, vencedor das legislativas de Outubro, e o treinador Jorge Jesus, que levou o Flamengo à conquista do campeonato brasileiro e da Taça Libertadores, o mais importante troféu futebolístico do continente americano.

 

Houve ainda dois votos solitários. O primeiro em António Guterres, pelo seu «desempenho ecologista» como secretário-geral da ONU, e o segundo em Mário Centeno, o ministro das Finanças responsável pelo primeiro excedente orçamental em democracia e também pela maior carga fiscal de que há registo no País.

 

Figura nacional de 2010: José Mourinho

Figura nacional de 2011: Vítor Gaspar

Figura nacional de 2013: Rui Moreira

Figura nacional de 2014: Carlos Alexandre

Figura nacional de 2015: António Costa

Figura nacional de 2016: António Guterres

  Figura nacional de 2017: Marcelo Rebelo de Sousa

Figura nacional de 2018: Joana Marques Vidal

Os blogues que elegemos em 2019

Pedro Correia, 31.12.19

Feliz Ano Novo

Pedro Correia, 30.12.19

O meu melhor post(al) de 2019

jpt, 27.12.19

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A equipa da SAPO desafiou os bloguistas para que escolhessemos o melhor postal que escrevemos em 2019. Bloguei pouco durante o ano. Mas tivesse blogado mais que a escolha seria a mesma: este meu postal autobiográfico "Marjorie, o meu primeiro amor".

E os prezados co-bloguistas, o que vão escolher entre os produtos dos seus teclados? Cumpre escolher, e juntar-lhe a classe (dita, saberá o Deus Blogal porquê, "tag") "o meu melhor post de 2019". Fico atento e curioso.

Previsões para 2019

Rui Rocha, 04.02.19

Marcelo Rebelo de Sousa – Em 2018 visitou o interior do país durante o Verão, ficando célebres os mergulhos em praias fluviais e as trocas de calções subsequentes, num esforço para não deixar cair no esquecimento as áreas mais afectadas pelos incêndios e pelo abandono. Em 2019, passará Julho e Agosto em estações e apeadeiros da CP, confortando os passageiros vítimas de atrasos, supressões e greves. Passará o Natal numa automotora na Linha do Oeste e, na véspera de Ano Novo, deslocar-se-á ao Barreiro num barco da Transtejo para beber a já tradicional ginginha. Durante a Volta a Portugal em Bicicleta conduzirá o carro-vassoura. Será chamado a lançar a primeira pedra da futura Ala Geriátrica do S. João (antiga Ala Pediátrica).

Ferro Rodrigues – Liderará os trabalhos da Assembleia da República com isenção e equidistância e demonstrará sentido de Estado em todos os assuntos e processos em que estiver envolvido, constituindo-se como referencial e exemplo democrático, garante do respeito pelas instituições, reserva moral da Nação e farol dos direitos, liberdades e garantias. Ahahahah! Não vai fazer nada disto. Eu é que estava a mangar.

António Costa - O ano começará com conflitualidade social provocando algum desgaste à medida que se aproximarem as eleições. Contará, todavia, com a preciosa ajuda de Maria Begonha que, em poucos meses, tirará a licenciatura em enfermagem, a especialidade de anestesista e concluirá o estágio de maquinista da CP. Graças ao contributo da jovem socialista, as greves no sector da saúde e dos comboios terão menos impacto do que o previsto, ajudando a um resultado eleitoral positivo. Maria Begonha assegurará ainda o acompanhamento dos partos na Maternidade Alfredo da Costa durante o período de Natal e Ano Novo. No Verão, Costa ordenará a evacuação de todos os portugueses residentes em Portugal continental para os Açores, não vá haver azar com a coisa dos incêndios.

Rui Rio – Lutando contra todas as dificuldades, será finalmente capaz de derrotar a oposição interna e de mobilizar os condóminos do prédio em que habita para adoptarem um novo processo de gestão do economato e uma frequência pré-definida de substituição das lâmpadas das caixas de escadas. Sob a sua liderança inspiradora a gestão das redes sociais do PSD entrará definitivamente no século XIX. Num golpe de asa inesperado, negociará impiedosamente com António Costa as condições para um acordo de regime que traçará como linhas vermelhas a tão aguardada revisão do POC e a previsão na Constituição da obrigatoriedade de os portugueses e portuguesas maiores de 18 anos estarem inscritos da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas. Depois do êxito alcançado com a linha de produtos para banhos de ética, lançará um champô contra a seborreia e um elixir para combater o mau hálito. Na frente eleitoral, nada a registar.

Catarina Martins – Num ano de intensa actividade política, dividir-se-á entre a luta contra a discriminação, a desigualdade, a linguagem não inclusiva, a xenofobia, as alterações climáticas, a gentrificação e a viabilização do 1º orçamento de António Costa na nova legislatura. Encontrará ainda tempo para regressar ao teatro contracenando como actriz pincipal na revista “Olívia Senhoria, Olívia Inquilina”, uma divertida comédia em que, de forma descontraída, são exploradas questões intemporais como o sentido da vida e as contradições mais profundas da natureza humana, tudo isto tendo como pano de fundo uma sociedade lisboeta fustigada por um movimento agressivo de especulação imobiliária.

Assunção Cristas – Em 2019 conseguirá descolar definitivamente o CDS da imagem de partido do táxi, celebrando um contrato exclusivo com a Uber para transportar a totalidade do grupo parlamentar em três viaturas. Conseguirá combater, com esforço e sucesso, todas as tentativas de Adolfo Mesquita Nunes para dotar o CDS de um pensamento político, ideológico e económico estruturado. Aumentará a variedade e profundidade do guarda-roupa o que lhe permitirá apresentar-se bem quer nas visitas a bairros sociais, quer em jornadas de discussão e almoçaradas promovidas por agro-betos em plena lezíria.

Jerónimo de Sousa – Lançará com êxito uma colectânea de ditados, dichotes e frases populares usados nos seus discursos. Enfrentará, todavia, uma grave crise na frente sindical no 2º trimestre de 2019 quando Mário Nogueira assinar um mau acordo para os professores por se enganar a contar o tempo de serviço pelos dedos. Num esforço por demonstrar algum arejamento, admitirá que foram cometidos dois ou três erros na informação de cadastro do registo predial da antiga União Soviética.

André Silva (o do PAN) – Enfrentará uma grave crise interna com a criação de uma célula radical de defesa de plantas e legumes cujo objectivo será semear o pânico. Em termos eleitorais, o apoio obtido nas redes sociais não corresponderá aos resultados obtidos nas urnas, pelo que se prevê que possa dar com os burrinhos na água.

Cidadãos em geral – Serão chamados a assumir maior protagonismo no pagamento de impostos e a fazer escolhas eleitorais de grande responsabilidade. Em todos os momentos serão capazes de afirmar o seu sentido patriótico com civismo e elevação, respondendo à pergunta essencial sobre o futuro colectivo: qual o país que pretendem deixar aos sobrinhos-netos do Carlos César?

 

* originalmente publicado na edição de Janeiro do Dia 15.