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Delito de Opinião

Primeiro de Abril

Paulo Sousa, 01.04.21

Não há primeiro de abril em que eu não me lembre deste senhor.

Deixo aqui uma sugestão dirigida ao sempre seu fiel clube de fãs “José Sócrates Sempre”. E que tal o lançamento das bases para o regresso às luzes da ribalta do seu adorado ídolo?

Na senda da credibilidade de outros movimentos que têm surgido nestes tempos de pandemia, sugiro um nome vencedor. Mentirosos pela verdade. Tinha tudo para vencer.

Pesadelo de uma noite de Primavera

Rui Rocha, 03.04.17

Esta noite tive um pesadelo. Sonhei que, na edição de 1 de Abril de 2017, o Expresso tinha uma notícia que era mentira. Vale a pena dizer que este pesadelo não foi completamente desfasado da realidade. O Expresso costuma publicar todos os anos a 1 de Abril uma notícia que é mentira. Em 2016, por exemplo, o Expresso noticiou que o Facebook iria "controlar as amizades de acordo com os gostos comuns e os rendimentos pessoais". Pois bem. No meu pesadelo, a notícia inventada do Expresso de 1 de Abril de 2017 era a "sondagem" de Mário Centeno para presidir ao Eurogrupo. Enfim, uma mentirinha inocente, sem consequências, facilmente identificável se pensássemos um bocadinho: improvável, inverosímil mesmo, sem qualquer fonte credível. Apesar disso, no meu pesadelo, a notícia começou a ser divulgada por outros órgãos de comunicação social. Sem que nada o fizesse prever, aquilo que era uma notícia sem pés nem cabeça, acabou por ganhar relevo e destaque. De tal forma que o próprio Presidente da República foi confrontado com ela. E comentou-a: que não tinha qualquer informação sobre o assunto, mas que preferia que o Ministro continuasse em Portugal, que era muito necessário e coiso e tal. No meu pesadelo, perante isto, os responsáveis do Expresso viram-se confrontados com uma decisão complicada. Ou divulgavam, como fazem todos os anos, qual a mentira de 1 de Abril que tinham noticiado e expunham os outros órgãos de comunicação social e, mais grave, o Presidente, ao rídiculo, ou faziam de conta como se o jornal se tivesse esquecido este ano de pregar a partida do costume. No meu pesadelo, os responsáveis do Expresso optaram por esta última hipótese, tendo em conta, aliás, o desconforto que o Palácio de Belém lhes fez chegar. No meu pesadelo as coisas foram assim mas felizmente tudo não passou de um pesadelo. Quando acordei fiquei mesmo muito aliviado. Ainda bem que o Presidente do meu país não andou a comentar, com pose de Estado, mentiras de 1 de Abril. Seria uma vergonha, não é? Só há uma coisa que me deixa um bocadinho preocupado. Já acordado, fui procurar a tal mentira de 1 de Abril de 2017 do Expresso. E não encontrei nenhuma referência do jornal ao tema. Estranho. Ainda mais se tivermos em conta que o Expresso publica sempre uma mentira de 1 de Abril.